segunda-feira, 27 de março de 2017

8º A e B - A Revolução Inglesa - 1º Bimestre (atualizado 2017)



Bacana.

A Revolução Inglesa

A Revolução Inglesa consiste numa grande disputa de cunho econômico e religioso sobre a relação de poder entre monarquia e parlamento, relação esta que refletia diretamente na classe burguesa, principal interessada no assunto. Tendo início no começo do século XVII esta disputa fervorosa deu origem a um dos processos que marcou o início da crise no regime monárquico inglês.

Antecedentes da Revolução Inglesa

Os antecedentes da Revolução Inglesa atravessam diversos governos onde, durante anos, a tomada de decisões relacionadas à religião e à economia da Inglaterra refletiu imediatamente na insatisfação de grande parte da burguesia da época. Veja como os governos agiram gradativamente para culminar numa revolução popular.

A dinastia Tudor significou para a Inglaterra um período de grande crescimento econômico e consolidação do sistema absolutista de governo. Henrique VIII foi o responsável pela criação do Anglicanismo, religião de conteúdo Calvinista e aparência católica e que estreitava os vínculos entre Estado e burguesia. Grande parte da classe burguesa era de orientação religiosa Protestante e apoiava o controle que tinha o rei sobre a nova religião.

Com o rompimento das relações entre Estado e igreja católica houve o confisco de terras pertencentes ao clero e com isso o governo da rainha Elizabeth I (1558-1603) viu uma oportunidade para favorecer-se junto à burguesia e ampliar as atividades mercantis da Inglaterra. Contudo este crescimento era desordenado, pois havia uma exclusão de parte da burguesia. Os beneficiados eram apenas aqueles que possuíam algum conhecimento de pessoas ligadas à nobreza. A Lei dos Cercamentos também foi instaurada, tendo continuidade no governo de Jaime I (1603-1625), da dinastia Stuart, onde grande parte dos camponeses perdiam suas terras para a produção de produtos (matérias primas) que abasteciam o engenhoso comércio britânico.

Seu sucessor no governo, Carlos I (1625-1648) tomou novas medidas que causaram grande descontentamento pela Inglaterra como a ampliação dos direitos políticos e legais da população católica da época. A burguesia de maioria protestante, claro não gostou da ideia da instalação de um governo católico.
Os confrontos

A burguesia, descontente com o possível governo católico que se instaurava na Inglaterra, e os camponeses, insatisfeitos com o empobrecimento causado pelos cercamentos, decidiram se unirem contra a autoridade do rei , liderados por Oliver Cromwell instalando um estado de guerra civil com o seu Exército Puritano. Eles conseguiram subjugar os partidários da nobreza e instaurar um novo tipo de governo. O governo de Cromwell teve início no ano de 1649 e uma das medidas que tomou em favor da burguesia e camponeses foi o decreto dos Atos de Navegação, estes estabeleciam medidas para o desenvolvimento e incentivo aos negócios burgueses.

Contudo em 1658 Oliver Cromwell faleceu dando lugar ao seu sucessor no governo, seu filho Richard Cromwell. A nobreza monárquica pressionou o novo governante de tal forma que este não resistiu e abriu as portas para a restauração da dinastia Stuart comandada desta vez por Jaime II. Desta vez a burguesia aliou-se ao genro de Jaime, Guilherme de Orange, pois, temia a restauração de um regime absolutista. Junto a Guilherme a burguesia pôs abaixo o poder do rei e deflagrou a Revolução Gloriosa. Esta nova revolução levou Guilherme ao trono e o mesmo assinou a Declaração dos Direitos, documento que previa a subordinação da realeza ao parlamento.

A partir de então a Inglaterra enfrentou grande crescimento econômico, encontrando-se hoje como uma das mais importantes economias do mundo (5° colocada).

A Revolução Puritana

Boa explicação, bem completinha.

O rei da Inglaterra Jaime I, eliminando as medidas liberais dos Tudor, era favorável ao poder monárquico absoluto, além de ter apreço pelos católicos, que eram favoráveis ao poder inquestionável do rei. Ele defendia que deveria usar moldes feudais para dominar a Irlanda e buscava exercer monopólio sob a produção têxtil inglesa, visando o enriquecimento dos cofres reais e uma forte influência política que fosse independente da aprovação do parlamento. O rei sempre privilegiou os católicos, além de enfatizar diretrizes católicas do anglicanismo. Em 1625, o rei faleceu e deixou o trono para seu filho Carlos I.

Durante a Guerra Civil que foi de 1640 a 1648 na Inglaterra, aconteceu a Revolução Puritana, que foi o enfrentamento entre o rei e o parlamento. Seu inicio se deu com a imposição da petição dos direitos pelo parlamento ao Rei Carlos I, onde era determinado que os impostos, prisões, julgamentos e convocações do exército só poderiam ser reais com a autorização do parlamento. Apesar de aceitar a imposição devido à pressão do parlamento, o rei não a cumpriu.

Houve então uma reunião onde as atitudes do rei foram criticadas pelo parlamento e, devido à isso, o rei decretou a dissolução do parlamento e governou sozinho durante onze anos. No entanto, suas atitudes continuaram a ser alvo de críticas, formando opiniões contrárias e, quando o rei determinou obrigatória a adoção do anglicanismo pelos presbiterianos e puritanos, começaram os protestos na Escócia.

A volta do parlamento

No ano de 1640, o rei foi forçado a convocar novamente o parlamento devido à crise financeira ocasionada pela falta dos pagamentos dos impostos. Este, no entanto, não aceitava o aumento dos valores dos impostos como o rei queria, e passou a exigir que fossem de seu total controle as questões religiosas e tributárias. O rei então ameaçou o parlamento com a sua extinção novamente, de forma que o parlamento, inconformado, convocou a formação de uma milícia armada que garantisse a existência dele.

A Revolução Puritana

Dessa forma se deu o inicio da Revolução Puritana. Carlos I foi até a cidade de Oxford para organizar um exército e proteger-se da reação popular, iniciando uma guerra civil contra as frentes populares que foram armadas pelo parlamento. O exército, nomeado como Exército de Novo Tipo, era composto essencialmente por puritanos (calvinistas) que combatiam para superar as dificuldades econômicas.

Oliver Cromwell foi o líder que mudou a organização militar, tirando os direitos dos postos pelo nascimento, e dando os cargos àqueles que mereciam, fazendo com que o povo participasse da revolução. Em seguida, os combatentes dividiram-se em duas facções chamadas de diggers e levellers. Os diggers eram aqueles que defendiam a reforma agrária, tornando possível o acesso dos camponeses à terra, e os levellers, que combatiam para conseguir alcançar a igualdade total jurídica entre cidadãos, além da liberdade religiosa.

A queda do rei

O exército popular de Oliver Cromwell venceu as batalhas de Marston Moor e Naseby, fato que foi um grande passo para suas conquistas. Houve então um novo embate quando os integrantes moderados do parlamento pensavam em uma desmobilização do exército de Novo Tipo, quando o rei foi capturado e decapitado no ano de 1649. Dessa forma se deu o fim da monarquia inglesa e a proclamação do governo republicano. Aqueles que antes pensavam em desmobilizar o exército foram excluídos do parlamento, e Cromwell se tornou o presidente do novo Conselho de Estado. Cromwell, no entanto, ignorou àqueles populares que o colocaram no poder não atendendo às suas exigências, e criando dessa forma uma ditadura.

A Revolução Gloriosa

Bacana tem uns toques interessantes

“Revolução Gloriosa” é o nome dado ao movimento que ocorreu na Inglaterra entre os anos de 1688 e 1689, marcado pela destituição do rei Jaime II. Também chamada de “Revolução sem sangue”, devido à forma pacífica como ocorreu, este movimento resultou na substituição do rei da dinastia Stuart por Guilherme, Príncipe de Orange, da Holanda.

A revolução teve início com um acordo secreto realizado entre o Parlamento inglês e o príncipe da Holanda e genro de Jaime II, Guilherme de Orange, com o objetivo de entregar o trono britânico ao príncipe, porque Jaime II queria reconduzir o país no rumo da doutrina católica, o que desagradava os nobres britânicos.

Assim, o Parlamento se mobilizou contra o rei Jaime II e, em junho de 1688, Guilherme de Orange foi aclamado rei com o título de Guilherme III. Com essa revolução, foi firmado um compromisso de classes entre os grandes proprietários e a burguesia inglesa, enquanto a população em geral foi marginalizada. A nova ordem mostrou também que, para acabar com o Absolutismo, não era necessário eliminar a figura do rei, desde que este aceitasse a submissão às decisões do Parlamento.

A Revolução Gloriosa representou a transição política de uma Monarquia Absolutista para uma Monarquia Parlamentar, inaugurando a atual configuração da política inglesa, em que o poder do rei está submetido ao Parlamento.

A Declaração de Direitos e o Ato de Tolerância

O rei Guilherme III aceitou a “Declaração de Direitos” (Bill of Rights) e, em 1689, assumiu a Coroa, colocando fim no atrito entre o rei e o Parlamento.

Declaração de Direitos

A “Declaração de Direitos” eliminava a censura política e reafirmava os poderes do Parlamento, como o seu direito exclusivo de estabelecer impostos, o direito de livre apresentação de petições e o controle da questão militar, em que o recrutamento e a manutenção do exército somente seriam admitidos com a aprovação do Parlamento. Além disso, o Tesouro britânico era controlado pelo Parlamento inglês e nenhum gasto poderia ser feito sem a sua autorização, os altos funcionários do governo eram fiscalizados pelos parlamentares e os gastos da família real também eram controlados pelo Parlamento.

Ato de Tolerância

O “Ato de Tolerância” (Toleration Act), que estabelecia liberdade religiosa a todos os cristãos, exceto aos católicos, também foi aceito pelo rei.

Estes dois documentos redigidos pelo Parlamento Inglês foram muito importantes para o desenvolvimento do capitalismo na Inglaterra, e a burguesia inglesa, aliada a aristocracia rural, passou a exercer o poder através do Parlamento, dando forma a um Estado Liberal.

CENAS DO PRÓXIMO CAPÍTULO


TREINANDO

01. Leia o texto:

“Se analisarmos as duas revoluções burguesas consideradas como modelos clássicos (...) ¾ a Revolução Inglesa de 1640 e a Revolução Francesa de 1789 ¾o que chama a atenção é o fato de que não foi a burguesia a classe que conduziu o movimento à vitória final. Esta observação não invalida o caráter revolucionário da burguesia nesses movimentos. Em ambos, nos momentos em que a contra-revolução é mais ativa, não foi a burguesia que garantiu a continuidade dos processos revolucionários.” MARQUES, A. et al. História Contemporânea através de textos.

Em ambos os movimentos, a ação mais radical, democrática e igualitária, decisiva na derrota das forças contra-revolucionárias, foi representada, RESPECTIVAMENTE, pelos:

A) Setores mais radicais de gentry e pelos Termidorianos
B) Puritanos e Girondinos
C) Niveladores e Escavadores e sans-culottes
D) Líderes do Novo Exército Modelo e pelos Montanheses e Girondinos

02. 
“Uma grande parte dos cavaleiros e gentil-homens da Inglaterra (...) aderira ao rei Carlos I. (...) Do lado do Parlamento estavam uma pequena parte da pequena nobreza de muitos dos condados e a maior parte dos comerciantes e proprietários, especialmente nas corporações e condados dependentes do fabrico de tecidos e de manufaturas desse tipo (...) Os proprietários e comerciantes são a força da religião e do civismo no país; e os gentil-homens, os pedintes e os arrendatários servis são a força da iniqüidade”. Depoimento de Baxter, puritano inglês. Christopher HILL, A Revolução Inglesa de 1640. (Adaptação)

O testemunho acima ilustra, em parte, as polarizações sociais e políticas que caracterizaram o processo revolucionário inglês no século XVII.

Dentre as afirmativas abaixo, assinale a ÚNICA QUE NÃO APRESENTA de modo correto uma característica dessa revolução:

A) Dela resultou o enfraquecimento do poder do soberano, contribuindo para a afirmação das prerrogativas e interesses dos grupos que apoiavam o fortalecimento das atribuições do Parlamento.
) ela ocasionou uma violenta guerra civil que opôs forças ligadas à realeza àquelas envolvidas com o ideal parlamentar.
C) ele representou um dos primeiros grandes abalos nas práticas do absolutismo monárquico na Europa, simbolizado não só pelo julgamento mas, principalmente, pela decapitação do monarca Carlos I.
D) ela estimulou a crescente aplicação de mecanismos restritivos às relações comerciais dos colonos americanos, sendo responsável pelo sentimento anti-metropolitano que levou à emancipação das 13 colônias.

03. No processo revolucionário inglês do século XVII ¾ a Revolução Inglesa ¾ o governo de Oliver Cromwell foi responsável:
A) pela incorporação dos anseios radicais de niveladores e escavadores nas ações governamentais, ampliando o acesso à terra às camadas populares.
B) pelo repúdio às iniciativas mercantis, expresso na promulgação dos Atos de Navegação, que excluía os estrangeiros do comércio com o país.
C) pelo atendimento das necessidades das camadas médias, expresso nas dificuldades impostas ao desenvolvimento dos cercamentos.
D) pela consecução de medidas que atenderam aos interesses da gentry e da burguesia, como a ampliação das áreas coloniais e o confisco das terras da Igreja Anglicana.

04. Leia o texto:
“Cromwell foi chamado, com certa razão, o Robespierre e o Napoleão da Revolução Inglesa. Como o primeiro, conduziu a revolução à vitória e, como o segundo, esmagou a democracia, preservando seu caráter original”. FLORENZANO, Modesto. As Revoluções Burguesas.

O texto acima pode ser considerado:

A) VERDADEIRO, na medida em que o governo de Cromwell consolidou o papel fundamental do Parlamento na condução do processo político inglês e instituiu um governo baseado na ampla soberania popular.
B) VERDADEIRO, já que Cromwell simboliza os interesses burgueses e, como tal, esmaga os movimentos populares e estimula as atividades econômicas do país.
C) FALSO, já que o governo de Cromwell foi extremamente autoritário, embora apoiado nas reivindicações populares de grupos como os levellers e os diggers.
D) FALSO, já que ao contrário de Napoleão, Cromwell buscou o apoio da burguesia ao tomar medidas econômicas relevantes como a criação do Banco da Inglaterra para sanear as finanças do país.

05. Leia o texto:
“(...) Os Lords espirituais e temporais e os Comuns, hoje, 22 de janeiro de 1689, reunidos (...) declaram (...)
1. que o pretenso direito da autoridade real de suspender as leis ou a sua execução é ilegal
2. que o pretenso direito da autoridade real de se dispensar das leis ou da sua execução é ilegal (...)
4. que qualquer levantamento de dinheiro para a Coroa ou para seu uso (...) sem o consentimento do Parlamento é ilegal (...)”

No contexto do processo revolucionário inglês do século XVII, o documento acima:

A) restaura o poder absolutista dos monarcas ingleses, legitimado pela Teoria do Direito Divino.
B) instaura a monarquia parlamentar, onde os poderes reais ficam submetidos ao Parlamento.
C) inaugura o sistema democrático de governo, onde o sufrágio universal passa a ser o instrumento de legitimação do poder real.
D) estabelece a submissão da religião ao controle do Estado, transformando o clero anglicano em contingente do funcionalismo público.


06. Durante o século XVII, a Inglaterra foi convulsionada por um movimento político-social conhecido como Revolução Inglesa. São acontecimentos relacionados a esse processo revolucionário, EXCETO: 

A) a ascensão e consolidação do poder dos Niveladores, grupo político que propunha reformas democráticas para o país. 
B) a condenação e posterior execução do rei Carlos I, estabelecendo-se, para o país, o regime republicano. 
C) as limitações impostas ao absolutismo pela ação do Parlamento. 
D) os confrontos entre os partidários da Coroa e o Novo Exército Modelo, durante a Guerra Civil. 


07. A Revolução Inglesa do século XVII transformou a estrutura política, social e econômica daquele país. Em termos políticos, essa Revolução significou:

A) a adoção de uma política externa conciliadora em relação aos espanhóis
B) a predominância da forma católica do Anglicanismo
C) a afirmação do individualismo e da teoria do contrato
D) o predomínio da burguesia

08. Leia o trecho:
"Cromwell foi chamado, com certa razão, o Robespierre e o Napoleão da Revolução Inglesa. Como o primeiro, conduziu a revolução à vitória e, como o segundo, esmagou a democracia, preservando o seu caráter original." Modesto FLORENZANO.

Considerando as idéias contidas no trecho e as Revoluções Inglesa e Francesa, é possível afirmar que o "caráter original" mencionado refere-se:

A) às propostas democráticas dos pensadores iluministas, os quais defendiam a construção de uma sociedade igualitária em substituição ao Antigo Regime.
B) às tendências autoritárias dos dois líderes, representantes dos interesses da nobreza togada e das forças realistas na Inglaterra e na França
C) à construção de uma sociedade liberal, fundamentada na igualdade civil e no sufrágio censitário, de acordo com as pretensões burguesas
D) à derrubada dos regimes absolutistas e sua substituição por Estados Nacionais centralizados , onde a autoridade fosse exercida por um déspota esclarecido

9 - ELIMINADA

10. De acordo com vários historiadores, a Revolução Inglesa abriu as condições para a instauração do capitalismo, via Revolução Industrial, na medida em que;

A) criou as manufaturas simples, incentivou a produção de gêneros tropicais e organizou o sistema colonial
B) promoveu a substituição do Estado liberal pelo Estado absolutista, organizou o exército do Parlamento e consolidou os interesses da nobreza
C) estabeleceu a plena propriedade privada sobre a terra, permitiu à marinha inglesa controle sobre os mercados mundiais e proletarizou uma grande massa de pessoas
D) implantou uma república parlamentar, possibilitou a emergência de uma aristocracia colonial e reprimiu o movimento de contestação de "niveladores" e "escavadores"


11. No contexto do processo revolucionário inglês do século XVII, o governo de Oliver Cromwell;

A) representou a reafirmação do ideário absolutista ao defender os privilégios do clero anglicano
B) rompeu com suas bases nobiliárquicas ao permitir a participação popular no Parlamento
C) ampliou as bases da monarquia inglesa ao liberar a participação de colonos americanos nas discussões parlamentares
D) significou a defesa e a consecução de objetivos da burguesia e da gentry , ampliando sua participação na política do Estado


GABARITO

1 - C
2 - D
3 - D
4 - B
5 - B
6 - A
7 - C
8 - C
9 - ANULADA
10 - C
11 - D

  1. LISTA;
  2. LISTA;
  3. LISTA;

BONS ESTUDOS!!

sábado, 18 de março de 2017

8º A e B - CORREÇÃO CAPÍTULO 3

AQUECENDO

1- O assunto discorre sobre as pessoas e condições mais variadas que vão em busca de enriquecer na região mineira.

2 - Homens e mulheres, moços e velhos, pobres e ricos, nobres e plebeus, seculares e clérigos, e religiosos de diversas institutos....

3 - Além da exportação de ouro, comerciantes de produtos, mercadorias de primeira necessidades até artigos de luxo.


PENSANDO NISSO

(PESSOAL) SUGESTÃO PROF. MOACIR:
1 - Não, pois a sociedade açucareira tinha uma divisão simples e distinta, senhores de engenho X escravos. Já a sociedade do ouro possuía vários níveis de classe sociais, ou seja, do mais rico, ao mais miserável, existiam diversas classes intermediárias.


CONECTANDO

1 - Principalmente através do aumento de renda e crédito, o que estimulou o consumo, além da mudança de critérios para se integrar as novas classes médias.

2 - São caracterizadas por pessoas que tem acesso aos bens de consumo (TV, DVD, TV por assinatura, eletrodomésticos, e eletroeletrônicos em geral.

3 - As semelhanças se limitam a questão do acesso aos bens de consumo, divisão social, e a mobilidade social que esse mesmo acesso ao consumo possibilitou. A diferença que permaneceu em um período, o colonial foi a escravidão. ou seja, a liberdade só poderia ser conquistada através da compra da alforria, coisa que na atualidade não há mais necessidade (ou há?)


ATIVIDADES

1 - E

2 - B

3 - A comparação estabelece nas regras de exploração tanto do açúcar, quanto do ouro, pois estavam submetidos ao Pacto Colonial, monopólio da coroa e a mão-de-obra escrava.

4 - Semelhanças: mão-de-obra escrava e regime econômico mercantilista (Pacto Colonial);
Diferenças: classes sociais intermediárias complexas (soc. mineira), classes distintas simples (soc. açúcar).

5 - O declínio da economia açucareira no nordeste devido a concorrência holandesa nas Antilhas, levou a colônia portuguesa a um duro aprendizado, a partir de então, a coroa portuguesa centra esforços na fiscalização do ouro das Minas Gerais, afim de sair da crise econômica causada pelo declínio do açúcar.

6 - O aumento do comércio entre as capitanias, principalmente víveres por conta do grande crescimento populacional, o que da origem ao mercado interno.


CORRIJAM E TREINEM!!

segunda-feira, 13 de março de 2017

8º A e B - O ouro das Minas Gerais - 1ª Bimestre (atualizado 2017)

VÍDEO INTRODUTÓRIO

Bom, o professor é objetivo e didático!



No final do século XVII o Brasil se encontrava com uma queda no número de exportações do açúcar, devido ao fato dos holandeses terem iniciado a produção do produto nas colônias da América Central, abrindo uma ampla concorrência contra o Brasil. Agora era necessário buscar por novas riquezas na colônia, a fim de obter lucro e enviar para a Coroa Portuguesa, e por um acaso do destino, neste momento de tanta necessidade de se descobrir algo realmente novo e valioso, foram encontradas as primeiras minas de ouro no Brasil, nas regiões de Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso, o que daria início ao chamadoCiclo do ouro.

Visando controlar todo o lucro, a capital da colônia que até então era em Salvador mudou-se para o Rio de janeiro, como uma forma de estar mais próxima das regiões exploradas e poder controlar melhor a atividades que viria a ser a mais lucrativa do período colonial.



Os impostos cobrados pelo ouro

Vendo que o negócio prosperava, a Coroa Portuguesa logo deu um jeito de conseguir captar o máximo de lucro possível, criando inicialmente as Casas de Fundição, que iriam de certa forma recolher boa parte dos impostos em cima do ouro. Essas taxas eram altíssimas, e deixavam os mineiros completamente inconformados, vendo seu lucro indo parar nas mãos de quem nada fez para consegui-lo. O outro não poderia ser negociado em pó nem em pepita. Eles deveriam ser levados às casas de fundição e lá seriam transformados em barra e receberiam um selo que dariam legitimidade para ser negociado.

Os principais impostos cobrados eram:
Quinto – 20% de toda a produção do ouro pertenceriam ao rei português;
Derrama – a colônia deveria arrecadar uma quota de aproximadamente 1.500 kg de ouro por ano, e caso essa quota não fosse atingida, penhoravam-se os bens de mineradores;
Capitação – imposto pago por cabeça, ou seja, para cada escravo que trabalhava nas minas era cobrado imposto sobre eles.

O Ciclo do ouro trouxe também muita prosperidade para as cidades mineiras que viviam, sobretudo da prática da mineração, enriquecendo muitas famílias que enviaram seus filhos para estudar na Europa. Essa ida desses jovens fez com que o seu retorno trouxesse junto consigo as ideias iluministas e a estética árcade, que difundiria o Arcadismo em Vila Rica, atual Ouro Preto.

Um pouquinho da atualidade!

As revoltas provenientes da exploração portuguesa

Porém, independente de estar gerando algum tipo de riqueza para a região, os altos impostos, as taxas, as punições e os abusos de poder político exercido pelos portugueses sobre o povo que vivia na região já começava a gerar conflitos que culminariam em diversas revoltas pelo fim da exploração que lhes era imposta.

Uma das primeiras revoltas marcantes da história do ciclo do ouro foi a Revolta de Felipe Santos, que não concordava com as Casas de Fundição. Essa é tida como uma das revoltas que viria a dar incentivo para que futuramente pudesse acontecer a Inconfidência Mineira, que foi liderada por Joaquim José da Silva Xavier, conhecido como Tiradentes, no ano de 1789, com a intenção de fazer com que os inconfidentes conseguissem tornar o Brasil livre de Portugal. Mesmo tendo sido sufocada, a Inconfidência Mineira tornou-se um símbolo de resistência para todo o povo brasileiro.

O período do ciclo do ouro durou até aproximadamente o ano de 1785, quando aconteceu na Inglaterra a Revolução Industrial.



O que aconteceu em Mariana é uma catástrofe para as vítimas, para a região, para o país e para o mundo. É uma tragédia e ponto


O rompimento das barragens de rejeitos de mineração da Samarco, em Mariana (MG), é mais um entre muitos exemplos do desleixo e da falta de responsabilidade que congrega e une todos os setores direta e indiretamente envolvidos com a fiscalização e o licenciamento ambiental no Brasil.

A destruição ainda está longe de conseguir ser devidamente contabilizada, pois o movimento da onda de rejeitos continua a se espalhar, sepultando em seu caminho rios, plantas, animais, cidades e pessoas. As próprias autoridades já decretaram a morte de Bento Rodrigues, pois o distrito de Mariana não deverá ser uma localidade habitável tão cedo. Faltam ainda também descobrir os danos que serão causados na passagem dessa lama pelo estado do Espírito Santo. Lei na integra o texto AQUI.



Resultado da exploração sem freio!!


TRENANDO

  1. Mestre da História;
  2. Mundo Educação;
  3. Lista Ursula;


1) O deslocamento do eixo econômico do Brasil-Colônia do Nordeste para o Centro-Sul no século XVIII deveu-se:
a) ao açúcar
b) à mineração;
c) à pecuária;
d) ao pau-brasil;
e) ao café.

2) (Cesgranrio-RJ) Assinale a opção que caracteriza a economia colonial estruturada como desdobramento da expansão mercantil européia da épaca moderna.
a) A descoberta de ouro no final do século XVII aumentou a renda colonial, favorecendo o rompimento dos monopólios que regulavam a relação com a metrópole.
b) O caráter exportador da economia colonial foi lentamente alterado pelo crescimento dos setores de subsistência, que disputavam as terras e os escravos disponíveis para a produção.
c) A lavoura de produtos tropicais e as atividades extrativas foram organizadas para atender aos interesses da política mercantilista européia.
d) A implantação da empresa agrícola representou o aproveitamento, na América, da experiência anterior dos portugueses nas suas colônias orientais.
e) A produção de abastecimento e o comércio interno foram os principais mecanismos de acumulação da economia colonial.

3) (Fuvest-SP) Podemos afirmar sobre o período da mineração no Brasil que
a) atraídos pelo ouro, vieram para o Brasil aventureiros de toda espécie, que inviabilizaram a mineração.
b) a exploração das minas de ouro só trouxe benefícios para Portugal.
c) a mineração deu origem a uma classe média urbana que teve papel decisivo na independência do Brasil.
d) o ouro beneficiou apenas a Inglaterra, que financiou sua exploração.
e) a mineração contribuiu para interligar as várias regiões do Brasil e foi fator de diferenciação da sociedade.

4) (UFCE) Leia o trecho abaixo.
"Na mineração, como de resto em qualquer atividade primordial da colônia, a força de trabalho era basicamente escrava, havendo entretanto os interstícios ocupados pelo trabalho livre ou semilivre." (Souza, Laura de M. Desclassificados do Ouro: pobreza mineira no século XVIII. 3 ed. Rio de Janeiro: Graal, 1990, p.68)

Com base neste trecho sobre o trabalho livre praticado nas áreas mineradoras do Brasil Colônia, é correto afirmar que:
a) devido à abundância de escravos no período do apogeu da mineração, os homens livres conseguiam viver exclusivamente do comércio de ouro.
b) em função da riqueza geral proporcionada pelo ouro, os homens livres dedicavam-se à agricultura comercial, vivendo com relativo conforto nas fazendas.
c) perseguidos pela Igreja e pela Coroa, os homens livres procuravam sobreviver às custas da mendicância e da caridade pública.
d) sem condições de competir com as grandes empresas mineradoras, os homens livres dedicavam-se à "faiscagem" e à agricultura de subsistência.
e) em função de sua educação, os homens livres conseguiam trabalho especializado nas grandes empresas mineradoras, obtendo confortáveis condições de vida.


5) (Mackenzie-SP) Duas atividades econômicas destacaram-se durante o período colonial brasileiro: a açucareira e a mineração. Com relação a essas atividades econômicas, é correto afirmar que:
a) na atividade açucareira, prevaleciam o latifúndio e a ruralização, a mineração favorecia a urbanização e a expansão do mercado interno.
b) o trabalho escravo era predominante na atividade açucareira e o assalariado na mineradora.
c) o ouro do Brasil foi para a Holanda e os lucros do açúcar serviram para a acumulação de capitais ingleses.
d) geraram movimentos nativistas como a Guerra dos Emboabas e a Revolução Farroupilha.
e) favoreceram o abastecimento de gêneros de primeira necessidade para os colonos e o desenvolvimento de uma economia independente da metrópole.

6) (Fuvest-SP) Na segunda metade do século XVII, Portugal encontrava-se em grave crise econômica.
a) Explique o motivo dessa crise.
b) De que forma o Brasil contribui para solucioná-la?

7) No final do século XVII todas as minas de ouro no Brasil pertenciam a Portugal, o trabalho, entretanto, era realizado pelos:
a) Emboabas
b) Escravos Negros 
c) Índios
d) Espanhóis 
e) Paulistas 

8) O principal órgão do esquema administrativo português criado em 1702 era:
a) Confidência Mineira
b) Ouro do Aluvião
c) Tratado de Methuen
d) Administração luso-brasileira
e) Intendência das minas 

9) (UFES) A expansão do ouro aparentemente simples atraiu milhares de pessoas para a América Portuguesa cuja população estimada passou de 300 000 habitantes em 1690 para 2 500 000 em 1780. Metade desse aumento demográfico ocorreu na região mineradora. Considerando essas afirmações pode-se afirmar que:
a) O denominado “ciclo do ouro” possibilitou uma espécie de atração centrípeta para o mercado interno desenvolvido pela mineração e assim contribuiu como fator de integração regional na América Portuguesa.
b) A população atraída para a mineração também desenvolveu intensa atividade agrária de subsistência, propiciando reconhecida auto-suficiência que inibiu qualquer tipo de polarização.
c) O Regimento dos Superintendentes / Guardas-Mores e Oficiais Deputados para as Minas que em 1702 instituiu a Intendência das Minas mantinha rigorosa disciplina militar e constante vigilância na Estrada Real, impedindo o ingresso de emboabas e mascates nas regiões de ouro e diamantes.
d) O denominado “ciclo do ouro” ocasionou uma espécie de atração centrífuga, pois as riquezas auríferas de Goiás e da Bahia contribuíram para financiar simultaneamente o denominado renascimento agrícola no Nordeste do Brasil no final do século XVII.
e) A integração regional da América Portuguesa consolidou-se durante a União Ibérica (1580-1640) quando foi removida a linha de Tordesilhas, possibilitando a convergência das regiões de pecuária para o grande entreposto comercial que consagrou a região de Minas Gerais.

10) (UFES) O Barroco foi uma das maiores manifestações artísticas e culturais ocorridas no Brasil Colônia, durante o período da exploração aurífera. É correto afirmar que, nesse período:
a) a cidade de Mariana, sede do governo português, representou o maior conjunto arquitetônico barroco nacional;
b) o Barroco, no Brasil, não apresentou características nacionais, limitando-se a uma simples cópia do Barroco europeu;
c) a cidade de Ouro Preto, centro político e econômico da região aurífera, não foi beneficiada arquitetonicamente pelo estilo barroco;
d) a grande riqueza propiciada pelo ouro permitiu que artistas se dedicassem à construção e criação de obras que expressavam os sentimentos nacionais;
e) a Capitania de São Paulo, apesar de não ter participado do processo de exploração aurífera, foi o principal centro de expressão do Barroco no país.

11) (UFU/MG) O século XVIII, no Brasil, é marcado pela atividade mineradora na região das Minas Gerais.
A análise da formação social das Minas nos leva a afirmar que, EXCETO: 
a) na região das Minas Gerais a riqueza se distribui de forma harmoniosa, criando uma sociedade mais igualitária, sem grandes desníveis sociais;
b) com o desenvolvimento da atividade extrativa, cresce a camada de homens livres e pobres, vivendo de ocupações incertas e, muitas vezes, no crime e na violência;
c) as Minas do século XVIII foram uma capitania pobre, se considerarmos o pequeno número de senhores de lavras opulentos e a extensão da pobreza;
d) os vadios e desocupados, destituídos de trabalho, constituíam motivo de preocupação para os governadores, principalmente quando o ouro começou a escassear;
e) os escravos constituíam a força de trabalho das Minas, extraindo ouro dos córregos ou do seio da terra, em condições de exploração e miséria.

12) (UFG/GO) Além de Minas Gerais, foram explorados ouro e diamantes: 
a) no Maranhão;
b) em Goiás;
c) em Mato Grosso;
d) as respostas (b) e (c) combinadas;
e) todas as respostas combinadas.

13) (UFPR) Sobre a mineração no Brasil colonial, assinale a alternativa incorreta:
a) Coube principalmente aos habitantes do planalto paulista e moradores da Vila de São Paulo a descoberta dos veios auríferos existentes na região das Minas Gerais em fins do século XVII.
b) A Coroa portuguesa tentou proibir a comunicação e o transporte tanto de gado como de escravos pelos caminhos do sertão para a região das Minas. Procurava, assim, impedir o comércio entre as capitanias do Nordeste – sobretudo Bahia e Pernambuco – e a região mineradora.
c) O instrumento fundamental da política de administração da região das Minas foi a criação de vilas: Vila do Ribeirão do Carmo, Vila Rica do Ouro Preto, Vila de Nossa Senhora da Conceição do Sabará, Vila de São João Del Rei e Vila Nova da Rainha de Caeté, entre outras.
d) A mineração propiciou a artesãos e artistas um amplo mercado de trabalho. Ourives, douradores, entalhadores e escultores eram procurados para embelezar os exteriores e interiores de igrejas mineiras. Ao mesmo tempo, compositores, cantores e instrumentistas eram requisitados para os trabalhos religiosos das irmandades.
e) Uma vez que a autoridade da Coroa logo se impôs no território das Minas, não houve conflitos ou confrontos armados na região, na qual imperou até o fim do ciclo da mineração a paz entre os exploradores dos veios auríferos.

14) (UNESP/SP) Se bem que a base da economia mineira também seja o trabalho escravo, por sua organização geral ela se diferencia amplamente da economia açucareira. (Celso Furtado, Formação econômica do Brasil) A referida diferenciação se expressa:
a) na relação com a terra que, por ser abundante no Nordeste, não se constituía fator de diferenciação social;
b) na imposição de controle rígido das exportações de açúcar, medida não tomada em relação ao ouro;
c) na pequena lucratividade da economia açucareira e na rapidez com que os senhores de engenho se desinteressaram pela mesma;
d) no isolamento da região mineradora, que não mantinha relações comerciais com o resto da Colônia, tal como ocorria no Nordeste;
e) na existência de possibilidades de ascensão social na região das minas, uma vez que o investimento inicial não era, necessariamente, elevado.


15) (UEG) A sede insaciável do ouro estimulou tantos a deixarem suas terras, a meterem-se por caminhos tão ásperos, como são os das minas, que di. cilmente se poderá saber do número de pessoas que, atualmente, lá estão. Mais de 30 mil homens se ocupam, uns em catar, outros em mandar catar o ouro nos ribeiros.
ANTONIL, André João. Cultura e opulência do Brasil, 1711. Belo Horizonte; São Paulo: Itatiaia; Edusp, 1982. p. 167. O padre André João Antonil foi um dos mais argutos observadores do mundo colonial. Seu olhar percebia, em detalhes, o processo de produção de riquezas tanto no engenho quanto na atividade mineradora. O ouro transformou em profundidade a vida na colônia, pois:
a) rompeu com a mediação da metrópole portuguesa no comércio com o continente europeu. A acumulação de metais permitiu aos colonos entabularem negociações diretas com os ingleses para a compra de escravos africanos;
b) deslocou para as minas um enorme contingente de homens livres pobres e indígenas, os quais substituíram os negros na busca do metal precioso, constituindo uma sociedade marcada por intensa mobilidade social;
c) causou intenso movimento populacional, cujo impacto fez-se sentir tanto no interior da colônia quanto na metrópole, obrigando o rei português a adotar medidas para conter o fluxo migratório para o Brasil;
d) definiu uma clara política, adotada pela Coroa portuguesa, de incentivos a novas descobertas, permitindo aos colonos a livre posse das terras (datas) destinadas à mineração, minimizando assim os conflitos decor-rentes da cobrança de impostos;
e) desestimulou o desenvolvimento da atividade agropastoril nas regiões interioranas, na medida em que a mão-de-obra e os capitais estavam voltados, fundamentalmente, para a extração do minério.

16) (ULBRA/RS) Relacione as colunas levando em consideração informações sobre o Brasil Colônia.
1. Exploração do Pau-brasil
2. Exploração do Açúcar
3. Extração do Ouro
( ) ação litorânea envolvendo a mão-de-obra indígena
( ) aguçou o interesse holandês no Brasil, propiciando a invasão batava no Nordeste
( ) produção vinculada à existência de latifúndios
( ) deslocou o eixo de atenção do Nordeste para o Sudeste e estimulou atividades econômicas em outras regiões do país
( ) a organização visava à monocultura para exportação
Assinale a seqüência correta da 2.a coluna:
a) 1 . 3 . 2 . 2 . 3
b) 2 . 2 . 3 . 3 . 1
c) 1 . 2 . 2 . 3 . 2
d) 2 . 1 . 2 . 3 . 2
e) 3 . 3 . 1 . 2 . 2


Gabarito: 

1) B 

2) C 

3) E 

4) D 

5) A 

6) a) Nesse período, os portugueses acabam de sair da União Ibérica (1580 - 1640), período da história política do país em que Portugal havia perdido parte de suas colônias na África e havia gastado recursos no conflito que devolveu o trono do país aos portugueses. Além disso, a produção açucareira no Brasil vivia uma séria crise originada pela concorrência imposta pelo açúcar produzido pelos holandeses na região das Antilhas.
b) Para superar esse momento de crise, os portugueses ampliaram os mecanismos de fiscalização na colônia e determinaram a criação de novos impostos que pudessem ampliar a arrecadação da Coroa em terras brasileiras. Nesse mesmo tempo, várias expedições oficiais foram realizadas com o objetivo de se encontrar metais e pedras preciosas no interior do território. De fato, nos fins do século XVII, essas ações oficiais somadas à ação dos bandeirantes promoveram a descoberta de metais e pedras preciosas pelo interior do país.

7) B 

8) E 

9) A 

10) D 

11) A 

12) D 

13) E 

14) E 

15) C 

16) C

Mais exercícios

1- (FUVEST 2007) As interpretações históricas sobre o papel dos Bandeirantes nos séculos XVII e XVIII apresentam, de um lado, a visão desses paulistas como heróis e, de outro, como vilões. A partir dessa afirmação, discorra sobre:
a) os bandeirantes como heróis, ligando-os à questão das fronteiras.
b) os bandeirantes como vilões, ligando-os à questão dos índios. 

Resposta:
a) Os bandeirantes realizavam expedições pelo interior da colônia, ignorando as limitações do Tratado de Tordesilhas, contribuindo decisivamente para a conquista e expansão do território brasileiro na direção Sul e Centro Oeste;
b) Com relação aos índios os bandeirantes realizaram muitas expedições de apresamento, onde tinham o objetivo de capturar índios para escravização, e nestas expedições mataram milhares de índios, além de destruir as missões jesuíticas. Mais tarde, no chamado bandeirismo de contrato voltaram-se contra os quilombos no Nordeste, exterminando também muitas tribos indígenas.

2- (UNICAMP 2007) O aprisionamento de indígenas pelos bandeirantes foi uma forma de obter mão-de-obra para a lavoura e para o transporte. No litoral, o preço dos indigenas era bem menor que o dos escravos negros - o que interessava aos colonos menos abonados. O sistema de apresamento consistia em manter boas relações com uma tribo indígena e aproveitar seu estado de guerra quase permanente com seus adversários, para convencê-Ia a Ihes ceder os vencidos, os quais costumeiramente eram devorados em rituais antropofágicos. (Adaptado de Laima Mesgravis. "De bandeirante a fazendeiro". In: Paula Porta (org.), História da cidade de São Paulo: a cidade colonial, 1554-1822. São Paulo: Paz e Terra, 2004. Vol. 1. p. 117.)
a) O que foram as bandeiras?
b) Por que o aprisionamento dos indígenas interessava aos bandeirantes e aos colonos?
c) O que eram rituais antropofágicos?

Resposta:
a) Bandeiras foram expedições realizadas por paulistas, nos séculos XVII e XVIII com a finalidade de explorar o interior do Brasil visando a busca de metais preciosos, o apresamento de indígenas e as realizadas no Nordeste a destruição de quilombos e de tribos indígenas.
b) Para os bandeirantes aprisionar indígenas era uma fonte de renda e para os colonos como o texto assinala interessava por que o preço dos indígenas era inferior ao dos escravos negros.
c) Rituais antropofágicos eram cerimônias onde os indígenas matavam seus inimigos e depois os devoravam.

3- (FGV ECONOMIA 2007) "(...) a terra que dá ouro esterilíssima de te tudo o que se há mister para a vida humana (...). Porém, tanto que se viu a abundância de ouro que se tirava e a largueza com que se pagava tudo o que lá ia, (...) e logo começaram os mercadores a mandar às minas o melhor que chega nos navios do Reino e de outras partes, assim de mantimentos, como de regalo e de pomposo para se vestirem, além de mil bugiaria de França (...) E, a este respeito, de todas as partes do Brasil se começou a enviar tudo o que a terra dá, com lucro não somente grande, mas excessivo. (...) E estes preços, tão altos e tão correntes nas minas, foram causa de subirem tanto os preços de todas as coisas, como se experimenta nos portos das cidades e vilas do Brasil, e de ficarem desfornecidos muitos engenhos de açúcar das peças necessárias e de padecerem os moradores grande carestia de mantimentos, por se levarem quase todos aonde hão de dar maior lucro." (Antonil. Cultura e Opulência do Brasil, 1711.)
No texto, o autor refere-se a uma das conseqüências da descoberta e exploração de ouro no Brasil colonial. Trata-se
a) do desenvolvimento de manufaturas para abastecer o mercado interno.
b) da inflação devido à grande quantidade de metais e procura por mercadorias. 

c) do incremento da produção de alimentos e tecidos finos na área das minas.
d) da redução da oferta de produtos locais e importados na região mineradora.
e) do desabastecimento das minas devido à maior importância das vilas litorâneas.

4- (UNESP 2007) E, não havendo nas minas outra moeda mais que ouro em pó, o menos que se pedia e dava por qualquer coisa eram oitavas [cerca de 3 gramas e meia]. [Porei] aqui um rol [...] dos preços das coisas que [...] lá se vendiam no ano 1703 [...] Por um boi, cem oitavas. Por uma mão de sessenta espigas de milho, trinta oitavas. Por uma alqueire de farinha de mandioca , quarenta oitavas. Por um queijo do Alentejo, três a quatro oitavas. Por uma cara de açúcar [açúcar em forma de disco] de uma arroba, 32 oitavas. Por um barrilote de vinho, carga de um escravo, cem oitavas...(André João Antonil. Cultura e opulência do Brasil por suas drogas e minas, 1711.)
As informações apresentadas pelo cronista do século XVIII demonstram que o regime alimentar da população da região das Minas Gerais era
a)controlado pela legislação da Metrópole, que reservava o mercado consumidor das minas para as mercadorias européias.
b) submetido a uma situação de carestia dos gêneros alimentícios, fato que inviabilizou a continuidade da exploração aurífera na região.
c) composto por gêneros nativos da América, produtos transplantados pelos colonizadores para o solo americano e mercadorias importadas. 

d) precário e insuficiente para o conjunto da população, formada por funcionários lusitanos, garimpeiros e escravos.
e) dependente de gêneros extraídos da natureza local, aplicando-se para isso conhecimentos adquiridos com os índios.

5- (PUC SP 2006) A extração de ouro na região das Minas, no século XVIII, produziu várias rotas de circulação e de comércio. Entre elas podemos destacar a ligação por terra das Minas com
a) o Norte, que permitia a chegada de trabalhadores indígenas da Amazônia e de especiarias.
b) a Europa, que facilitava o escoamento do ouro e a entrada de matérias-primas e alimentos.
c) o Rio de Janeiro, que permitia acesso mais rápido e fácil dos minérios aos portos. 

d) a Bolívia, que articulava a produção de ouro para Portugal à extração da prata boliviana para a Espanha.
e) o Sul, que abastecia a região mineradora de produtos industrializados, de gado e de açúcar.

6- (FUVEST 2006) A beleza das igrejas de Ouro Preto, .... é notável. Como tantas outras igrejas mineiras da mesma época ( século XVIII) , ela é fruto de um contexto histórico particular.
a) Quais os fatores econômicos que estão por trás da construção dessas igrejas?
b) Comente seu estilo artístico.
Resposta:
a) As igrejas são manifestação da riqueza do período da mineração onde houve o deslocamento do eixo econômico do Nordeste para o Centro-Sul, interiorização da atividade econômica, maior diversificação e crescimento do mercado interno.
b) Trata-se do chamado "Barroco Mineiro", caracterizado pela simplicidade externa das construções, enquanto os interiores destacavam-se pela riqueza de detalhes e suntuosidade, inclusive com o uso de imagens folheadas a ouro. O barroco foi mais intenso na arte sacra, refletindo a forte presença da Igreja na época.