Para entender um pouco a história do negro no mundo, e entender porque a discriminação e o racismo se perpetuam até hoje, imagina ter de indenizar os descendentes deste povo que construiu todas as riquezas do mundo. HUUUMM, que treta!!! Vamos estudar então!!
UM VÍDEO QUE MOSTRA MAIS DETALHES SOBRE A PRODUÇÃO DO AÇÚCAR
A HISTÓRIA
O início da efetiva ocupação territorial da colônia, a partir de 1530,
fez com que Portugal estabelecesse sua primeira empresa colonial em
terras brasileiras. Em conformidade com sua ação exploratória, Portugal
viu na produção do açúcar uma grande possibilidade de ganho comercial. A
ausência de metais preciosos e o anterior desenvolvimento de técnicas
de plantio nas Ilhas do Atlântico ofereciam condições propícias para a
adoção dessa atividade.
Mesmo possuindo tantas vantagens, o governo português ainda contou com o
auxílio da burguesia holandesa. Enquanto Portugal explorava
economicamente as terras com a criação das plantações e engenhos, os
holandeses emprestavam dinheiro e realizavam a distribuição do açúcar no
mercado europeu. Tal acordo foi de grande importância para a Coroa
Portuguesa, tendo em vista que a mesma não contava com recursos
suficientes para investir na atividade.
Para extrair lucro máximo na atividade açucareira, Portugal favoreceu a criação de plantations destinadas ao cultivo de açúcar. Essas plantations
consistiam em grandes expansões de terras (latifúndios) controladas por
um único proprietário (senhor de engenho). Esse modelo de economia
agrícola, orientado pelo interesse metropolitano, acabou impedindo a
ascensão de outras atividades para fora dos interesses da economia
portuguesa.
Além de restringir a economia, a exploração do açúcar impediu a
formação de outras classes sociais intermediárias que não se vinculassem
à produção agrícola e ao senhor de engenho. Na base desta pirâmide
social estariam os escravos africanos trazidos das possessões coloniais
portuguesas na África. Além de oferecerem mão de obra a um baixíssimo
custo, o tráfico de escravos africanos constituía outra rentável
atividade mercantil à Coroa Portuguesa.
O engenho, centro da produção de açúcar, baseava-se em um modo de
organização específica. A sede administrativa do engenho fixava-se na
casa-grande, local onde o senhor de engenho, sua família e demais
agregados moravam. A senzala era local destinado ao precário abrigo da
mão de obra escrava.
As terras eram em grande parte utilizadas na formação de plantations, tendo uma pequena parte destinada a uma restrita policultura de subsistência e à extração de madeiras.
As terras eram em grande parte utilizadas na formação de plantations, tendo uma pequena parte destinada a uma restrita policultura de subsistência e à extração de madeiras.
Separada do espaço do cultivo da cana, existiam outras instalações que
davam conta do processamento da cana-de-açúcar colhida. Na moenda, na
casa das caldeiras e na casa de purgar ocorria o beneficiamento de toda a
produção recolhida. Esse era um processo inicial para o transporte do
açúcar que, ao chegar à Europa, ainda sofreria outros processos de
refinamento.
Dessa forma, notamos que a fazenda açucareira representava bem mais que
um mero sistema de exploração das terras coloniais. Nesse mesmo espaço
rural percebemos a instituição de toda uma sociedade formada por hábitos
e costumes próprios. O engenho propiciou um sistema de relações sociais
específico, conforme podemos atestar na obra clássica “Casa Grande
& Senzala” de Gilberto Freyre. Na qualidade de um espaço dotado de
relações específicas, o engenho e o açúcar trouxeram consigo muitos
aspectos culturais da sociedade brasileira.
Por Rainer Sousa (Mestre em História)
E aí, será que a mudança no processo de produção de açúcar mudou muito de 1530 pra 2013?
Nenhum comentário:
Postar um comentário