quarta-feira, 1 de novembro de 2017

8º A e B - O avanço do capitalismo no século XIX - 4º Bimestre (atualizado 2017)

AQUECENDO

Marx e Adam Smith no maior papo cabeça.

Liberalismo e Socialismo

Entre os séculos XVIII e XIX, as diversas transformações que marcaram a Europa e o continente americano, possibilitaram o surgimento de novas concepções preocupadas em dar sentido ou teorizar a rápida ascensão do sistema capitalista. Para tanto, vários pensadores se debruçaram na árdua tarefa de negar, reformar ou legitimar as novas relações de ordem social, econômica e política que ganhavam fôlego em um mundo que passava a ter uma nova roupagem.

Bacana esse vídeo, a globo acerta nas produções, mas nos telejornais é lamentável!!

Uma das mais marcantes transformações trazidas pelo capitalismo foi, sem dúvida alguma, a sua impressionante capacidade de racionalizar o gasto dos recursos e gerar riquezas. Após a deflagração da Revolução Industrial, as possibilidades de se aperfeiçoar a exploração da mão-de-obra, da tecnologia e dos recursos naturais parecia ter alcançado patamares inimagináveis. Contudo, as transformações desse novo período histórico não se resumiam somente à implicações de caráter positivo.

Mesmo com o desenvolvimento de tais potencialidades e a criação de governos que prometiam colocar os homens em posição equivalente, a nova ordem consagrada pela burguesia tinha seus problemas. Em linhas gerais, a ordem capitalista e os governos liberais ainda conviviam com as desigualdades que promoviam a distinção dos indivíduos em classes sociais. Foi nesse contexto que surgiram duas grandes linhas interpretativas dessa nova realidade: o liberalismo e o socialismo.

A corrente liberal defendia os vários pressupostos que compunham essa nova realidade oferecida pelo capitalismo. Aprovavam o direito à propriedade privada, amplas liberdades no desenvolvimento das atividades comerciais e a igualdade dos indivíduos mediante a lei. Além disso, elogiavam a prosperidade do homem de negócios ao verem que sua riqueza beneficiava a sociedade como um todo. Dessa forma, ao acreditavam que a riqueza seria uma benesse acessível a todos que trabalhassem.

Com relação à miséria e as desigualdades, a doutrina liberal acredita que a pobreza do homem tem origem em seu fracasso pessoal. Para que pudesse superar essa situação de penúria, o pobre deveria ter uma postura colaborativa para com seus patrões tendo o cuidado em preservar os seus bens e dar o máximo de sua força de trabalho na produção de mais riquezas. Concomitantemente, lhe seria exigida paciência e fé enquanto virtudes que o ajudariam na superação de sua condição.

Partindo para a interpretação socialista, temos um outro tipo de compreensão que nega os argumentos liberais que tentavam naturalizar as desigualdades. O pensamento socialista, inspirado por pressupostos lançados pelo Rousseau, tenta enxergar esses problemas como conseqüência das relações sociais estabelecidas entre os homens. Seguindo tal linha, os socialistas passariam a realizar uma crítica ao comportamento assumido pelos homens em sociedade que estabelecia tais diferenciações.

Dessa forma, os argumentos que justificavam as desigualdades por meio do fracasso pessoal perdem terreno para o questionamento profundo de toda a lógica que formava a sociedade capitalista. Antes de apontar o progresso do capital como um benefício, os socialistas realizam uma investigação que vai detectar na oposição entre as classes sociais a força que opera grande parte dessas relações e problemas da sociedade.

Tendo suas bases lançadas, liberalismo e socialismo vão compor duas matrizes interpretativas distintas e, algumas vezes, opostas. Contudo, esses pressupostos serão posteriormente reinterpretados em um processo de compreensão da sociedade que, até hoje, apresenta novas possibilidades. Por isso, novos intelectuais se debruçam na mesma importante tarefa de se compreender, criticar e apontar alternativas para nossos moldes de desenvolvimento.

IMPERIALISMO OU NEOCOLONIALISMO NO SÉC. XIX?

Uma imagem clássica que revela os interesses das hegemonias econômicas do século XIX para o XX

Na segunda metade do século XIX, países europeus como a Inglaterra, França , Alemanha , Bélgica e Itália , eram considerados grandes potências industriais.

Na América, eram os Estados Unidos quem apresentavam um grande desenvolvimento no campo industrial . 
Todos estes países exerceram atitudes imperialistas, pois estavam interessados em formar grandes impérios econômicos, levando suas áreas de influência para outros continentes

Com o objetivo de aumentarem sua margem de lucro e também de conseguirem um custo consideravelmente baixo, estes países se dirigiram à África , Ásia e Oceania , dominando e explorando estes povos. Não muito diferente do colonialismo dos séculos XV e XVI, que utilizou como desculpa a divulgação do cristianismo ; o neocolonialismo do século XIX usou o argumento de levar o progresso da ciência e da tecnologia ao mundo.

Na verdade, o que estes países realmente queriam era o reconhecimento industrial internacional, e, para isso, foram em busca de locais onde pudessem encontrar matérias primas e fontes de energia . Os países escolhidos foram colonizados e seus povos desrespeitados. Um exemplo deste desrespeito foi o ponto culminante da dominação neocolonialista, quando países europeus dividiram entre si os territórios africano e asiático, sem sequer levar em conta as diferenças éticas e culturais destes povos. 

Entre novembro de 1884 e fevereiro de 1885 foi realizado o Congresso de Berlim. Neste encontro, os países europeus imperialistas organizaram e estabeleceram regras para a exploração da África. Na divisão territorial que fizeram, a cultura e as diferenças étnicas dos povos africanos não foram respeitadas.

Devido ao fato de possuírem os mesmo interesses, os colonizadores lutavam entre si para se sobressaírem comercialmente.

Parece o South Park, só que sem palavrões!!

O governo dos Estados Unidos, que já colonizava a América Latina, ao perceber a importância de Cuba no mercado mundial, invadiu o território, que, até então, era dominado pela Espanha. Após este confronto, as tropas espanholas tiveram que ceder lugar às tropas norte-americanas. Em 1898, as tropas espanholas foram novamente vencidas pelas norte-americanas, e, desta vez, a Espanha teve que ceder as Filipinas aos Estados Unidos. 

Outro ponto importante a se estudar sobre o neocolonialismo é à entrada dos ingleses na China, ocorrida após a derrota dos chineses durante a Guerra do Ópio (1840-1842).

Esta guerra foi iniciada pelos ingleses após as autoridades chinesas, que já sabiam do mal causado por esta substância, terem queimado uma embarcação inglesa repleta de ópio.



Depois de ser derrotada pelas tropas britânicas, a China , foi obrigada a assinar o Tratado de Nanquim, que favorecia os ingleses em todas as clausulas.

A dominação britânica foi marcante por sua crueldade e só teve fim no ano de 1949, ano da revolução comunista na China. 
A realidade nua e crua, literalmente.

Como conclusão, pode-se afirmar que os colonialistas do século XIX, só se interessavam pelo lucro que eles obtinham através do trabalho que os habitantes das colônias prestavam para eles.

Eles não se importavam com as condições de trabalho e tampouco se os nativos iriam ou não sobreviver a esta forma de exploração desumana e capitalista .

Foi somente no século XX que as colônias conseguiram suas independências, porém herdaram dos europeus uma série de conflitos e países marcados pela exploração, subdesenvolvimento e dificuldades políticas.

ORGANOGRAMA DE REFERENCIAÇÕES


Vídeo explicativo bacana

O Imperialismo na África determinou a repartição do continente entre as potências europeias do final do século XIX e início do século XX. Durante vários séculos o continente foi explorado por colonizadores estrangeiros e até hoje sofre as consequências das intervenções de outrora.

O primeiro momento de conquista do território africano na modernidade aconteceu com o avanço das grandes navegações. Inicialmente, Portugal e Espanha foram os colonizadores da África entre os séculos XV e XVII. Esta primeira fase é conhecida como Colonialismo.

Até o século XIX a intervenção européia esteve presente apenas no litoral do continente africano, com uma exploração especialmente marcada pelo trafico negreiro que acontecia no Oceano Atlântico. Mas com a ascensão de outras potências europeias acirrou a corrida pelo domínio do continente e ampliou a exploração, adentrando no território.

A entrada de novos países europeus no cenário de dominação do continente africano causou uma imensa fragmentação das comunidades e das culturas nativas, a exploração passou a ser guiada pelos interesses ligados às riquezas naturais – como ouro, cobre e diamantes – e pelas estratégicas regiões localizadas próximas ao Mar Mediterrâneo visando os privilégios no comércio marítimo.

O primeiro país europeu, após Portugal e Espanha, a invadir o continente africano foi a França, que desenvolveu sua conquista imperialista entre 1830 e 1857 na Argélia. Era apenas o começo de uma nova fase de exploração intensa da África. Os franceses prosseguiram a conquista estabelecendo-se na Tunísia, na África Ocidental e na África Equatorial, sendo que o domínio se expandiu ainda até regiões como Madagascar e Marrocos.

Em seguida aos franceses vieram os ingleses, os quais promoveram a conquista imperialista no Egito e o domínio do Canal de Suez. Os alemães vieram em seguida conquistando a África Oriental e Camarões, Togo e Namíbia, estes na parte ocidental do continente. Já atrasados, chegaram os italianos promovendo o domínio na Líbia, na Eritréia e na Somália.

Os povos europeus tinham grande supremacia no processo de conquista imperialista no continente africano. A capacidade de tais países, pelo crescimento conquistado ao longo dos séculos com base na exploração, era inegável e oferecia condições de enfrentamento com grande poderio. As comunidades africanas, contudo, não deixaram de enfrentar os europeus, é bem verdade que a derrota era quase inevitável, mas o processo de dominação imperialista na África não foi tão fácil quanto se pode parecer.

Já entre os países europeus, as disputas por territórios imperialistas no continente africano, onde se pudesse explorar as riquezas e estabelecer a influência ideológica, também foram motivo de atritos. As tensões entre as novas potências europeias foram crescendo gradativamente, em simultaneidade com a intensificação do processo de dominação. O ambiente se tornou tão instável que a corrida pela conquista do continente africano e também do asiático foi um dos motivos para a eclosão da Primeira Grande Guerra Mundial em 1914.

O Imperialismo na Ásia
No final do século XIX a Ásia se mostrava com uma organização social mais complexa do que aquela da maior parte do continente africano, que vivia sob uma organização tribal. Assim como ocorrera na África, também na Ásia o Imperialismo significava a expansão dos grandes capitais do mercado europeu em busca de investimentos e retorno econômico. Diferentemente da dominação econômica na América Latina praticada na mesma época, o processo de dominação asiática foi acompanhado da intensiva ocupação político-militar. Mais do que a África (que não tinha um expressivo mercado consumidor, mas muitas matérias-primas), a Ásia se tornou o grande alvo da expansão européia, já que possuía um grande mercado consumidor e economias mais complexas do que as africanas. 

A partilha da Ásia
As principais potências europeias que se encontravam na África participaram também da partilha da Ásia, como Inglaterra, França, Bélgica e Alemanha. Mas outras potências também tomaram parte nesse processo, é o caso da Holanda (que desde o século XVII, dominava a Indonésia); do Japão (que iniciou, após a sua vitória na Guerra Russo-japonesa, de 1905, a sua expansão imperialista); dos EUA (que deram início a seu imperialismo em 1898), e ainda da Rússia, que já exercia uma dominação no território asiático não caracterizada como imperialista. O curso tomado pelo imperialismo ocidental na Ásia foi consideravelmente diferente e mais complexo do aquele praticado anteriormente na África. Na Ásia, alguns Estados europeus já possuíam possessões que datavam da época inicial da colonização, como Portugal, desde o século XVI, além de França, Holanda e Inglaterra desde os séculos XVII e XVIII. Assim como ocorrera na África, o imperialismo ocidental na Ásia também estimulou as rivalidades das grandes potências colonizadoras e produziu repetidas crises internacionais. 

Na disputa pelo sudeste asiático encontravam-se França e a Inglaterra. Desde meados do XIX, os franceses tinham fundado a Indochina Francesa, ao mesmo tempo, os britânicos se expandiram para o leste da Índia e dominaram a Birmânia, Cingapura e organizaram na parte Sul do território, uma faixa de pequenos protetorados. No final do século XIX, a Tailândia era a única região a permanecer como Estado independente no sudeste asiático, apesar de ameaçada por franceses e ingleses. Nas fronteiras ao Norte e ao Ocidente da Índia, os conflitos eram entre a Rússia e a Inglaterra. 

O Japão
A entrada do Japão no grupo dos países imperialistas se deu através da própria pressão imperialista dos Estados Unidos e da Inglaterra. Inicialmente um país fechado, sob pressão dos Estados Unidos, que impuseram os Acordos desiguais de Comércio, o Japão (governado oficialmente por um imperador, mas na prática governado pelo comandante das Forças Militares Japonesas, o Xogun) foi obrigado a promover a abertura de alguns dos seus portos para os países ocidentais, causando, em 1868, a revolta que culminou com a Restauração Meiji, que restaurou os poderes do imperador. A Era Meiji foi responsável pelo fim do regime feudal no Japão e o início do seu processo de modernização. As reformas que visavam a ocidentalização japonesa incluíram uma reforma monetária, militar, o envio de japoneses aos centros de estudo do Ocidente e o incentivo à industrialização. Em 1895, o Japão saiu vencedor da Guerra Sino-japonesa (1894 e 1895) e em 1905, derrotou a Rússia na Guerra Russo-japonesa (1904-1905), conquistando a Coréia e a região Sul da Manchúria, na China, dando início à sua expansão imperialista. 

O Imperialismo norte-americano
Desde o século XIX, os Estados Unidos mostraram interesse pela região do Pacífico. A partir de 1898, invadiram o Havaí e, após a vitória na guerra contra a Espanha, no mesmo ano, anexaram Guam e as Filipinas, passando a ter uma forte penetração na Ásia. 

O Imperialismo russo
A presença russa no território asiático é bastante anterior a das outras nações europeias, desde o século XVI, os russos haviam ocupado uma grande extensão da Sibéria e, portanto, contava com mais facilidades para expandir suas fronteiras na Ásia. No entanto, a dominação russa na China, no Afeganistão, na Coréia e na Pérsia se diferenciava do imperialismo praticado pelas outras potências imperialistas. A Rússia ainda era um país pouco industrializado e não dispunha de capitais para exportar para outras regiões, ao contrário, era ela própria um escoadouro dos capitais da Europa Ocidental, principalmente do capital francês. 

A ocupação da Índia
A Índia foi a principal colônia inglesa na Ásia. A dominação inglesa nessa região foi fruto de um longo processo que se estendeu até meados do século XIX quando a coroa britânica assumiu o controle político sobre a Índia. Dentre outras ações, os colonizadores ingleses desorganizaram a produção agrícola indiana implantando as plantações de ópio para o comércio com a China. 

O caso da China
Antes da chegada dos europeus, os chineses viviam sob a dinastia estrangeira Manchu. Desprezados pelo restante da China (que considerava sua cultura inferior o Sul do território chinês) Macau, Cantão e Hong Kong já eram tradicionalmente regiões mais abertas ao comércio ocidental. A abertura do restante do país se deu em conseqüência da derrota chinesa nas duas Guerras do Ópio contra a Inglaterra. A partir de então, muitos países ocidentais passaram a investir e a exportar produtos para a China. Apesar do avanço de várias potências imperialistas sobre a China, os Estados Unidos manifestaram o seu interesse em preservar a unidade territorial Chinesa. Os chineses organizaram várias revoltas e movimentos de resistência contra o domínio estrangeiro no país. 

O Imperialismo na América Latina 
Além da África e da Ásia, a presença imperialista se estendeu também em direção à América Latina, no entanto, a dominação imperialista nessa região não se fez pela ocupação militar, mas com a exportação de capitais, transformando as economias locais em dependentes das economias europeias. Os países latino-americanos praticavam uma economia de produção de produtos primários para a exportação e importavam produtos industrializados e capitais europeus, principalmente sob a forma de empréstimos, construção de ferrovias e instalação de telégrafos. 

O capitalismo monopolista
Essa nova fase da economia capitalista foi fortemente marcada pela concentração econômica da produção e do capital pelas grandes empresas ou associações empresariais. A livre iniciativa empresarial gerou uma intensificação da concorrência promovendo uma verdadeira guerra de preços. Nessa situação, as empresas mais competitivas eliminavam ou comprovam empresas menores, formando os grandes conglomerados econômicos, concentrando enormes capitais e dominando alguns setores da produção. Dessa forma, surgiram os monopólios industriais que passaram a eliminar a concorrência e fixar preços em busca de um lucro cada vez maior.

LISTAS EXERCÍCIOS:

  1. LISTA 1;
  2. LISTA 2;
  3. LISTA 3;
  4. LISTA 4.
TREINEM, ESTUDEM E TIREM UM 10!!!!!!

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