Depois de alcançar sua independência, os
Estados Unidos se depararam com um intenso debate em torno de suas
políticas de desenvolvimento econômico. Ao longo de sua história os
modelos econômicos das antigas treze colônias eram dotados por
diferenças históricas que dividiam a região entre as colônias do norte e
do sul. Tal disparidade acarretou em uma intensa disputa na esfera
política que acabou levando a jovem nação norte-americana a resolver
suas contendas através de uma violenta guerra civil.
De forma geral, a demanda política dessas duas regiões da economia estadunidense criou um campo de tensões onde o favorecimento de uma significava a ruína da outra. Os estados do norte desenvolveram uma economia voltada para a produção industrial, o incentivo das atividades comerciais, mão-de-obra assalariada e a produção agrícola em pequenas propriedades. Em contra partida os sulistas priorizaram uma economia agroexportadora, fundamentada no latifúndio e na mão-de-obra escrava.
Os nortistas, também conhecidos como yankees, priorizavam a constituição de altas tarifas alfandegárias que impedissem a dominação do mercado interno pelas manufaturas estrangeiras e incentivasse o desenvolvimento da indústria nacional. Já os sulistas almejavam uma política alfandegária com valores baixos que permitisse o acesso dos estados do sul a uma maior quantidade de produtos industrializados. Mediante as negociações, os valores das taxam variavam entre 20 e 30 por cento.
Outra delicada questão girava em torno das políticas agrárias nos Estados Unidos. Os nortistas defendiam um modelo calcado na pequena propriedade e na diversificação produtiva vinculada ao aumento da matéria prima disponível. O sul ambicionava a limitação ao acesso, pois via na pequena propriedade uma ameaça direta ao interesses dos grandes proprietários interessados em ampliar o número de terras destinadas às monoculturas agroexportadoras.
Um último ponto de discórdia tratava da questão do escravismo nos Estados Unidos. Os nortistas eram interessados no fim dessa relação de trabalho. Muitos deles, influenciados pela ideologia iluminista, viam na libertação dos escravos a ampliação do mercado consumidor interno no momento em que os ex-escravos fossem convertidos em trabalhadores assalariados. Nessa questão, o sul se colocava inflexivelmente contra, pois toda força de trabalho dos latifúndios eram sustentadas pelo sistema escravista.
As animosidades criadas pelas diferenças políticas alcançaram seu auge quando os sulistas, reunidos em Montgomery, resolveram implementar um projeto separatista. Dessa reunião ficou acertada a criação dos Estados Confederados da América, formado por nações da região sul. Mesmo estando em menor quantidade, os separatistas esperavam o reconhecimento do novo Estado. No entanto, os yankees prepararam uma grande ofensiva contra os separatistas. Dava-se assim, início à Guerra de Secessão.
Contando com uma população maior e uma tecnologia bélica bem mais potente, os nortistas tinham melhores condições de vencer a batalha. Enquanto os conflitos se desenvolviam, o então presidente Abraham Lincoln toma providências para garantir a manutenção do território por meio de medidas que desestabilizavam a economia sulista. Em 1862, decretou o Homestead Act, que concedia o acesso das terras a oeste com base em um modelo de pequena e média propriedade. No mesmo ano, decretou a abolição da escravidão no país.
Com o apoio do governo central e a superioridade militar nortista, os confederados assinaram o termo de rendição em nove de abril de 1865. O modelo econômico do norte prevaleceu frente os interesses dos grandes proprietários do sul. Mesmo trazendo a predominância de uma economia sustentada pelo incentivo à indústria e o comércio, a sociedade estadunidense sofreria com novos problemas. A inserção do negro na sociedade e a criação de movimentos racistas foram polêmicas que se arrastaram na história desse povo até a atualidade.
De forma geral, a demanda política dessas duas regiões da economia estadunidense criou um campo de tensões onde o favorecimento de uma significava a ruína da outra. Os estados do norte desenvolveram uma economia voltada para a produção industrial, o incentivo das atividades comerciais, mão-de-obra assalariada e a produção agrícola em pequenas propriedades. Em contra partida os sulistas priorizaram uma economia agroexportadora, fundamentada no latifúndio e na mão-de-obra escrava.
Os nortistas, também conhecidos como yankees, priorizavam a constituição de altas tarifas alfandegárias que impedissem a dominação do mercado interno pelas manufaturas estrangeiras e incentivasse o desenvolvimento da indústria nacional. Já os sulistas almejavam uma política alfandegária com valores baixos que permitisse o acesso dos estados do sul a uma maior quantidade de produtos industrializados. Mediante as negociações, os valores das taxam variavam entre 20 e 30 por cento.
Outra delicada questão girava em torno das políticas agrárias nos Estados Unidos. Os nortistas defendiam um modelo calcado na pequena propriedade e na diversificação produtiva vinculada ao aumento da matéria prima disponível. O sul ambicionava a limitação ao acesso, pois via na pequena propriedade uma ameaça direta ao interesses dos grandes proprietários interessados em ampliar o número de terras destinadas às monoculturas agroexportadoras.
Um último ponto de discórdia tratava da questão do escravismo nos Estados Unidos. Os nortistas eram interessados no fim dessa relação de trabalho. Muitos deles, influenciados pela ideologia iluminista, viam na libertação dos escravos a ampliação do mercado consumidor interno no momento em que os ex-escravos fossem convertidos em trabalhadores assalariados. Nessa questão, o sul se colocava inflexivelmente contra, pois toda força de trabalho dos latifúndios eram sustentadas pelo sistema escravista.
As animosidades criadas pelas diferenças políticas alcançaram seu auge quando os sulistas, reunidos em Montgomery, resolveram implementar um projeto separatista. Dessa reunião ficou acertada a criação dos Estados Confederados da América, formado por nações da região sul. Mesmo estando em menor quantidade, os separatistas esperavam o reconhecimento do novo Estado. No entanto, os yankees prepararam uma grande ofensiva contra os separatistas. Dava-se assim, início à Guerra de Secessão.
Contando com uma população maior e uma tecnologia bélica bem mais potente, os nortistas tinham melhores condições de vencer a batalha. Enquanto os conflitos se desenvolviam, o então presidente Abraham Lincoln toma providências para garantir a manutenção do território por meio de medidas que desestabilizavam a economia sulista. Em 1862, decretou o Homestead Act, que concedia o acesso das terras a oeste com base em um modelo de pequena e média propriedade. No mesmo ano, decretou a abolição da escravidão no país.
Com o apoio do governo central e a superioridade militar nortista, os confederados assinaram o termo de rendição em nove de abril de 1865. O modelo econômico do norte prevaleceu frente os interesses dos grandes proprietários do sul. Mesmo trazendo a predominância de uma economia sustentada pelo incentivo à indústria e o comércio, a sociedade estadunidense sofreria com novos problemas. A inserção do negro na sociedade e a criação de movimentos racistas foram polêmicas que se arrastaram na história desse povo até a atualidade.
VÍDEOS
PARA DESCONTRAIR
PARA DESCONTRAIR MAIS AINDA
Exercícios para Ensino Fundamental II
Exercícios para Ensino Médio - aperfeiçoar os estudos e compreensão.
1. (Cesgranrio) No início do governo Abraão Lincoln, os Estados
Unidos apresentavam-se divididos e, nas palavras desse Presidente, o
país era "uma casa dividida contra si mesma", uma vez que:
I - os sulistas, favoráveis ao sistema escravista, reagiram com
hostilidade à eleição de um Presidente contrário à expansão desse
sistema;
II - a secessão sulina era um rude golpe para o país, face ao caráter complementar das economias do norte e do sul;
III - os Estados nortistas não abriram mão da política livre-cambista, condenada pelo Sul protecionista;
IV - divididos internamente, os Estados Unidos não poderiam prosperar economicamente e enfrentar desafios externos.
Assinale se estão corretas apenas:
a) I e II
b) I e III
c) II e IV
d) I, II e III
e) I, II e IV
2. (Cesgranrio) A expansão territorial dos Estados Unidos, ao longo
do século XIX, caracterizou-se por um forte sentimento nacionalista.
Sobre essa expansão podemos afirmar que:
a) encerrou as divergências entre o Norte e o Sul, quanto à utilização da mão-de-obra escrava.
b) retardou o crescimento demográfico da população norte-americana.
c) priorizou a mineração em detrimento das atividades industriais e agrícolas.
d) acarretou o fortalecimento político da representação nortista no Congresso Norte-Americano.
e) impediu a emigração devido à política de defesa das fronteiras do país.
3. (Fuvest) Da vitória dos estados nortistas na "Guerra de Secessão" resultou:
a) diminuição do número de pequenos e médios proprietários e o crescimento da aristocracia rural no sul.
b) unificação do mercado interno, desenvolvimento capitalista e transformação dos EUA em potência econômica.
c) anexação da região do Texas ao território dos EUA.
d) extinção do tráfico de escravos negros para os EUA.
e) regulamentação, pelo compromisso do Missouri, dos territórios que passaram a ser escravistas ou livres.
4. (Fuvest) Ao final da Guerra de Secessão, a constituição dos
Estados Unidos sofreu a XIII Emenda, que aboliu a escravidão. Os brancos
sulistas:
a) abatidos, emigraram em massa, para não conviver com os negros em condições de igualdade política e social.
b) inconformados com a concessão de direitos aos negros, desenvolveram a
segregação racial e criaram sociedades secretas que os perseguiam.
c) arruinados, tiveram suas terras submetidas a uma reforma agrária e distribuídas aos ex-escravos.
d) desanimados, abandonaram a agricultura e voltaram-se para a
indústria, a fim de se integrarem à prosperidade do capitalismo do
norte.
e) recuperados, substituíram as plantações de algodão por café, contratando seus ex-escravos como assalariados.
5. (Pucsp) "A Guerra Civil Norte-americana (1861-65) representou uma
confissão de que o sistema político falhou, esgotou os seus recursos sem
encontrar uma solução (para os conflitos políticos mais importantes
entre as grandes regiões norte-americanas, a Norte e a Sul). Foi uma
prova de que mesmo numa das democracias mais antigas, houve uma época em
que somente a guerra podia superar os antagonismos políticos."
(Eisenberg, Peter Louis. GUERRA CIVIL AMERICANA. S. Paulo, Brasiliense, 1982.)
Dentre os conflitos geradores dos antagonismos políticos referidos no texto está a
a) manutenção, pela sociedade sulista, do regime de escravidão, o que
impediria a ampliação do mercado interno para o escoamento da produção
industrial nortista.
b) opção do Norte pela produção agrícola em larga escala voltada para o
mercado externo, o que chocava com a concorrência dos sulistas que
tentavam a mesma estratégia.
c) necessidade do Sul de conter a onda de imigração da população
nortista para seus territórios, o que ocorria em função da maior oferta
de trabalho e da possibilidade do exercício da livre-iniciativa.
d) ameaça exercida pelos sulistas aos grandes latifundiários nortistas, o
que se devia aos constantes movimentos em defesa da reforma agrária
naquela região em que havia concentração da propriedade da terra.
e) adesão dos trabalhadores sulistas ao movimento trabalhista
internacional, o que ameaçava a estabilidade das relações trabalhistas
praticadas na região norte.
6. (Ufc) Podemos definir o crescimento industrial inglês, como um
processo longo e complexo, que se inicia com produção doméstica, com
instrumentos simples e sem que a energia do vapor tenha contribuído
muito. Mais tarde a situação se modifica com o surgimento de novas
tecnologias. É característica desta segunda fase:
a) o surgimento da fábrica, com meios de produção pertencentes a um empresário que utiliza trabalho assalariado.
b) o trabalho em oficinas, com controle corporativo da produção manual e com meios de produção pertencentes a um capitalista.
c) a utilização do trabalho assalariado de artesãos que dominam o processo produtivo.
d) a propriedade coletiva dos meios de produção e estatização do comércio.
e) o surgimento de cooperativas para a compra de matérias-primas e sua manufatura, utilizando trabalho assalariado.
7. (Ufmg) Todas as alternativas contêm razões econômicas responsáveis pela eclosão da Guerra Civil Americana, EXCETO:
a) A disputa entre as ideias protecionistas do Norte e o livre-cambismo proposto pelo Sul.
b) O aguçamento das contradições gerado pela conquista do Oeste, quando surgiram novos estados.
c) O desequilíbrio da balança comercial americana provocado pela crise
no sistema de transportes de mercadorias do Norte para o Sul.
d) O grande obstáculo à ampliação do mercado consumidor representado pela permanência da estrutura escravista.
e) Os profundos contrastes econômicos entre o norte industrial e o sul agroexportador.
8. (Ufsm) Em 1961, o presidente norte-americano, John Kennedy, lançou o programa "Aliança para o Progresso", cujo objetivo era
a) aumentar o potencial militar americano, impondo-se como nação
hegemônica perante os países aliados, o que reverteu em favor da
industrialização de todos eles.
b) diminuir a influência comunista na América, visto que já era intensa na totalidade das nações latino-americanas.
c) impedir o avanço comunista, de orientação soviética, nos países aliados e fazer frente ao impacto da Revolução Cubana.
d) incrementar as indústrias nacionais, possibilitando tão-somente o
progresso dos países integrantes da Aliança, mesmo que fossem
socialistas.
e) pregar a revolução na liberdade, reconhecendo a soberania dos povos
na definição dos seus sistemas econômico, social e político.
9. (Ufv) "Os Estados Confederados podem adquirir novo território.
[...] Em todos esses territórios, a instituição da escravidão negra, tal
como ora existe nos Estados Confederados, será reconhecida e protegida
pelo Congresso e pelo governo territorial; e os habitantes dos vários
Estados Confederados e Territórios terão o direito de levar para esse
território quaisquer escravos legalmente possuídos por eles em quaisquer
Estados ou Territórios dos Estados Confederados [...]."
("Constituição dos Estados Confederados da América", Art. IV, seção 3, 1861.)
O texto acima reflete um dos pontos centrais de discórdia que geraram
a Guerra Civil Americana. Esta guerra civil foi o resultado:
a) da ação imperialista americana que, a partir da Doutrina Monroe, passou a intervir na América Latina.
b) da luta entre os colonos e a Metrópole Inglesa, o que redundaria na independência dos Estados Unidos.
c) da Grande Depressão, intensificando a pobreza e o desemprego nas grandes cidades americanas.
d) da luta pelos direitos civis, particularmente dos negros, forçando uma reinterpretação da Constituição Americana.
e) da oposição dos interesses dos Estados do Sul e do Norte em torno da questão da escravidão e da expansão para o Oeste.
10. (Unesp) "A Ku-Klux-Klan foi organizada para segurança própria... o
povo do Sul se sentia muito inseguro. Havia muitos nortistas vindos
para cá (Sul), formando ligas por todo o país. Os negros estavam se
tornando muito insolentes e o povo branco sulista de todo o estado de
Tennessee estava bastante alarmado."
(ENTREVISTA DE NATHAN BEDFORD FORREST ao JORNAL DE CINCINNATI, Ohio, 1868.)
A leitura deste depoimento, feito por um membro da Ku-Klux-Klan, permite entender que esta organização tinha por objetivo
a) assegurar os direitos políticos da população branca, pelo voto
censitário, eliminando as possibilidades de participação dos negros nas
eleições.
b) impedir a formação de ligas entre nortistas e negros, que propunham a reforma agrária nas terras do sul dos Estados Unidos.
c) unir os brancos para manter seus privilégios e evitar que os negros,
com apoio dos nortistas, tivessem direitos garantidos pelo governo.
d) proteger os brancos das ameaças e massacres dos negros, que criavam
empecilhos para o desenvolvimento econômico dos estados sulistas.
e) evitar confrontos com os nortistas, que protegiam os negros quando estes atacavam propriedades rurais dos sulistas brancos.
GABARITO
1.E 2.D 3.B 4.B 5.A 6.A 7.C 8.C 9.E 10.C correto
ERRADO!!!
1. A 2. A
3. E 4. B 5. D
6. B 7. D 8. A 9. D 10. E
11. A 12. B 13. B 14. D 15. A
16. A 17. D 18. B
19. C 20. E
ESTUDEM, ESTUDEM E ESTUDEM!!!!!
A primeira é letra a)
ResponderExcluirObrigado, corrigido!!
ResponderExcluirProfessor reveja o gabarito tem algumas questões erradas!
ResponderExcluirGuerra de Secessão - EUA
ResponderExcluir1.E 2.D 3.B 4.B 5.A 6.A 7.C 8.C 9.E 10.C Gabarito correto.
Que mancada, de fato, estava errado mesmo, o erro foi que colei um gabarito de outros exercícios estava até com um número maior de questões (20 ao invés de 10).
ExcluirObrigado pela ajuda!!
professor tenho uma duvida
ResponderExcluirse thomas jefferson elaborou a declaraçao de independencia dos estados unidos baseados nos ideais iluministas(igualdade,liberdade,direito de escoher os proprios governadores)pq quando os colonos foram organizar o governo do pais ja "liberto",so os proprietarios de grandes teras(entre outros) podiam votar nos presidentes??
Olá, Anônimo
Excluirse você se recordar (ou não, no caso), na página 17 do cap. 6 tem a explicação, que deixa bem explícito e responde sua dúvida, segue uma outra transcrição próxima ao do material, "Finalmente em 1787 foi promulgada a primeira Constituição dos Estados Unidos. Determinava o regime republicano presidencialista e a divisão de poderes, denotando a influência da teoria de Montesquieu. Nessa Constituição mantiveram-se algumas restrições como, por exemplo, o voto censitário (uma vez que para se obter o direito de voto era necessário possuir alguma propriedade) e a escravidão. Isso reflete a hegemonia política dos lati-fundiários do Sul após o processo de independência.", ou seja, a ideia da liberdade, igualdade e direito a propriedade é pra os que tinham posse, entendeu? Espero que sim!!
Atenciosamente
Prof. Moacir