quarta-feira, 16 de março de 2016

9º A e B - Revolução de 30 no Brasil - 1ª Bimestre (2016)

REVOLUÇÃO DE 30 NO BRASIL

No fim da década de 1920, os setores que contestava mas instituições da República Velha não tinham possibilidade de êxito:os tenentes, após vários insucessos, estavam marginalizados ou no exílio; as classes médias urbanas não tinham autonomia para se organizar. Todavia, uma oportunidade abrir-se-ia para esses setores:uma nova divergência entre as oligarquias regionais e o golpe sofrido pelo setor cafeeiro com a crise mundial de 1929.



Getúlio Vargas e sua comitiva em ItararéSão Paulo

Os antecedentes da Revolução de 30


Dos diversos acontecimentos que marcaram o ano de 1922, o mais famoso ocorreu no Rio de Janeiro, tendo o dia 5 de julho como o ápice do movimento conhecido como "Os 18 do Forte".



Havia no interior do exército forte disposição contra a posse do presidente eleito Artur Bernardes, representante das elites tradicionais, criticado pelos militares. Dois episódios haviam agravado as tensões mesmo antes da eleição: a prisão do Marechal Hermes da Fonseca, então Presidente do Clube Militar, e as "cartas falsas" que teriam sido escritas pelo candidato à presidência Artur Bernardes e endereçadas ao político mineiro e Ministro da Marinha, Dr. Raul Soares - publicadas na imprensa, criticando os militares.

O Forte de Copacabana se revolta no dia 2 de julho. Era comandante do Forte o Capitão Euclides Hermes da Fonseca, filho do Marechal.

O movimento, que deveria se estender para outras unidades militares, acabou se restringindo ao Forte de Copacabana. Apesar das críticas realizadas, a alta oficialidade manteve-se fiel a "ordem" e não aderiu ao movimento, que acabou abortado nas outras guarnições.



Durante toda manhã do dia 5 o Forte de Copacabana sustentou fogo cerrado. Diversas casas foram atingidas na trajetória dos tiros até os alvos distantes, matando dezenas de pessoas. Eram 301 revolucionários - oficiais e civis voluntários - enfrentando as forças legalistas, representadas pelos batalhões do I Exército. A certa altura dos acontecimentos, Euclides Hermes e Siqueira Campos sugeriram que os que quisessem, abandonassem o forte: restaram 29 combatentes. Por estarem acuados, o Capitão Euclides Hermes saiu da fortaleza para negociar e acabou preso. Os 28 que permaneceram, decidiram então "resistir até a morte", A Bandeira do Forte é arriada e rasgada em 28 pedaços, partindo depois em marcha pela Avenida Atlântica rumo ao Leme. Durante os tiroteios, dez deles dispersaram pelo meio do caminho e os tais 18 passaram a integrar o pelotão suicida. Após a morte de um cabo, ainda no asfalto com uma bala nas costas, os demais saltaram para a praia, onde aconteceram os últimos choques. A despeito dos que tombaram mortos na areia, os remanescentes continuaram seguindo em frente. Os únicos sobreviventes foram Siqueira Campos e Eduardo Gomes, embora tivessem ficado bastante feridos.

Revolução de 1924, tal revolução ocorreu em São Paulo e foi um conflito armado entre o Governo Federal, representado na figura do Presidente Arthur Bernardes, e parte das Forças Armadas. O movimento revoltoso foi classificado por seus oponentes como mashorca¹, conspiração, subversão, sedição, conluio, motim e revolta. Essa visão foi preservada por muitos que escreveram posteriormente sobre os acontecimentos de 1924. A Revolução foi definida como uma revolta contra a Pátria, sem fundamento, encabeçada por membros “desordeiros” do Exército Brasileiro. Já a população paulista foi apresentada como vítima ou agente imparcial diante dos eventos, o que de fato não ocorreu.



Sabemos que a escrita da história é repleta de intencionalidades e que as percepções acerca do passado são múltiplas. Porém, nas disputas pela memória, existem tensões entre diversos grupos sociais, e alguns tentam fazer valer uma versão unilateral dos acontecimentos, que acaba se convertendo em versão oficial. Talvez essa seja a grande riqueza ao analisar o passado sob a perspectiva de nosso presente: perceber a construção e desconstrução de memórias e romper com o silêncio imposto àqueles que são chamados frequentemente de “vencidos”. A Revolução de 1924 é um desses eventos esquecidos, que são deixados em um quarto escuro até que alguns resolvam acender a luz e esmiuçá-lo. Acenda AQUI.

A Comuna de Manaus foi um movimento tenentista ocorrido no Amazonas no ano de 1924. O Tenentismo já havia ocorrido em São Paulo, no Rio de Janeiro, no Pará, entre outros locais. Deflagrada a 23 de julho de 1924, a rebelião dos militares de Manaus situa-se dentro de um quadro geral dos movimentos liderados por militares tenentes que naquele momento formularam críticas ao poder estabelecido, atingindo-o na esfera jurídico-política. Militares que procuraram demonstrar o abuso do poder, por parte dos civis (dos oligarcas que estavam controlando o governo). No caso de Manaus, a oligarquia cujo domínio se contestava, reunia-se em torno do nome de César do Rego Monteiro. Leia mais AQUI.

A Coluna Prestes, grupos de militares paulistas liderados pelo general Isidoro Dias Lopes, Miguel Costa e também pelos tenentes Eduardo Gomes, Joaquim Távora e Juarez Távora fugiram de São Paulo devido aos bombardeios sofridos e se uniram, no estado do Paraná, às tropas gaúchas, que vieram da cidade de Alegrete, Rio Grande do Sul, onde o movimento teve início. Os gaúchos tinham como líderes: Siqueira Campos, João Alberto e Luis Carlos Prestes, que originou o nome do movimento.


A Coluna Prestes chegou a ter aproximadamente 1500 componentes, entre militares e simpatizantes do movimento, sendo seu núcleo fixo formado por cerca de 200 homens. As mulheres também fizeram parte da marcha, embora em número bem reduzido. Além das baixas ocorridas durante o percurso, a permanência no agrupamento não era constante, já que as difíceis condições enfrentadas pelos rebeldes, os perigos e as permanentes represálias sofridas faziam com que a maioria abandonasse a causa.

Esse grupo percorria as cidades, especialmente no interior, caminhando e entrando em contato com as pessoas, tentando esclarecê-las sobre seus objetivos e posicioná-las contra a forma de governo vigente. Alguns dos objetivos da coluna:
  • fim da exploração dos mais pobres pelos coronéis,
  • acabar com a falta de democracia;
  • acabar com as fraudes eleitorais;
  • implantar o voto secreto;
  • instituir o ensino fundamental a todos os brasileiros;
  • acabar com a miséria e a desigualdade no país, etc.

A tática de combate escolhida pela Coluna Prestes era a de burlar os ataques e confrontos com as tropas federais, por isso, acredita-se que as baixas ocorriam em maior número devido às doenças e não pelas batalhas. Sabendo não ter chances num confronto direto contra as tropas inimigas, o despistamento era usado pelo grupo, que espalhava boatos sobre um suposto local para onde estaria se dirigindo, quando, na verdade, estava bem distante desse lugar.

Interpretada como a revolução que pôs fim ao predomínio das oligarquias no cenário político brasileiro, a Revolução de 30 contou com uma série de fatores conjunturais que explicam esse dado histórico. O próprio uso do termo ‘revolução’ como definidor desse fato, pode, ainda, restringir outras questões vinculadas a esse importante acontecimento. Em um primeiro momento, podemos avaliar a influência de alguns fatores internos e externos que explicam o movimento.

No âmbito internacional, podemos destacar a ascensão de algumas práticas capitalistas e a própria crise do sistema capitalista. Cada vez mais, a modernização das economias nacionais, inclusive a brasileira, só era imaginada com a intervenção de um Estado preocupado em implementar um parque industrial autônomo e sustentador de sua própria economia. Em contrapartida, o capitalismo vivia um momento de crise provocado pelo colapso das especulações financeiras que, inclusive, provocaram o “crash” da Bolsa de Nova Iorque, em 1929.

Apático a esse conjunto de transformações, os governos oligárquicos preferiam manter a nação sob um regime econômico agroexportador. Dessa forma, a economia brasileira sofreu, principalmente nas primeiras décadas do século XX, graves oscilações em seu desempenho econômico. Em outras palavras, a economia brasileira só ia bem quando as grandes potências industriais tinham condições de consumir os produtos agrícolas brasileiros.

Defendendo essa política conservadora e arcaica, as elites oligárquicas acabaram pagando um alto preço ao refrear a modernização da economia brasileira. De um lado, as camadas populares sofriam, cada vez mais, o impacto de governos que não criavam efetivas políticas sociais e, ao mesmo tempo, não dava atenção aos setores sociais emergentes (militares, classes média e operária). Por outro, as próprias oligarquias não conseguiam manter uma posição política homogênea mediante uma economia incerta e oscilante.


Fatos que marcaram o processo da Revolução de 30

Nesse contexto, podemos compreender que a crise das oligarquias foi um passo crucial para a revolução. Com o impacto da crise de 1929, o então presidente paulista Washington Luís resolveu apoiar a candidatura de seu conterrâneo Júlio Prestes. Conhecida como “Política do Café Puro”, a candidatura de Júlio Prestes rompeu com o antigo arranjo da “Política do Café com Leite”, em que os latifundiários mineiros e paulistas se alternariam no mandato presidencial.

Insatisfeitos com tal medida, um grupo de oligarquias dissidentes – principalmente de Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraíba – criaram uma chapa eleitoral contra a candidatura de Júlio Prestes. Conhecida como Aliança Liberal, a chapa encabeçada pelo fazendeiro gaúcho Getúlio Dorneles Vargas prometia um conjunto de medidas reformistas. Entre outros pontos, os liberais defendiam a instituição do voto secreto, o estabelecimento de uma legislação trabalhista e o desenvolvimento da indústria nacional.


O desfecho da Revolução de 30

Sob um clima de desconfiança e tensão, o candidato Júlio Prestes foi considerado vencedor das eleições daquele ano. Mesmo com a derrota dos liberais, um possível golpe armado ainda era cogitado. Com o assassinato do liberal João Pessoa, em 26 de julho de 1930, o movimento oposicionista articulou a derrubada do governo oligárquico com o auxílio de setores militares.

Depois de controlar os focos de resistência nos estados, Getúlio Vargas e seus aliados chegam ao Rio de Janeiro, em novembro de 1930. Iniciando a chamada Era Vargas, Getúlio ficaria por quinze anos ininterruptos no poder (1930 – 1945) e, logo depois, seria eleito pelo voto popular voltando à presidência entre os anos de 1951 e 1954.

Mais informações AQUI.


RESUMINDO

O que foi:

Foi um movimento de revolta armado, ocorrido no Brasil em 1930, que tirou do poder, através de um Golpe de Estado, o presidente Washington Luiz. Com o apoio de chefes militares, Getúlio Vargas chegou à presidência da República.


Contexto Histórico:

Antes da Revolução de 1930, o Brasil era governado pelas oligarquias de Minas Gerais e São Paulo. Através de eleições fraudulentas, estas oligarquias se mantinham no poder e conseguiam alternar, na presidência da República, políticos que representavam seus interesses. Esta política, conhecida como “café-com-leite”, gerava descontentamento em setores militares (tenentes) que buscavam a moralização política do país.

Nas eleições de 1930, as oligarquias de Minas Gerais e São Paulo entraram em um sério conflito político. Era a vez de Minas Gerais indicar o candidato a presidência, porém os paulistas apresentaram a candidatura de Júlio Prestes (fluminense que fez carreira política em São Paulo). Descontentes, muitos políticos mineiros apoiaram o candidato de oposição da Aliança Liberal, o gaúcho Getúlio Vargas (governador do RS). 


Causas da Revolução:

- Nas eleições de 1930, venceu o candidato Júlio Prestes, apoiado pela elite de São Paulo. Com vários indícios de fraude eleitoral, Getúlio Vargas e os políticos do Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Paraíba ficaram muito insatisfeitos.

- Em julho do mesmo ano, o candidato a vice-presidente de Getúlio Vargas, o paraibano João Pessoa, foi assassinado. O fato gerou revolta popular em várias regiões do Brasil. Estes conflitos eram, principalmente, entre partidários da Aliança Liberal e defensores do governo federal.

- A Crise de 1929, também conhecida como “A Quebra da Bolsa de Valores de Nova Iorque” espalhou uma forte crise econômica pelos quatro cantos do mundo. Esta crise atingiu fortemente a economia brasileira, gerando desemprego e dificuldades financeiras para o povo brasileiro. Este fato contribuiu para o clima de insatisfação popular com o governo de Washington Luiz.

- O clima de conflitos e forte insatisfação popular em várias regiões do Brasil gerou preocupação em setores militares de alto comando, que enxergavam a possibilidade de uma guerra civil no Brasil.


O Golpe de 1930:

A situação do presidente Washington Luiz era crítica, porém o mesmo não pretendia renunciar ao poder. Então, chefes militares do Exército e Marinha depuseram o presidente, instalaram uma junta militar que, em seguida, transferiu o poder para Getúlio Vargas.


Conclusão

Com o Golpe de 1930 terminou o domínio das oligarquias no poder. Getúlio Vargas governou o Brasil de forma provisória entre 1930 e 1934 (governo provisório). Em 1934, foi eleito pela Assembleia Constituinte como presidente constitucional do Brasil, com mandato até 1937. Porém, através de um golpe com apoio de setores militares, permaneceu no poder até 1945, período conhecido como Estado Novo.

Filme sobre a Revolução de 30 no Brasil




Lista exercícios com gabarito:

  1.  AQUI;
  2.  AQUI;
  3.  AQUI;
  4.  AQUI.

1- MACKENZIE 2007
A criação do Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio, pelo decreto de 26 de novembro de 1930, indicava a intenção de Getúlio Vargas, já no início do Governo Provisório, de
a) combater o trabalho escravo nas zonas rurais, onde a inexistência de uma legislação trabalhista eficaz permitia constantes abusos de fazendeiros, em particular na exploração da mão-de-obra feminina e infantil.
b) manter, sem alterações significativas, a política dos governos anteriores em relação ao operariado, ou seja, a de mera repressão policial e de proibição da organização sindical.
c) criar uma política que regulamentasse tanto as atividades operárias quanto as patronais, e que, por conseguinte, permitisse reunir no Estado meios de controle sobre ambas as classes sociais. d) implantar um modelo de política trabalhista como o da União Soviética, cuja organização de trabalhadores se fazia inteiramente sob a égide do Estado.
e) reduzir ao mínimo a intervenção do Estado nas relações litigiosas entre empresários e trabalhadores, cabendo ao Ministério apenas oficializar os acordos resultantes da livre negociação.

2- FGV ECONOMIA 2007 Em muitos aspectos, a Era Vargas (1930-1945) implementou mudanças no país em relação à Primeira República (1889-1930), pois
a) promoveu as bases da industrialização, ao empreender uma política econômica intervencionista e protecionista, além de orientar sua política, externa na busca de recursos para implantar empresas nacionais. b) passou a tratar a questão social como caso de polícia, reprimindo as organizações da classe operária com o fechamento de jornais, associações e sindicatos, embora permitisse sua representação no Congresso.
c) estabeleceu um Estado federativo, conferindo aos estados bastante autonomia ao permitir que contraíssem empréstimos no exterior e estabelecessem impostos, sem necessidade de consulta ao governo federal.
d) desenvolveu uma nova política de valorização do café, por meio da compra e estocagem dos excedentes pelos governos estaduais e por constantes desvalorizações cambiais para favorecer os exportadores.
e) autorizou a pluralidade sindical, porém os sindicatos ficaram atrelados ao Ministério do Trabalho, graças ao imposto de seus associados, e reuniam patrões e empregados, à semelhança do corporativismo fascista.

3- FGV ADMINISTRAÇÃO 2007
 "O populismo brasileiro surge sob o comando de Vargas e os políticos a ele associados (.). No conjunto, entretanto, trata-se de uma política de massas específica de uma etapa das transformações econômicosociais e políticas no Brasil. Trata-se de um movimento político, antes do que um partido político. Corresponde a uma parte fundamental das manifestações verificadas nos setores industriais e, em menor escala, agrário. Além disto, está em relação dinâmica com a urbanização e os desenvolvimentos no setor terciário da economia brasileira. Mais ainda, o populismo está relacionado tanto ao consumo em massa, como com o aparecimento da cultura de massas. Em poucas palavras, o populismo brasileiro é a forma política assumida pela sociedade de massas no país."
IANNI, Octávio. O Colapso do Populismo no Brasil. 3. ed., Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1975, pp. 206-207.
É correto afirmar, a partir da leitura do fragmento acima, que:
a) Getúlio Vargas e os políticos a ele associados implantaram o populismo no Brasil com propostas nacionalistas e um discurso demagógico.
b) O populismo resulta predominantemente de uma prática personalista diante dos movimentos de massa urbanos.
c) O populismo é uma política que corresponde à ascensão dos movimentos de massa e às transformações geradas pela urbanização e o desenvolvimento do setor terciário. d) Por meio de uma política populista e protecionista, Vargas conseguiu resolver os problemas do setor industrial brasileiro.
e) O populismo é apenas uma linguagem, uma tática discursiva eleitoreira que corresponde ao aparecimento de uma cultura de massa.

4- UNIFESP 2007
O Secretariado do CSN (Conselho de Segurança Nacional), em 11.05.1939, admite a indústria estatal como solução para o problema em decorrência da imperiosa força maior e em caráter transitório. Com base no texto, pode-se afirmar que
a) o regime do Estado Novo decidiu-se pela construção da siderúrgica de Volta Redonda, por causa da pressão do Exército brasileiro, então sob controle de generais progressistas.
b) Getúlio Vargas aproveitou-se das circunstâncias favoráveis da época, como a iminência da guerra entre as potências capitalistas, para implantar no país a indústria de base. c) o Exército acabou por concordar com a criação de uma indústria estatal de base, em troca de sua permanência no poder e da garantia dada por Getúlio Vargas de que o Brasil não entraria em guerra.
d) o país estava seguindo uma tendência dominante naquele momento, estimulada pelos Estados
Unidos, visando criar infra-estrutura econômica para absorver seus produtos.
e) o projeto visando criar a primeira companhia estatal brasileira, no ramo da siderurgia, resultava tanto da
abundância do minério de ferro no país quanto da pressão da opinião pública nesse sentido.

5-UNESP JULHO DE 2006
Queremos um Estado integrador que, diferentemente do Estado anárquico atual, imponha sua peculiar autoridade sobre todas as classes, sejam sociais ou econômicas.
A era ruinosa da luta de classes está chegando ao fim...
(Manifesto do Bloco Nacional de Espanha, 1934.)
Os autores do manifesto defendem o surgimento de um modelo de Estado
a) fascista. b) liberal. c) anarquista. d) neoliberal. e) social-democrata.

6- FATEC JULHO 2006 Em alguns países latino-americanos surgiram, a partir de 1930, regimes populistas como os de Getúlio, no Brasil, Juan Domingo Perón, na Argentina, e Lázaro
Cárdenas, no México. Esses regimes caracterizavam-se por defender:
a) a redistribuição de renda entre as camadas mais pobres da população.
b) reformas sociais limitadas, para manter o apoio popular.
c) o aumento salarial para todos.
d) a ampliação do mercado interno.
e) a reforma agrária.

7- PUC SP 2006 "O próprio Bismarck parece não ter-se preocupado muito com o simbolismo, a não ser pela criação de uma bandeira tricolor, que unia a branca e preta prussiana com a nacionalista liberal preta, vermelha e dourada (...)."
(Eric Hobsbawn. A invenção das tradições. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1984, p. 281)
"Hitler escreve a propósito da bandeira: 'como nacional-socialistas, vemos na nossa bandeira o nosso programa. Vemos no vermelho a idéia social do movimento, no branco a idéia nacionalista, na suástica a nossa missão de luta pela vitória do homem ariano e, pela mesma luta, a vitória da idéia do trabalho criador que como sempre tem sido, sempre haverá de ser anti-semita'." (Wilhelm Reich. Psicologia de massas do fascismo. São Paulo: Martins Fontes, 1988, p. 94-5)
A composição das duas bandeiras a que os textos se referem presta-se, nos dois casos, a
a) representar o caráter socialista do Estado alemão moderno, daí a presença do vermelho nas duas bandeiras.
b) identificar o projeto político vitorioso e dominante com o conjunto da sociedade e com o Estado alemão. c) defender a paz conquistada após os períodos de guerra, daí a presença do branco nas duas bandeiras.
d) valorizar a diversidade de propostas políticas existentes, caracterizando a Alemanha como país democrático e plural.
e) demonstrar o caráter religioso e cristão do Estado alemão, daí a presença do preto nas duas bandeiras.

8- UNIFESP 2006  Para o historiador Arno J. Mayer, as duas guerras mundiais, a de 1914-1918 e a de 1939-1945, devem ser vistas como constituindo um único conflito, uma segunda Guerra dos Trinta Anos. Essa interpretação é possível pelo fato
a) de as duas guerras mundiais terem envolvido todos os países da Europa, além de suas colônias de ultramar.
b) de prevalecer antes da Segunda Guerra Mundial o equilíbrio europeu, tal como ocorrera antes de ter início a primeira Guerra dos Trinta Anos, em 1618.
c) de, apesar da paz do período entre guerras, a Segunda Guerra ter sido causada pelos dispositivos decorrentes da Paz de Versalhes de 1919. d) de terem ocorrido, entre as duas guerras mundiais, rebeliões e revoluções como na década de 1640.
e) de, em ambas as guerras mundiais, o conflito ter sido travado por motivos ideológicos, mais do que imperialistas.

9- MACKENZIE 2006 O totalitarismo, fenômeno histórico europeu, pode ser definido como um regime político organizado segundo a idéia de que o cidadão, bem como as instituições da sociedade, deve submeter-se totalmente à autoridade do Estado. O poder, ditatorial, é centralizado num partido único, organizado em torno de um líder autoritário.
São exemplos de totalitarismo
a) a França de Napoleão e a Alemanha de Bismarck.
b) a Alemanha de Hitler e a Itália de Mussolini.
c) os EUA de Roosevelt e a URSS de Stálin.
d) o Brasil de Vargas e a Argentina de Perón.
e) a Espanha de Franco e a Inglaterra de Churchill.

10- MACKENZIE JULHO 2005
A 26 de julho de 1930, João Pessoa foi assassinado em uma confeitaria do Recife por João Dantas, um de seus adversários políticos. Tal fato desencadeou a Revolução
de 1930, que tinha como antecedente importante
a) a vitória da Aliança Liberal nas eleições, contestada pela oposição, que alegava fraude no processo eleitoral.
b) a cisão entre as oligarquias paulista e mineira nas eleições de 1930, além da crise mundial de 1929, que atingiu duramente a cafeicultura paulista. c) o apoio de Luís Carlos Prestes à Revolução de 1930, seguindo os objetivos do Tenentismo.
d) a adesão de Júlio Prestes às oligarquias dissidentes do Rio Grande do Sul, Paraíba e Minas Gerais, que condenavam a postura de Washington Luís.
e) a forte oposição dos Tenentes ao movimento revolucionário de 1930, visto pelo grupo como oligárquico e sem propostas reformistas.

11- FGV 2005
O código eleitoral de 1932 significou um avanço importante em termos de exercício da democracia no Brasil. Entre as medidas nele consagradas estavam:
a) Direito de voto para maiores de 18 anos, direito de voto para os analfabetos, direito de voto para as mulheres.
b) Introdução do voto secreto, direito de voto para maiores de 18 anos, direito de voto para analfabetos.
c) Criação da justiça eleitoral, voto censitário, direito de voto para maiores de 18 anos.
d) Voto censitário, direito de voto para analfabetos, introdução do voto secreto.
e) Introdução do voto secreto, criação da justiça eleitoral, direito de voto para as mulheres. 
12- FATEC JULHO 2005
O Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP), criado em 1930 por Getúlio Vargas,
a) era um órgão que garantia a liberdade artística, jornalística e dos demais meios de comunicação do Brasil na era Vargas.
b) promovia manifestações cívicas, nas quais os sindicatos de esquerda tinham um papel importante de conscientização das massas.
c) estimulava a produção de filmes nacionais e concursos de música e defendia o direito de os sindicatos realizarem seus comícios e suas greves.
d) aproveitou-se do programa Hora do Brasil, que, além de transmitir notícias políticas e informações, servia como porta de entrada para as idéias liberais de Vargas.
e) era responsável por controlar os meios de comunicação e promover a propaganda do Estado Novo.

13- FGV 2005 
Eram características da doutrina defendida pela Ação Integralista Brasileira:
a) Defesa da ditadura do proletariado e combate à democracia.
b) Liberalismo econômico e autoritarismo político.
c) Liberdade de expressão e defesa da reforma agrária.
d) Concepção corporativista de sociedade e ideologia nacionalista.
e) Ateísmo e perspectiva totalitária.



ESTUDEM!!!!

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