1 - O abade critica a corte e o rei por serem parasitas da sociedade, enquanto o Terceiro Estado faz todo o serviço.
2 - O abade propõem que as classes privilegiadas sejam suprimidas e que o poder fique nas mãos do Terceiro Estado.
PENSANDO NISSO
3 - PESSOAL. Sugestão Prof. Moacir: As ideias foram colocadas em prática a partir do momento histórico que culminou com a insatisfação popular, porém, se não fosse o protagonismo da burguesia em enfraquecer o poder do rei e nobreza a revolução inicial não se efetivasse.
CONECTANDO
1 - Para o autor, Jesus e os discípulos são de esquerda, enquanto Pôncio Pilatos é de direita.
2 - o autor é de esquerda, pois tenta associá-la a Jesus Cristo e a noção de justiça, enquanto associa a direita aos assassinos de Jesus.
3 - Provavelmente não. Tentaria associar a direita à noção de justiça e a esquerda à noção de injustiça.
ATIVIDADE
1 - B
2 - a) A figura apresenta o Terceiro Estado carregando o clero e a nobreza nas costas.
b) Sim, pois representa a exploração que o Terceiro Estado sofria na França, motivo pelo qual a burguesia liderou a revolução contra o Antigo Regime.
3 - O desejo da aristocracia em reassumir ou controlar mais perto o poder na frança, através dos Estados Gerais, foi um suicídio político na medida em que, ao contestar o poder real, quebrou um dos alicerces do Antigo Regime (a aliança nobreza-rei) e ficou à mercê cada vez mais poderosa burguesia, que se aproveitou da situação para atingir seus objetivos.
4 - Os principais ideais da Revolução Francesa fazem referência ao lema “Liberdade, Igualdade, Fraternidade”, adotado ainda nas primeiras fases da Revolução. Para melhor compreender esse mote, é necessário pensar em algumas características do movimento que foi propulsionou a Revolução: o Iluminismo. O pensamento iluminista via tais governos autocráticos como simples tiranias, e seus monarcas como usurpadores das prerrogativas do povo.
A Revolução Francesa marcou o fim da Idade Moderna e foi um movimento social e político que ocorreu na França em 1789 e derrubou o Antigo Regime, abrindo o caminho para uma sociedade moderna com a criação do Estado democrático. Além disso, acabou influenciando diversos lugares no mundo, com os seus ideais de “Liberdade, Igualdade, Fraternidade” (Liberté, Egalité, Fraternité).
O período em que ocorreu a revolução, era bastante conturbado para o país. Regido por um regime absolutista, os franceses se viam obrigados a pagarem impostos extremamente caros, para sustentar os luxos da nobreza. Sob influência dos Iluministas¹ o terceiro estado se levantou contra a opressão do absolutismo.
Os ideais percorreram a Europa, atravessaram o oceano e chegaram a América Latina, a qual influenciou o movimento da Inconfidência Mineira. Pelo seu caráter difusor é que a Revolução Francesa foi e é considerada o acontecimento que marca a passagem para a Idade Contemporânea.
Iluministas: Grupo de filósofos e intelectuais que questionavam a ordem divina de poder, e acreditavam que a ordem social era definida pelos homens, sendo passível a modificações e alterações.
Como Tudo Começou?
País agrário, com processo industrial ainda recente, a França enfrentava um período de grandes injustiças sociais no Antigo Regime. A sociedade regida pelo absolutismo era divida em três classes: o Clero (primeiro estado), a Nobreza (segundo estado) e o Terceiro Estado, composto por 95% da população.
Clero
Constituído por 2% da população eles eram isentos de pagar os impostos. Ainda era dividido em o alto clero, que era os de origem nobre (bispos, abades e cônicos), e o baixo clero, de origem plebeia (sacerdotes pobres).
Nobreza
Somente 2,5% da população era nobre. Como o clero, eles não pagavam impostos e tinham acesso a cargos públicos. Nessa classe estava o rei, sua família e os nobres que frequentavam o palácio. A Nobreza cortesã eram aqueles que moravam no Palácio de Versalhes, a Nobreza provincial, eram nobres que viviam no interior e a Nobreza de toga, eram burgueses que compravam títulos de nobreza, cargos políticos e administrativos.
Terceiro Estado
95% da população pertenciam a essa classe, que era responsável por sustentar o reino francês. Entre eles estavam a burguesia, os camponeses, artesãos e o proletariado. A burguesia era composta pelos grandes comerciantes, banqueiros, advogados, médicos. Eles detinham o poder econômico, por meio do comércio e da indústria, porém não tinham direitos políticos, ascensão social nem liberdade econômica.
Desde que Luís XIV, o Rei Sol, assumiu o reinado, a França encontrava-se cheia de dívidas advindas de antigos reinados, das guerras de conquista da monarquia e da manutenção da corte, que era bastante luxuosa. Após a participação do país na Guerra de Independência dos EUA e na Guerra dos Sete Anos os gastos aumentaram consideravelmente.
O rei detinha o poder absoluto, controlando todas as áreas: economia, justiça, política e até a religião. O povo não tinha voz, não podia votar, nem sequer dar opinião sobre o governo e os que se opunham ao Estado eram presos na Bastilha ou condenados à guilhotina.
A população vivia em condições precárias e grande parte eram camponeses pobres que trabalhavam em latifúndios ou feudos dos nobres. Grande parte dos salários eram revertidos em impostos altíssimos que pagavam a vida boa da nobreza e da Família Real.
Estima-se que a revolução teve início quando Luís XVI tentou criar reformas tributárias, mas sofreu muita rejeição dos nobres e cleros. Em busca da manutenção dos seus privilégios, os nobres se juntaram à burguesia no que ficou conhecido como a Revolta da Aristocracia. Luís XVI resolveu convocar a Assembleia dos Estados Gerais em 1789 para tentar evitar a revolução que estava se formando.
Muito bom filme, que explica a participação de Robespierre.
ASSEMBLEIA (1789/1792)
A mobilização de toda França em torno das mudanças, com a convocação dos Estados-gerais, abriu portas para o início das reformas políticas. A resistência monárquica acabou radicalizando esse processo com a queda da Bastilha e as diversas revoltas que se espalharam pelo território francês. O amplo apoio popular deu condições para que uma nova constituição fosse redigida por uma Assembleia Nacional.
A Assembleia Nacional, estabelecida entre 1789 e 1792, aboliu o voto por estamento e deu condições para que novas práticas fossem fixadas ao contexto político francês. Contando com a intensa participação da burguesia e dos camponeses, a Revolução ganhava força nas ruas, campos e instituições francesas. As leis que garantiam os privilégios nobiliárquicos foram abolidas, trazendo maior igualdade de direitos entre os franceses.
Em 26 de agosto de 1789, a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão deu fim a qualquer dispositivo legal que diferenciava juridicamente as classes sociais francesas. Inspirada na Declaração de Independência dos Estados Unidos, o documento francês primava pela defesa da igualdade e da fraternidade. Apesar disso, a declaração ainda assegurava o direito de propriedade que preservou as posses da nobreza provincial.
Resistente às transformações, o rei Luís XVI negou-se a aprovar os termos da Declaração. Tal recusa provocou uma temerosa reação dos populares que tomaram o Palácio de Versalhes, forçando o rei a se mudar para o Palácio das Tulherias. No ano de 1790 o clero teve sua situação alterada com a Constituição Civil do Clero. Através deste documento, os clérigos transformaram-se em funcionários públicos subordinados ao Estado. Além disso, as terras clericais foram confiscadas e serviram de lastro para a criação de uma nova moeda, as assignats.
Em 1791, uma nova constituição começou a vigorar na França. De acordo com seus termos, o governo passaria a ser comandado por uma monarquia constitucional. O poder passou a ser exercido pelos três poderes: legislativo, executivo e judiciário. Apesar de limitar os poderes reais e abolir os privilégios, o novo governo foi dominado por um processo de aburguesamento das instituições, garantido por meio do voto censtário. A antiga união de interesses do Terceiro Estado agora não seria mais a mesma.
Os integrantes da assembleia antes mobilizados em torno do Terceiro Estado, agora se dividiam em dois novos grupos. Os jacobinos eram integrados por setores da pequena e média burguesia. Politicamente tinham uma posição mais radical que os girondinos, compostos por integrantes da alta burguesia que comandaram as reformas da nova monarquia constitucional.
Nas ruas os sans-cullotes promoviam a agitação dos centros urbanos e defendiam a adoção de medidas de caráter puramente popular. Desprovidos de um projeto político mais amplo mobilizavam-se em torno de reivindicações imediatistas como o tabelamento do preço dos alimentos. Tornando-se com grande poder de mobilização política, os sans-cullotes receberam o apoio político dos jacobinos.
O fim da antiga configuração sócio-política da França colocou a nobreza e a monarquia em situação desfavorável. Muitos senhores de terras abandonaram o país temendo a radicalização da revolução. As demais monarquias européias, temendo a expansão do ideal revolucionário, já ensaiavam uma contra-revolução. Objetivando buscar apoio de outras monarquias nacionais, o rei Luís XVI tentou fugir do país, sendo descoberto na cidade de Vernnes.
Esperando a invasão de outras nações européias, os revolucionários formaram um grande exército popular. Ao mesmo tempo, o insucesso da política econômica do novo governo potencializava as alas mais radicais. A invasão dos impérios austríacos e prussianos, em 1792, motivou a convocação do povo às armas. Liderados por Danton, Robespierre e Marat, o exército popular ordenou a execução de membros da nobreza.
Na Batalha de Valmy, de 20 de setembro de 1792, os exércitos contra-revolucionários foram vencidos pelo povo francês. Um inflamado sentimento nacionalista tomou conta dos participantes da revolução. Tomando as instituições de assalto, um novo governo tomou conta do país. A república foi instituída com a criação da chamada Convenção Nacional. Os jacobinos ganharam grande apoio político e o rei Luís XVI, considerado traidor, foi condenado à morte.
A CONVENÇÃO NACIONAL (1792-1795)
Foi a fase considerada mais radical do movimento revolucionário porque foi a etapa em que os Jacobinos, liderados por Robespierre, assumiram o comando da revolução. Portanto, foi a etapa mais popular do movimento já que os Jacobinos eram representantes políticos das classes populares. Para alguns historiadores, esta etapa não predominou a ideologia burguesa, já que a burguesia não conduzia a revolução neste período. Porém, antes da queda da Monarquia Parlamentar, a burguesia chegou a proclamar uma República – a República Girondina em setembro de 1792. A república foi proclamada como um mecanismo de assegurar a burguesia seus interesses, projetos, no poder político do Estado. Como as tensões estavam exaltadas, a alta burguesia francesa decidiu tirar todo o poder político do rei Luis-XVI e transferi-lo para si (a burguesia). Desta forma caía a Monarquia na França. Em 1792, a Assembleia Legislativa aprovou uma declaração de guerra contra a Áustria. É interessante salientar que a burguesia e a aristocracia queriam a guerra por motivos diferentes. Enquanto para a burguesia a guerra seria breve e vitoriosa, para o rei e a aristocracia seria a esperança de retorno ao velho regime. Palavras de Luís XVI: "Em lugar de uma guerra civil, esta será uma guerra política" e da rainha Maria Antonieta: "Os imbecis [referia-se a burguesia]! Não vêem que nos servem". Portanto, o rei e a aristocracia não vacilaram em trair a França revolucionária. Luís XVI e Maria Antonieta foram presos, acusados de traição ao país por colaborarem com os invasores. Verdun, última defesa de Paris, foi sitiada pelos prussianos. O povo, chamado a defender a revolução, saiu às ruas e massacrou muitos partidários do Antigo Regime. Sob o comando de Danton, Robespierre e Marat, foram distribuídas armas ao povo e foi organizada a Comuna Insurrecional de Paris. As palavras de Danton ressoaram de forma marcante nos corações dos revolucionários. Disse ele: "Para vencer os inimigos, necessitamos de audácia, cada vez mais audácia, e então a França estará salva". Em 21 de Janeiro do ano seguinte, 1793, Luis-XVI foi condenado e guilhotinado na “praça da revolução” – atual Praça da Concórdia situada na avenida Champs-Élysées, em Paris – uma vez que os Jacobinos já haviam assumido a liderança do movimento revolucionário. A rainha Maria Antonieta, foi decapitada no mesmo ano só que em setembro.
A República Girondina caiu e os Jacobinos assumiram a direção política do Estado proclamando uma nova República: a República Jacobina e com ela uma novaConstituição: a Constituição de 1793. Na Constituição Jacobina continham princípios que satisfazia a população porque garantia-lhe direitos e poder de decisão. Vejamos os mais importantes pontos da nova Constituição:
Voto Universal ou Sufrágio Universal - Todos os cidadãos homens maiores de idade, votam.
Lei do Máximo ou Lei do Preço Máximo – estabeleceu um teto máximo para preços e salários.
Venda de bens públicos e dos emigrados para recompor as finanças públicas.
Reforma Agrária – confismo de terras da nobreza emigrada e da Igreja Católica, que foram divididas em lotes menorese vendida a preços baixos para os camponeses pobres que puderam pagar num prazo de até 10 anos.
Extinção da Escravidão Negra nas Colônias Francesas – que acabou por motivar a Revolução Haitiana em 1794 e que durou até 1804 quando no Haiti aboliu-se a escravidão.
Organização dos seguintes comitês: o Comitê de Salvação Pública, formado por nove (mais tarde doze) membros e encarregado do poder executivo, e oComité de Segurança Pública, encarregado de descobrir os suspeitos de traição.
Criação do Tribunal Revolucionário, que julgava os opositores da Revolução e geralmente os condenavam à Guilhotina.
Ressalta-se que para que os Jacobinos pudessem alacançar o poder político do Estado e assumí-lo, teve que contar com um apoio fundamental: os sans-culottes. Os sans-culottes eram indivíduos populares – normalmente desempregados e assalariados, a plebe urbana – que eram identificados pelo frígio, ou barrete, vermelho que usavam sobre suas cabeças.
Os sans-culottes acabaram por se tranformar em uma força motora da revolução. Isto é, como era formado por uma massa de indivíduos, graças as ações violentas dos mesmos que os Jacobinos, ligados a eles, chegaram ao poder. Definitivamente os sans-culottes tiveram um papel fundamental no processo revolcionário francês já que correspondiam as aspirações populares.
Porém, mesmo com o apoio dos sans-culottes e estando na direção política do Estado realizando determinadas reformas políticas e sociais significativas, os Jacobinos não duraram muito no poder devido ao que implantaram durante sua República – a Era do Terror. Robespierre, líder supremo dos Jacobinos, decidiu implantar a Era do Terror. Mas o que significou isso? Significou que era necessário agir de modo ditatorial para alcançar um governo democrático e assegurar as conquistas instituídas pelas reformas que se realizavam. Para tais fins teve que Robespierre impor o poder do Estado sobre a população e condenar todos os que eram considerados suspeitos de traição à Guilhotina. Foi o período em que a Guilhotina foi mais usada. Até mesmo líderes Jacobinos próximos a Robespierre, como Danton por exemplo, foram guilhotinados. O excesso de terror fez com que os Girondinos articulassem um Golpe de Estado – o golpe “9 do Termidor” – e derrubassem com a República Jacobina, guilhotinando inclusive Robespierre. Iniciava-se a terceira fase revolucionária.
O DIRETÓRIO (1795-1799)
Conhecido como Reação Termidoriana, o golpe de Estado armado pela alta burguesia financeira, que marcou o fim da participação popular no movimento revolucionário, em compensação os estabelecimentos comerciais cresciam, porque as ações burguesas anteriores haviam eliminado os empecilhos feudais. O novo governo, denominado Diretório (1795-1799), autoritário e fundamentado numa aliança com o exército (então restabelecido após vitórias realizadas em guerras externas), foi o responsável por elaborar a nova Constituição, que manteria a burguesia livre de duas grandes ameaças: a República Democrática Jacobina e o Antigo Regime. O Poder Executivo foi concedido ao Diretório, e uma comissão formada por cinco diretores eleitos por cinco anos. Apesar disso, em 1796 a burguesia enfrentou a reação dos Jacobinos e radicais igualitaristas. Graco Babeuf liderou a chamada Conspiração dos Iguais, um movimento socialista que propunha a "comunidade dos bens e do trabalho", cuja atenção era voltada a alcançar a igualdade efetiva entre os homens, que segundo Graco, a única maneira de ser alcançada era através da abolição da propriedade privada. A revolta foi esmagada pelo Diretório, que decretou pena de morte a todos os participantes da conspiração, e o enforcamento Babeuf.
O governo não era respeitado pelas outras camadas sociais. Os burgueses mais lúcidos e influentes perceberam que com o Diretório não teriam condição de resistir aos inimigos externos e internos e manter o poder. Eles acreditavam na necessidade de uma ditadura militar, uma espada salvadora, para manter a ordem, a paz, o poder e os lucros. A figura que sobressai no fim do período é a deNapoleão Bonaparte. Ele era o general francês mais popular e famoso da época. Quando estourou a revolução, era apenas um simples tenente e, como os oficiais oriundos da nobreza abandonaram o exército revolucionário ou dele foram demitidos, fez uma carreira rápida. Aos 24 anos já era general de brigada. Após um breve período de entusiasmo pelos Jacobinos, chegando até mesmo a ser amigo dos familiares de Robespierre, afastou-se deles quando estavam sendo depostos. Lutou na Revolução contra os países absolutistas que invadiram a França e foi responsável pelo sufocamento do golpe de 1795.
Enviado ao Egito para tentar interferir nos negócios do império inglês, o exército de Napoleão foi cercado pela marinha britânica nesse país, então sobre tutela inglesa. Napoleão abandonou seus soldados e, com alguns generais fiéis, retornou à França, onde, com apoio de dois diretores e de toda a grande burguesia, suprimiu o Diretório e instaurou o Consulado, dando início ao período napoleônico com o golpe de Estado conhecido por “18 de Brumário”. Com o golpe Napoleão foi adquirindo poderes políticos até que em 6 de maio de 1804 foi consagrado Imperador com o título de Napoleão Bonaparte-I governando até 1814, quando caiu do poder e foi exilado. Durante seu governo Napoleão não só estendeu com as fronteiras francesas por meio de guerras, como realizou diversas reformas políticas e sociais, sempre em nome dos interesses burgueses, instituindo o código civil, reformando o sistema educacional e adotando o estilo artístico neo-clássico como modelo arquitetônico que servia de veículo de propaganda para as dimensões de seu poder político e para a alta burguesia em seu estilo de vida.
1- Durante a Revolução Francesa, Luis XVI perdeu seus poderes absolutos; o feudalismo foi abolido e os bens eclesiásticos nacionalizados. Isso aconteceu:
(a) No ano da Queda da Bastilha;
(b) Durante o período do Terror;
(c) Quando Napoleão tomou o poder;
(d) Na fase da Convenção;
(e) No período do Diretório.
2 - Sobre a Revolução Francesa é correto afirmar, EXCETO:
(a) Ela é um marco na História do Mundo Contemporâneo, e suas idéias não se difundiram apenas na Europa, mas vão estar presentes no processo de emancipação política da América Espanhola em fins do século XVIII e princípios do século XIX.
(b) Ela é considerada uma revolução burguesa clássica, provocada por uma gama de fatores e de contingências, num contexto em que cresciam a oposição ideológica ao regime absolutista e a disseminação dos ideais de liberdade e igualdade.
(c) A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, aprovada no dia 26 de agosto de 1789, foi um documento importante no qual os norte-americanos se basearam para fazer a Declaração da sua Independência e, mais tarde, a sua Constituição.
(d) Muitas das conquistas sociais e políticas da Revolução Francesa foram difundidas em outros países durante a “Era Napoleônica” (1799–1815); entre elas, a igualdade dos indivíduos perante a lei e o direito de propriedade privada.
3 - Uma das fases mais dramáticas da Revolução Francesa ficou conhecida como "O Terror", período em que o poder estava nas mãos dos jacobinos que dominavam a Convenção. Assinale o fato abaixo que ocorreu nesta fase:
(a) convocação dos Estados Gerais por Luís XVI;
(b) aprovação da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão;
(c) queda da Bastilha;
(d) abolição dos direitos feudais sobre os camponeses;
(e) os preços dos alimentos foram tabelados;
4 - No século XVIII, os homens de princípios liberais que dirigem o processo revolucionário na França desejam, EXCETO:
(a) destruir o absolutismo monárquico, instaurando um governo representativo e limitado.
(b) abolir o direito à propriedade, assegurando o livre exercício da democracia popular.
(c) romper os controles da política mercantilista, estabelecendo uma economia de livre mercado.
(d) acabar com as ordens sociais privilegiadas, reconhecendo a igualdade civil dos homens.
(e) opor-se ao domínio do religioso na cultura, fundando uma sociedade baseada na racionalidade.
5 - A Revolução Francesa é um tema da contemporaneidade, porque:
(a) inaugura a sociedade capitalista.
(b) fornece a base da atual prática política.
(c) cria a atual divisão de classes sociais.
(d) retira o poder da velha aristocracia.
(e) denuncia o arcaísmo do regime monárquico.
6 - Refere-se aos princípios básicos da “Declaração dos Direitos do Homem e o Cidadão”, proclamada na França em 1789:
I. Liberdade e igualdade dos cidadãos perante a lei.
II. Direito de resistência à opressão política e direito à propriedade individual.
III. Liberdade de pensamento e de opinião.
(a) se apenas o item I estiver correto.
(b) se apenas os itens I e II estiverem corretos.
(c) se apenas os itens I e III estiverem corretos.
(d) se apenas os itens II e III estiverem corretos.
(e) se todos os itens estiverem corretos.
7 - Vários são os modelos de Revolução Burguesa, que ocorreram na Europa entre os séculos XVII e XIX, no entanto, elas têm como ponto comum:
(a) a total ruptura dos padrões do Antigo Regime.
(b) a intensa participação das camadas populares.
(c) a instalação do regime republicano parlamentar.
(d) o fim dos regimes monárquicos absolutistas.
(e) o reconhecimento da igualdade social e civil.
8 - No Antigo Regime, a aristocracia francesa tinha como privilégios, EXCETO:
(a) o monopólio das funções políticas mais importantes.
(b) a isenção do pagamento de taxas e impostos.
(c) o controle das atividades manufatureiras e comerciais.
(d) a sujeição a leis e tribunais especiais e exclusivos.
(e) a desobrigação frente a todo trabalho produtivo.
9 - No que se refere às singularidades da sociedade francesa do chamado Antigo Regime, são corretas as afirmações abaixo, com EXCEÇÃO de:
(a) Os membros da Igreja Católica, em especial, o alto clero, desfrutavam de cargos e posições sociais que os aproximavam, em importância, da nobreza de Corte.
(b) As hierarquias sociais eram atenuadas pelas possibilidades de mobilidade vertical e horizontal, fundamentadas por valores de exaltação do mérito pessoal e do desempenho intelectual ou econômico.
(c) o exercício da representatividade política baseava-se na organização estamental e viabilizava, na prática, a força decisória do primeiro e segundo estados dentro dos Estados Gerais.
(d) A condição de nascimento era um dos critérios centrais para a determinação de identidades e influências, interferindo diretamente na manutenção dos privilégios da nobreza, bem como nas divisões internas a este grupo.
(e) Na classificação jurídico-política, os grupos burgueses, com destaque para os comerciantes e financistas, compunham, a despeito de suas riquezas e propriedades juntamente com os camponeses e sans-cullotes, o chamado Terceiro Estado.
10 - Durante o período 1789-1792, foi estabelecida na França a Monarquia Constitucional. Entre os novos princípios estabelecidos pela Assembléia Nacional, encontram-se
I. A igualdade jurídica de todos os indivíduos e o direito de voto universal.
II. A liberdade completa da produção e circulação de bens e o direito à propriedade.
III. A separação entre a Igreja e o Estado e o direito à liberdade de crença e opinião.
IV. O confisco das terras não-produtivas e o direito do proprietário de receber indenização do Estado.
V. O poder executivo confiado ao rei e o direito exclusivo do Estado na cobrança dos impostos.
A análise das afirmativas permite concluir que está correta a alternativa
(a) I e II
(b) I e III
(c) II e III
(d) II e IV
(e) II e V
11 - Quanto à Revolução Francesa é correto afirmar que:
(a) definiu-se como um movimento de intelectuais defensores de um modelo político baseado na centralização estatal;
(b)juntamente com a Revolução Americana, contribuiu para os movimentos de independência da América Latina, após 1808;
(c) no Brasil, influenciou positivamente as reformas pombalinas, na segunda metade do século XVIII;
(d)não influiu sobre os termos e o vocabulário da política liberal e radical democrata na maior parte do mundo;
(e) esgotada pelas divisões internas após a fase do Terror, não teve qualquer influência nos movimentos político-sociais posteriores.
12 - A maioria dos historiadores atribui à Revolução Francesa uma contribuição decisiva para a construção de novos valores políticos e sociais do mundo contemporâneo.
Esse entendimento está baseado
(a) nas formulações políticas dos jacobinos, que permitiram a rápida implantação do sistema capitalista na Europa.
(b) no simbolismo da Revolução, que representou o rompimento com o absolutismo e a ampliação da noção de cidadania.
(c) na atuação dos girondinos, que defendiam a revolução como a única forma eficiente de ação política.
(d) no revigoramento dos laços de solidariedade das corporações de ofício, que preparou terreno para a ação sindical dos trabalhadores.
13 - "As circunstâncias da Revolução levaram ao desaparecimento da literatura dos salões e das academias, mas esse vazio foi largamente compensado pelas produções da eloqüência das assembléias e dos clubes"
(Gaspard, Claire. "Literatura e Poesia" in Vovelle, Michel. França Revolucionária. Editora Brasiliense, p.159).
A afirmação acima mostra que a Revolução alterou aspectos importantes da vida francesa das últimas décadas do século XVIII, por isso não seria incorreto considerar que:
(a) a burguesia conseguiu transformar a sociedade francesa, preservando sua hierarquia política devido a sua aliança com a aristocracia;
(b) houve uma mobilização política que levou a uma queda de hábitos do passado, mantendo a força milenar da monarquia;
(c) a burguesia conseguiu uma vitória que mexeu com a hierarquia política francesa, contando com o forte apoio dos camponeses e artesãos;
(d) a monarquia francesa sofreu mudanças estruturais face à instalação imediata de um governo republicano com a queda da Bastilha;
(e) a Revolução Francesa consagrou ideais da burguesia, defendidos pelos intelectuais iluministas, servindo de modelo para outros movimentos políticos da modernidade.
14 - I.“... intensificação da política econômica mercantilista, pela monarquia, com o objetivo de promover a concorrência dos produtos manufaturados nos mercados dominados pelos ingleses.”
II “... para essa camada social tratava-se de garantir seus direitos e se definir como classe social, numa sociedade onde, apesar de sustentar o Estado e ser a classe econômica dominante, sua posição de prestígio político e jurídico era extremamente limitada em função dos privilégios das outras duas classes.”
III “... para ela era necessário destruir os obstáculos ao crescimento e à modernização do país, como por exemplo, o absolutismo (...) e o mercantilismo caracterizado pelo controle da economia pelo Estado.”
IV.“... a massa camponesa (...) pretendia alterar as relações de trabalho e acabar com os resquícios do feudalismo...”
V.“... foi uma revolução essencialmente social, pelas transformações que provocou nas diferentes sociedades no mundo Ocidental e Oriental...”
Os itens que podem ser associados à Revolução Francesa estão reunidos SOMENTE em
a) I e IV
b) I e V
c) II e V
d) II, III e IV
e) I, III e V
15 - (UNIFOR – 2000) Entre as datas que marcaram a Revolução Francesa de 1789, uma das mais significativas é a de 26 de gosto, data da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, pois esta Declaração representa:
(a) a defesa do regime constitucional como forma de garantir governos baseados no despotismo esclarecido, isto é, que defendem a liberdade de culto, de imprensa e o sistema de representação política.
(b) a introdução dos ideais de coletivização da propriedade e dos meios de produção no Ocidente como forma de reduzir as desigualdades sociais.
(c) o marco simbólico maior dos princípios da cultura sócio-política moderna no Ocidente, isto é, o Direito e a Cidadania como origem e resultados da república e da democracia.
(d) o controle do Estado sobre a economia, com o objetivo de harmonizar os interesses individuais e coletivos, gerando progresso social.
(e) a desestruturação dos princípios oriundos das Revoluções Liberais, centrados na liberdade, fraternidade e igualdade entre os cidadãos.
16 - Sobre a grande Revolução de 1789, na França, podemos concluir que:
(a) foi uma revolução do 3° Estado Francês.
(b) foi uma revolução essencialmente burguesa.
(c) foi uma revolução do 1° Estado na França.
(d) foi uma revolução do 2° Estado na França.
17 - "Na madrugada de 14 de julho de 1789, uma terça-feira, milhares de populares (talvez cinqüenta mil) invadiram o Arsenal dos Inválidos procurando armas para enfrentar os soldados que, acreditavam, o rei Luís XVI estava mandando de Versalhes [...] A multidão se apoderou de quarenta mil fuzis e doze canhões. Mas e a pólvora para eles? Estava na formidável fortaleza da Bastilha, transformada em depósito e prisão. Para lá correram todos, em busca de munição"[superinteressante Especial, 1989]. A citação acima refere-se ao fato histórico conhecido como
(a) Revolução Francesa.
(b) Revolução Industrial.
(c) Revolução Farroupilha.
(d) Revolução dos Inválidos.
18. O período da Revolução Francesa pode ser considerado como encerrado em 1799 com.
(a) A Reação Termidoriana e a execução dos radicais como Marat.
(b) O 18 Brumário, golpe de Estado de Napoleão Bonaparte.
(c) A constituição do Ano III e o reconhecimento da vitória da burguesia.
(d) A estruturação da Junta de Salvação Pública e o fim do Regime de Terror.
(e) A eleição de uma Convenção Nacional e a divulgação da Declaração dos Direitos do Homem.
19. A Declaração dos Direitos do Homem era, principalmente.
(a) Um documento político-burguês que garantia para o povo francês igualdade perante a lei.
(b) Um vasto programa de reformas políticas com bases totalmente democráticas.
(c) O primeiro documento que garantia os direitos sociais aos trabalhadores.
(d) O reflexo do pensamento absolutista e suas restrições à liberdade e direitos políticos no século XVIII.
(e) Uma reivindicação do povo, dirigida às autoridades.
20. “A Assembléia Nacional, desejando estabelecer a Constituição francesa sobre a base dos princípios que ela acaba de reconhecer e declarar, abole irrevogavelmente as instituições que ferem a liberdade e a igualdade dos direitos. Não há mais nobreza, nem pariato, nem distinções hereditárias, nem distinções de ordens, nem regime feudal... Não existe mais, para qualquer parte da Nação, nem para qualquer indivíduo, privilégio algum, nem exceção ao direito comum de todos os franceses...”
O texto anterior, preâmbulo da Constituição francesa de 1791, caracteriza com nitidez a obra da Revolução Francesa em sua primeira fase, sendo, a esse respeito, possível afirmar com EXCEÇÃO de.
(a) Nesta etapa, a Revolução Francesa caracteriza-se pela abolição de todas as sobrevivências feudais.
(b) Sob a liderança da burguesia, a Revolução afirma os princípios da igualdade e da liberdade de todos os cidadãos.
(c) A burguesia, embora abolindo as instituições feudais, buscou preservar tudo aquilo que se originasse do direito de (propriedade.
(d) A forma política adotada em 1791 foi a da monarquia constitucional, mais ou menos inspirada no modelo inglês.
(e) A fim de garantir os direitos individuais, foram mantidas as corporações e guildas mercantis ou artesanais há muito existentes.
21. No processo da Revolução Francesa, o golpe do 18 Brumário que levou Napoleão Bonaparte ao poder, implicou:
(a) A consolidação do poder da burguesia.
(b) A convocação da Assembléia Nacional Constituinte.
(c) A aprovação da Declaração dos Direitos do Homem.
(d) A instituição do período do Terror.
(e) A composição política entre girondinos e jacobinos.
22. A Revolução Francesa é um fenômeno histórico muito complexo. Os historiadores não foram capazes de uma apreciação serena dos bons e maus frutos dela oriundos, tal a violência das paixões políticas, econômicas, sociais e religiosas que desencadeou na Europa do Século XIX. Ela inicia o século dos movimentos revolucionários que atingem a quase totalidade dos países europeus e do Novo Mundo. Estas revoluções constituem o triunfo das democracias européias e americanas. Os significados político, social, econômico e cultural da Revolução Francesa são marcados pelas afirmativas a seguir, exceto:
(a) Foi no período denominado Diretório, que a burguesia financeira dominou o cenário político, afastando do poder os remanescentes do jacobinismo.
(b) A Revolução Francesa foi um movimento eminentemente cultural, assemelhando-se em muito ao Renascimento e ao iluminismo.
(c) O principal dos aspectos sociais foi o estabelecimento da igualdade, acabando com os privilégios no plano legal.
(d) O ano de 1789, início da Revolução, abriu caminho para o liberalismo.
(e) O período do consulado, dominado por Napoleão, consolidou as conquistas burguesas tanto no plano econômico como no político.
23. E o estudo que nos permite compreender o presente. Veja, por exemplo, a origem dos termos “ESQUERDA” e “DIREITA” - hoje tidos como superados. Nas reuniões da Assembléia Legislativa francesa, eleita em 1791, os deputados conservadores sentavam-se à direita; à esquerda, ficavam os favoráveis às transformações.
Sabendo disso, escolha a alternativa correta.
(a) Os monarquistas sentavam-se à esquerda.
(b) Os republicanos sentavam-se à direita.
(c) Os girondinos sentavam-se à direita.
(d) Os jacobinos sentavam-se à esquerda.
(e) Os democratas sentavam-se à direita.
24. A luta pela liberdade na Revolução Francesa de 1789 possibilitou a conquista de direitos essenciais que até hoje formam alguns dos pilares do mundo contemporâneo.
Entre esses direitos assegurados na Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão de 1789, podem-se destacar:
(a) liberdade, propriedade e resistência à opressão, como direitos naturais do homem.
(b) soberania, igualdade civil e autoridade, como direitos inerentes aos corpos privilegiados da sociedade.
(c) distinção de nascimento, privilégio fiscal e hereditariedade do poder, como direitos sagrados do cidadão.
(d) insurreição para o povo, direito à cidadania e igualdade social, como os mais elevados dos direitos do homem.
25. A Constituição de 1791, na medida em que estabeleceu a liberdade de comércio, confirmou o direito à propriedade privada e adotou o voto censitário, apontou para o fato de que a Revolução Francesa representou:
(a) a vitória da burguesia no sentido de ocupar o poder e organizar o Estado de modo a favorecer seus interesses, afastando o povo das decisões políticas.
(b) a canalização de todo o potencial e energia revolucionária das massas na defesa de um Estado democrático, participativo e de direito.
(c) o estabelecimento dos princípios de igualdade civil e social consubstanciadas na função mediadora representada pelo Estado.
(d) a conciliação dos interesses das diferentes classes, ao estabelecer o direito à liberdade para todas as camadas sociais.
(e) o fracasso dos ideais filosóficos do liberalismo, ao valorizar o sistema da universalização do voto.
Antigo Regime: ordem social e político-institucional vigente até a Revolução, monarquia absoluta, sociedade estamental e direitos feudais.
Federalistas: expressão usada para apontar e acusar os Girondinos que defendiam a supremacia da Convenção, enquanto assembléia dos representantes eleitos em todo país, sobre o poder crescente das comunas, principalmente a Comuna de Paris.
Assembléia Legislativa (out. 91/ago. 92): substituiu a Assembléia Nacional Constituinte de 1789; era o órgão do Poder Legislativo na Constituição de 1791.
“Feuillants”: rompendo com os jacobinos, os monarquistas constitucionais, liderados por La Fayette e Barnave, fundam novo clube, que não resiste, porém, às jornadas revolucionárias de 1792.
Assembléia Nacional Constituinte (jul. 89/set. 91): aprovou a primeira Constituição, de 1791; resultou da revolta dos deputados do Terceiro Estado contra os Estados Gerais.
Girondinos: grupo de deputados convencionais, liderados por representantes da região da Gironda, partidários da Revolução e da República, mas com posições bem mais moderadas do que os Jacobinos, especialmente quanto ao papel das massas populares no movimento revolucionário.
“Assignat”: bônus e depois papel-moeda emitido pelo Estado, com base nos bens do clero, nacionalizados; sua contínua desvalorização levou-o à extinção em 1796.
Governo revolucionário: a estrutura montada entre 1792 e 94, no período da revolução democrática, centrada no Comitê da Salvação Pública, no Tribunal Revolucionário e nos comitês revolucionários das comunas.
Bastilha: velha fortaleza da monarquia, odiada pela população parisiense por ser usada como prisão e por ter sido sempre a grande barreira entre o “faubourg St.-Antoine” e a área central da cidade.
Grande Terror: período de maior radicalização da política jacobina do Terror (10 de junho a 27 de julho de 1794).
18 Brumário (9 de novembro): data do golpe de Estado que, no final de 1799, encerrou a Revolução; seu personagem principal foi o general Napoleão Bonaparte, que derrubou o Diretório e estabeleceu o Consulado.
Jacobinos: clube político fundado em 1789, reunindo os “patriotas” da burguesia e da nobreza, que formam, logo depois, a Sociedade dos Amigos da Constituição; o progressivo radicalismo dos seus partidários leva à cisão política, com a saída do grupo dos “Feuillants”.
“Cahiers de Doléances”: cadernos onde os eleitores de 1789 foram orientados a registrar todas as suas reivindicações, a serem apresentadas aos Estados Gerais por seus representantes.
“Iguais”: grupo liderado por Babeuf, herdeiro das idéias de Marat, fortemente ligado aos “sans-culottes”, e que lutava por uma igualdade social radical.
Cidadãos ativos: cidadãos com direito de voto, porque podem pagar um imposto equivalente ao valor de três dias de trabalho. (Constit. 1791)
“Incroyables” e “Merveilheuses”: homens e mulheres da burguesia conservadora, partidários do Thermidor, que procuram mostrar, através de uma moda extravagante e atitudes arrogantes, seu reacionarismo político.
Cidadãos passivos: cidadãos que não têm direito de voto.
Lei do Máximo: lei de 29/9/1793 que fixa limites para os preços e salários, aprovada sob pressão popular pela Convenção.
Comuna: na tradição medieval, é a municipalidade, o governo autônomo de uma cidade.
“Lettres de cachet”: instrumento pelo qual o Rei, no Antigo Regime, podia mandar prender alguém, sigilosamente, sem julgamento.
Comuna insurrecional: organização político-militar criada pela população de Paris no começo da Revolução para fortalecer e conduzir a participação popular (“sans-culottes”) no processo revolucionário.
Montanheses: deputados jacobinos radicais, que ocupavam as cadeiras mais altas da Convenção, e que defendiam a aliança com a “sans-culotterie”.
Constituição Civil do Clero: aprovada em 1790, reformula profundamente as relações Igreja-Estado, liquidando os antigos privilégios do clero e tornando-o uma instância da burocracia oficial.
Notáveis: proprietários, homens de negócios, altos funcionários civis e militares, membros do clero constitucional, enfim, burgueses de prestígio, são os eleitores dos deputados pela Constituição do Ano III; a Constituição do Ano VIII, mesmo adotando novamente o sufrágio universal, manteve, na prática, os critérios da notabilidade na composição das listas eleitorais.
Convenção (set. 92/out. 95): assembléia de deputados que dirige a República logo após sua instituição, entre setembro de 1792 e outubro de 95, eleita por sufrágio universal.
Pântano (ou Planície): a maioria dos deputados da Convenção, centristas, oportunistas, que apoiaram ora a Gironda, ora os Jacobinos, e participaram diretamente da reação thermidoriana.
Comitê da Salvação Pública: criado em abril de 1793, foi o órgão central do governo revolucionário, durante o Terror.
“Paz de Campoformio”: tratado assinado com a Áustria em outubro de 1797, pelo qual os austríacos mantinham a região de Veneza e reconheciam a ocupação francesa da Lombardia e de toda a região da margem esquerda do Reno, inclusive a Bélgica, grande vitória político-militar-diplomática de Napoleão Bonaparte.
“Cordeliers”: fundado em 1790, tornou-se um clube político muito próximo das posições dos “sans-culottes” e teve destacada atuação nas jornadas revolucionárias de 1792 e 93.
Realistas: partidários do restabelecimento pleno da monarquia absoluta e do Antigo Regime, em geral membros da Aristocracia e do Alto Clero.
Corveia: um dos mais antigos direitos feudais, consistindo em um certo número de dias de trabalho que os camponeses deviam aos senhores.
“Sans-culottes”: a população pobre dos “faubourgs” de Paris e das outras grandes cidades; foram a grande força popular da Revolução.
Diretório: o órgão do Poder Executivo na Constituição do Ano III, entre 1795 e 99.
Secções: entre maio de 1790 e final de 1795, Paris foi dividida em 48 secções, para permitir à população realizar assembleias locais e encaminhar suas reivindicações; foram os comitês revolucionários dessas secções que levaram à formação da Comuna insurrecional.
Direitos naturais: direitos que os iluministas do século XVIII atribuíam à natureza humana, portanto naturais e imprescritíveis; entre tais direitos, apontavam-se a liberdade, a igualdade e a propriedade.
Terror: período em que o governo revolucionário exerceu plenos poderes, entre o final de 1792 e meados de 1794, instalando a violência política contra todos os suspeitos de serem contra-revolucionários.
Estados Gerais: a assembléia dos representantes das “ordens” no Antigo Regime; com o Absolutismo, perdeu quase todo seu poder.
9 de Thermidor (27/7/1794): marca a derrubada do governo revolucionário e a reação da burguesia no sentido de dar novos rumos ao processo revolucionário.
Federação: expressão que identifica e define a nova organização do país depois da abolição do Antigo Regime, caracterizada pela liberdade e soberania da Nação e autonomia dos departamentos que a compõem.