quinta-feira, 2 de novembro de 2017

8º A e B - Primeira Guerra Mundial - 4º Bimestre (atualizado 2017)

1ª Guerra Mundial (1914-1918)

Um documentário forte, porém necessário para entendermos a barbárie promovida pelo capital

Uma narração descontraída da 1ª Guerra Mundial (Atenção contém palavras e expressões inapropriadas)

PODCAST DO JOVEM NERD (Bacana, muita sátira, uma maneira diferente de aprender)


INTRODUÇÃO

Entre 1871 e 1914, durante a chamada belle époque (bela época), a sociedade europeia, liberal e capitalista, passou por uma das fases de maior prosperidade. O desenvolvimento industrial trouxe para boa parte da população um conforto nunca antes experimentado, enquanto a ciência e a técnica abriam possibilidades inimagináveis de comunicação e transporte, com a invenção do telégrafo, do telefone e do automóvel.
Entretanto, as disputas territoriais entre as potências e a má distribuição dos benefícios do progresso entre a população criavam um clima de instabilidade constante. O risco de um confronte iminente pairava no ar. Até que, em 1914, as previsões se confirmaram, com o início da "guerra que ia acabar com todas as guerras", como se costumava dizer na época. Na prática, não foi isso que o mundo assistiu. Outro conflito, maior e ainda mais devastador, iria eclodir 25 anos depois.
A expressão Grande Guerra, cunhada para o conflito que pela primeira vez na história envolveu todo o planeta, se justifica pelas proporções que o confronto alcançou, pelo aparato bélico que foi mobilizado e pela destruição devastadora que provocou. As novas armas, fruto do desenvolvimento industrial, e os métodos inéditos empregados nos combates deram aos países capitalistas o poder quase absoluto de matar e destruir.

Soldados alemães entrincheirados.

Por volta de 1914, havia motivos de sobra para o acirramento das divergências entre os países europeus. Era grande, por exemplo, a insatisfação entre as nações que tinham chegado tarde à partilha da África e da Ásia; a disputa ostensiva por novos mercados e fontes de matérias-primas envolvia muitos governos imperialistas; e as tensões nacionalistas, acumuladas durante décadas, pareciam prestes a explodir. O que estava em jogo eram interesses estratégicos para vencer a eterna competição pela hegemonia na Europa e no mundo.

Causas do conflito:
A disputa colonial: buscando novos mercados para a venda de seus produtos, os países industrializados entravam em choque pela conquista de colônias na África e na Ásia.
A concorrência econômica: cada um dos grandes países industrializados dificultara a expansão econômica do país concorrente. Essa briga econômica foi especialmente intensa entre Inglaterra e Alemanha.
A disputa nacionalista: em diversas regiões da Europa surgiram movimentos nacionalistas que pretendiam agrupar sob um mesmo Estado os povos de raízes culturais semelhantes. O nacionalismo exaltado provocava um desejo de expansão territorial.

Movimentos nacionalistas: os interesses da Alemanha, Rússia e França.
Entre os principais movimentos nacionalistas que se desenvolveram na Europa no início do século XX, podemos destacar os seguintes:
· Pan-eslavismo: buscava a união de todos os povos eslavos da Europa oriental. Era liderado pela Rússia.
· Pangermanismo: buscava a expansão da Alemanha através dos territórios ocupados por povos germânicos da Europa central. Era liderado pela Alemanha.
· Revanchismo francês: visava desforrar a derrota francesa para a Alemanha em 1870 (Guerra Franco-prussiana) e recuperar os territórios da Alsácia-Lorena, cedidos aos alemães.  (vide Batalha de Sedan, logo abaixo)
        A situação conflituosa deu origem à chamada paz armada. Como o risco de guerra era bastante grande, as principais potências trataram de estimular a produção de armas e de fortalecer seus exércitos.

A política das alianças:
O clima de tensão internacional levou as grandes potências a firmar tratados de alianças com certos países. O objetivo desses tratados era somar forças para enfrentar a potência rival.
A Tríplice Aliança: formada por Alemanha, Império Austro-húngaro e Itália.
A Tríplice Entente: formada por Inglaterra, França e Rússia.

A explosão da guerra mundial
        Assassinato de Francisco Ferdinando (Sarajevo, Bósnia, 28/06/1914): foi o estopim que detonou a Primeira Guerra Mundial, quando as tensões entre os dois blocos de países haviam crescido a um nível insuportável.
          A guerra não foi rápida como se previa. Inicialmente os exércitos se envolveram em grandes batalhas que custaram milhares de vidas. Os alemães invadiram a Bélgica e avançaram pela França. Em setembro, na Primeira Batalha de Marne, os franceses detêm o avanço alemão. Com o equilíbrio das forças, a guerra estaciona.

Segunda fase (1915-1916):

           Seguiu-se a guerra de trincheiras. Os exércitos defendiam em trincheiras as posições alcançadas. Enquanto isso, o exército alemão vencia as batalhas contra os russos. Essa fase caracterizou-se pelo uso de gás asfixiante, submarinos e pelas batalhas aéreas.

Terceira fase (1917-1918):
            Por causa dos problemas internos provocados pela Revolução Bolchevique em 1917, aRússia retira-se do conflito. Havia perdido quatro milhões de homens. Os Estados Unidos iniciam sua participação em 1917, preocupados em manter a estabilidade de seus negócios na Europa. A participação norte-americana é decisiva para a vitória da Entente.

Entrada da Itália – A Itália, membro da Tríplice Aliança, manteve-se neutra até que, em 1915, sob promessa de receber territórios austríacos, entro na guerra ao lado de franceses e ingleses.
Saída da Rússia – Com o triunfo da Revolução Russa de 1917, onde os bolcheviques estabeleceram-se no poder, foi assinado um acordo com a Alemanha para oficializar sua retirada do grande conflito. Este acordo chamou-se Tratado de Brest-Litovsk, que impôs duras condições para a Rússia. (vide Revolução Bolchevique abaixo)
Entrada dos Estados Unidos – Os norte-americanos tinham muito investimentos nesta guerra com seus amigos aliados (Inglaterra e França). Era preciso garantir o recebimento de tais investimentos. Utilizou-se como pretexto o afundamento do navio “Lusitânia”, que conduzia passageiros norte-americanos.
Participação do Brasil – Os alemães, diante da superioridade naval da Inglaterra, resolveram empreender uma guerra submarina sem restrições. Na noite de 3 de abril de 1917, o navio brasileiro “Paraná” foi atacado pelos submarinos alemães perto de Barfleur, na França. O Brasil, presidido por Wenceslau Brás, rompeu as relações com Berlim e revogou sua neutralidade na guerra. Novos navios brasileiros foram afundados. No dia 25 de outubro, quando recebeu a noticia do afundamento do navio “Macau”, o Brasil declarou guerra à Alemanha. Enviou auxilio à esquadra inglesa no policiamento do Atlântico e uma missão médica.

A temporária paz no mundo

O povo alemão desejava o fim da guerra. Uma greve geral e um motim em Kiel fizeram o Kaiser Guilherme II abdicar. A Alemanha foi transformada em República em 11 de novembro de 1918. o novo governo assinou o armistício, arcando com o fardo de aceitar os termos da paz. O exército alemão não se considerava vencido, pois a paz foi decretada com suas tropas dentro do território francês.


Paz dos vencedores

O Tratado de Versalhes reuniu o presidente dos EUA, Woodrow Wilson, e os primeiros ministros da França, Georges Clemenceau e da Grã-Bretanha, David Lloyd-George.

Os Estados Unidos, França e Inglaterra, os países vencedores, realizaram a Conferência de Paris no Palácio de Versalhes em 1919. Estabeleceu-se a paz dos vencedores e diminuía-se de forma colossal o poder alemão no mundo.

Conseqüências das deliberações do Tratado de Versalhes:
  • Cessão de territórios.
  • Desmilitarização de regiões fronteiriças à França.
  • Diminuição dos exércitos alemães em cem mil homens.
  • Território alemão dividido por um “corredor” que dava acesso ao mar para a Polônia.
  • Danzig (cidade alemã) tornou-se porto livre.
  • A Alemanha deveria pagar uma indenização de 33 bilhões de dólares aos vencedores (quantia absurdamente alta).

Situação do mundo após a Primeira Guerra

O poder mundial no pós-guerra desloca-se para os Estados Unidos. A Europa estava abalada com uma guerra que deixou entre mortos e feridos 28 milhões de pessoas, ou seja, a perda de 10% de sua mão-de-obra.

Geograficamente, Hungria, Tchecoslováquia, Iugoslávia, Polônia, Letônia, Lituânia, Estônia e Finlândia tornaram-se Estados independentes.

Batalha de Sedan
Kaiser Guilherme I e seus generais durante a Guerra Franco-Prussiana

A Batalha de Sedan iniciou-se em setembro de 1870 e viu uma avassaladora força prussiana derrotar as tropas francesas em um dia. Na cidade de Sedan, próxima à fronteira com a Bélgica, havia uma fortificação estrategicamente construída para conter invasões ao território francês. O rio Meuse compunha junto à fortaleza mais uma barreira para o avanço das tropas inimigas. Além do mais, os franceses tinham o conhecimento de que, caso fossem derrotados na localidade, o caminho para se chegar até Paris estaria facilitado.

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Conflito no Bálcãs

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A Guerra dos Bálcãs foi um conflito entre os anos de 1912 e 1913, que ocorreu na região da península balcânica. De fato, foi a disputa entre Sérvia, Montenegro, Grécia, Romênia, Turquia e Bulgária pela posse dos territórios remanescentes do Império Otomano. 

De uma lado, a Liga Balcânica formada por Grécia, Sérvia, Bulgária e Montenegro, reivindicava melhor tratamento aos cristãos na Macedônia turca, porém seu objetivo claro era a conquista territorial; de outro, estava a enfraquecida Turquia, que já estava em guerra com a Itália. 

Em outubro de 1912 os exércitos da Liga capturaram toda a região do antigo Império Otomano, com exceção de Constantinopla, posteriormente foi assinado o Tratado de Londres, no qual o mapa dos Bálcãs foi redesenhado.

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COMPLEMENTAR

A crise nos Bálcãs começou em 1908, quando a Áustria resolveu anexar ao seu território às províncias turcas da Bósnia e da Herzegovina, cobiçadas pela Sérvia e Rússia. A Alemanha declarou apoiar os austríacos. A Rússia, ainda não refeita dos prejuízos da guerra russo-japonesa, procurou uma aliança com a França e encorajou a Sérvia, a Bulgária, a Grécia e o Montenegro a vingarem as atrocidades cometidas pelos otomanos contra os eslavos da Macedônia com uma invasão militar na qual já estava previamente resolvido que, após a derrota dos turcos, a Albânia seria dada à Sérvia.

A vitória daqueles pequenos países balcânicos contra os turcos impressionou o mundo e alarmou a Áustria. Quando os vencedores desentenderam-se quanto à partilha, a Áustria, receosa da expansão Sérvia no ocidente, forçou diplomaticamente o reconhecimento da Albânia como Estado independente. Sem uma saída para o mar e frustrados nas suas pretensões, os sérvios aguçaram seu ódio contra os austríacos.

O nacionalismo sérvio relacionou-se com o pan-eslavismo, que se baseava na ideia de que todos os eslavos da Europa Oriental constituíam uma grande família, tendo o protetorado da Rússia. Simultaneamente ocorria um movimento de revanche que envenenou os franceses, recordando a derrota de 1870. Foi nesse clima de insegurança, de militarismo e de nacionalismo exacerbado, de acordos secretos e de alianças políticas que um estudante sérvio, Gavrilo Princip, assassinou em 28 de junho de 1914, em Sarajevo, capital da Bósnia, o arquiduque Francisco Ferdinando, herdeiro da coroa austríaca.

A reação da Áustria contra a Sérvia aconteceu exatamente um mês depois do assassinato do arquiduque Francisco Ferdinando, os austríacos começaram a bombardear Belgrado. Com o bombardeio de Belgrado, entraram em choque as alianças políticas feitas anteriormente, iniciando assim os primeiros conflitos da Primeira Guerra Mundial.


Revolução Bolchevique: Rússia fora da guerra

Uma imagem clássica da luta de classes (czaristas contra os proletários)

Ficou conhecido pelo nome de bolchevique o grupo político russo formado por ex-integrantes do Partido Operário Social-Democrata Russo (POSDR), fundado em 1898. O termo bolchevismo é de origem russa e significa, literalmente, "maioria" (em russo, bolscinstvó).


É longo, porém é essencial para entendermos a necessidade da Revolução

A utilização do termo para se referir a tal grupo se deve à divisão ocorrida no POSDR, cujos integrantes eram defensores do ideal marxista. Em seu segundo congresso, realizado em Londres, em 1903 (pois a liderança do partido estava banida da Rússia), surgiram duas novas correntes políticas: bolcheviques e mencheviques. Os bolcheviques constituíam a maioria do antigo partido, daí o termo com que ficaram conhecidos. Sob o comando de Vladimir Lênin, ocorrerá em torno do Partido Bolchevique a aglomeração de várias lideranças políticas visivelmente influenciadas por ideais revolucionários e interessadas em dar fim às imposições do governo vigente por meio de uma completa reforma na sociedade russa.

Em 20 horas de ação e ao custo de apenas seis vidas humanas, os bolcheviques tomaram o poder na Rússia. A ação começou às 2h, quando soldados do Exército Vermelho, comandado por Leon Trotski, invadiram a capital Petrogrado.

"Em pouco tempo, já dominavam as centrais telefônicas, as estações de trens, os bancos e os ministérios. A tomada da sede do governo só não ocorreu nas primeiras horas porque uma brigada feminina estava encarregada de protegê-la. Com isso, o chefe do governo, Alexandre Kerenski, teve tempo para fugir em um carro cedido pelo embaixador americano. À noite, o palácio foi finalmente tomado e, às 22h, Trotski anunciou a queda do governo e a transferência do poder para o Comitê Militar Revolucionário. Pouco depois, seria proclamado o Estado dos Sovietes, sob a direção do Conselho de Comissários do Povo, presidido por Vladimir Lênin, que, da Finlândia, foi um dos mentores intelectuais da revolução.

A fuga de Lênin, em julho, deu-se praticamente no momento em que Kerenski chegava à presidência do governo provisório, instituído em março, após a queda do regime czarista. No dia 10, Nicolau II mandou a guarda reprimir uma manifestação de 200 mil grevistas em Petrogrado. Os militares se recusaram a atacar os manifestantes. A Duma também se voltou contra o czar e, sem consultá-lo, tomou para si o Poder Executivo do país. Acuado, Nicolau II abdicou em favor de seu irmão, que, sem condições de restabelecer a ordem, também recusou o trono."

Texto completo clique AQUI e texto bacana AQUI também.

Consequências da guerra:
a) O aparecimento de novas nações;
b) Desmembramento do império Austro- Húngaro;
c) A hegemonia do militarismo francês, em decorrência do desarmamento alemão;
d) A Inglaterra dividiu sua hegemonia marítima com os Estados Unidos;
e) O enriquecimento dos Estados Unidos;
f) A depreciação do marco alemão, que baixou à milionésima parte do valor, e a baixa do franco e do dólar;
g) O surgimento do fascismo na Itália e do Nazismo na Alemanha.

Os "14 Pontos do Presidente Wilson"

Em mensagem enviada ao Congresso americano em 8 de janeiro de 1918, o Presidente Wilson sumariou sua plataforma para a Paz que concebia:
1) "acordos públicos, negociados publicamente", ou seja a abolição da diplomacia secreta;
2) liberdade dos mares;
3) eliminação das barreiras econômicas entre as nações;
4) limitação dos armamentos nacionais "ao nível mínimo compatível com a segurança";
5) ajuste imparcial das pretensões coloniais, tendo em vista os interesses dos povos atingidos por elas;
6) evacuação da Rússia;
7) restauração da independência da Bélgica;
8) restituição da Alsácia e da Lorena à França;
9) reajustamento das fronteiras italianas, "seguindo linhas divisórias de nacionalidade claramente reconhecíveis";
10) desenvolvimento autônomo dos povos da Áustrio-Hungria;
11) restauração da Romênia, da Sérvia e do Montenegro, com acesso ao mar para Sérvia;
12) desenvolvimento autônomo dos povos da Turquia, sendo os estreitos que ligam o Mar Negro ao Mediterrâneo "abertos permanentemente";
13) uma Polônia independente, "habitada por populações indiscutivelmente polonesas" e com acesso para o mar;
14) uma Liga das Nações, órgão internacional que evitaria novos conflitos atuando como árbitro nas contendas entre os países.
Os "14 pontos" não previam nenhuma séria sanção para com os derrotados, abraçando a ideia de uma Paz "sem vencedores nem vencidos". No terreno prático, poucas propostas de Wilson foram aplicadas, pois o desejo de uma "vendetta" (vingança) por parte da Inglaterra e principalmente da França prevaleceram sobre as intenções americanas.
O Tratado de Versalhes: conjunto de decisões tomadas no palácio de Versalhes no período de 1919 a 1920. As nações vencedoras da guerra, lideradas por Estados Unidos, França e Inglaterra, impuseram duras condições à Alemanha derrotada. O desejo dos alemães de superar as condições humilhantes desse tratado desempenhou papel importante entre as causas da Segunda Guerra Mundial:
- Restituir a região da Alsácia-Lorena à França.
- Ceder outras regiões à Bélgica, à Dinamarca e à Polônia (corredor polonês).
- Ceder todas as colônias.
- Entregar quase todos seu navios mercantes à França, à Inglaterra e à Bélgica.
- Pagar uma enorme indenização em dinheiro aos países vencedores.
- Reduzir o poderio militar de seus exércitos limitados a 100 mil voluntários, sendo proibida de possuir aviação militar, submarinos, artilharia pesada e tanques, e o recrutamento militar foi proibido.
- Considerada a grande culpada pela guerra.
A formação da Liga das Nações: em 28 de abril de 1919, a Conferência de Pás de Versalhes aprovou a criação da Liga das Nações, com a missão de agir como mediadora nos casos de conflito internacional, preservando a paz mundial. Entretanto, sem a participação de países importantes como os Estados Unidos, União Soviética e Alemanha, a liga revelou-se um organismo impotente.
         A ascensão econômica dos Estados Unidos no pós-guerra: os Estados unidos alcançaram significativo desenvolvimento econômico através da exportação de produtos industrializados. A Europa tornou-se dependente dos produtos americanos.

CURIOSIDADE



Thomas Edward Lawrence ou Lawrence da Arábia (1888-1935), mais conhecido como T. E. Lawrence, foi um militar britânico que se notabilizou por integrar-se às tribos árabes do Oriente Médio durante a Primeira Guerra Mundial, auxiliá-las em sua unificação e instigá-las na luta contra o Império Turco-Otomano, que na época controlava a região. A experiência de T. E. Lawrence com a cultura islâmica foi profunda e marcante, tendo resultado em obras como Revolta no Deserto e Os sete pilares da sabedoria, por isso, recebeu a alcunha de Lawrence da Arábia.

Um filme clássico para entender a atuação inglesa no oriente

No período anterior à guerra, T. E. Lawrence dedicava-se ao estudo de língua, cartografia, fotografia e escavações arqueológicas, tendo desenvolvido um interesse amplo sobre regiões e culturas diferentes das que se formaram na Europa. Esses estudos foram absolutamente fundamentais durante a guerra, sobretudo para articular-se com árabes e traçar estratégias de combate contra o Império Turco-Otomano.

Texto completo clique AQUI.

RESUMASSO (não recomendado, mas ajuda a pontuar o evento)

A Primeira Guerra Mundial (1914-1918)

Causas

- A partilha das terras da África e Ásia, na segunda metade do século XIX, gerou muitos desentendimentos entre as nações européias. Enquanto Inglaterra e França ficaram com grandes territórios com muitos recursos para explorar, Alemanha e Itália tiveram que se contentar com poucos territórios de baixo valor. Este descontentamento ítalo-germânico permaneceu até o começo do século XX e foi um dos motivos da guerra, pois estas duas nações queriam mais territórios para explorar e aumentar seus recursos.

- No final do século XIX e começo do XX, as nações européias passaram a investir fortemente na fabricação de armamentos. O aumento das tensões gerava insegurança, fazendo assim que os investimentos militares aumentassem diante de uma possibilidade de conflito armado na região;

- A concorrência econômica entre os países europeus acirrou a disputa por mercados consumidores e matérias-primas. Muitas vezes, ações economicamente desleais eram tomadas por determinados países ou empresas (com apoio do governo);

- A questão dos nacionalismos também esteve presente na Europa pré-guerra. Além das rivalidades (exemplo: Alemanha e Inglaterra), havia o pan-germanismo e o pan-eslavismo. No primeiro caso era o ideal alemão de formar um grande império, unindo os países de origem germânica. Já o pan-eslavismo era um sentimento forte existente na Rússia e que envolvia também outros países de origem eslava.

Início da Guerra
- Estopim : assassinato do príncipe do Império Austro-Hungaro Francisco Ferdinando
- A guerra espalha-se pelo mundo.
- Formação de Alianças: Entente (Inglaterra, França e Rússia) x Aliança ( Itália, Alemanha e Império Austro-Húngaro)
- Brasil participa ao lado da Tríplice Entente
- Guerra de Trincheiras
- Novas Tecnologias de Guerra
- A participação das Mulheres como operárias na indústria de armamentos

O Fim da Guerra
- 1917 : entrada dos EUA e derrota da Tríplice Aliança ( Alemanha e Império Austro-Húngaro)
- O Tratado de Versalhes : imposições aos derrotados
- Resultado da Guerra : 10 milhões de mortos / cidades destruídas / Campos arrasados

UMA VÍDEO AULA PARA ARREMATAR O TRABALHO DE ABSORÇÃO DOS CONTEÚDOS

Um clássico das vídeo aulas.


SAIBA MAIS:







EXERCÍCIOS PARA TREINAR:


1. Qual das alternativas abaixo apresenta uma das principais causas da Primeira Guerra Mundial?

A - A influência dos Estados Unidos na política econômica europeia no início do século XX.
B - O descontentamento da Itália e Alemanha com a divisão de territórios na África e Ásia no processo de Neocolonialismo (século XIX).
C - A união política, econômica e militar entre Alemanha e Grã-Bretanha.
D - O processo de globalização econômica e a formação da União Europeia no final do século XIX.

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2. Qual foi o estopim (fato que deu início) da Primeira Guerra Mundial?

A - A invasão da Polônia pelo exército alemão.
B - A formação do bloco militar composto por Alemanha, Itália e França.
C - O assassinato de Francisco Ferdinando, príncipe do Império Austro-Húngaro.
D - A disputa por território no continente americano, principalmente entre Alemanha e Itália.

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3. Qual alternativa apresenta a composição correta dos blocos militares, formados antes da Primeira Guerra Mundial:

A - Tríplice Aliança (Espanha Itália e Alemanha) e Tríplice Entente (Estados Unidos, França e Japão)
B - Tríplice Aliança (Rússia, Alemanha e Itália) e Tríplice Entente (Japão, Alemanha e Grã-Bretanha)
C - Tríplice Aliança (França, Alemanha e Rússia) e Tríplice Entente (Portugal, França e Estados Unidos)
D - Tríplice Aliança (Itália, Império Austro-Húngaro e Alemanha) e Tríplice Entente (Rússia, Reino Unido e França)

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4. Qual alternativa descreve de forma correta a participação do Brasil na Primeira Guerra Mundial?

A - O Brasil participou enviando medicamentos e equipes de assistência médica para ajudar os feridos da Tríplice Entente. Também realizou missões de patrulhamento no Oceano Atlântico, utilizando embarcações militares. 
B - O Brasil enviou soldados, veículos militares, armamentos e munições, atuando diretamente nos campos de batalha da Europa.
C - O Brasil ficou neutro durante todo o conflito.
D - O Brasil enviou soldados para ajudar na composição das forças militares da Tríplice Aliança.

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5. Sobre o fim da Primeira Guerra Mundial é correto afirmar que:

A - Os países da Tríplice Aliança venceram o conflito e retomaram o controle de diversos territórios na Europa, Ásia e África.
B - Embora derrotados, Alemanha e Império Austro-Húngaro não sofreram punições e restrições militares.
C - Os países da Tríplice Aliança saíram derrotados e foram forçados a assinarem o Tratado de Versalhes, que impôs severas punições e restrições aos derrotados, principalmente à Alemanha.
D - Com a derrota na Primeira Guerra Mundial, os países da Tríplice Entente, principalmente Rússia e Grã-Bretanha, sofreram com uma forte crise econômica nas três décadas seguintes.




Respostas das questões:
1. B | 2. C | 3. D | 4. A | 5. C







SÓ PRA DESCONTRAIR!!!

Vídeo para refletir!

USEM E ABUSEM DOS ESTUDOS!!

3 comentários:

  1. professor qual é o tema do trabalho do 4 bimestre??

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    1. http://questioneasfontes.blogspot.com.br/2017/10/trabalho-de-historia-4-semestre-2017.html?m=1

      Segue link.

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