sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

Trabalho de pesquisa individual - 8º - 2017

Sobre o trabalho:

PROFESSOR: MOACIR - DISCIPLINA HISTÓRIA

Trabalho de pesquisa individual - 8º A e B - 1º Bimestre de 2017

Temática: Escravidão no Brasil* colônia

Objetivos:
      Fazer uma análise do filme, "Quanto Vale ou é porquilo?";
      Um breve histórico sobre escravidão no Brasil colônia do século XVII;
      Inserir no trabalho imagens de ferramentas de torturas expostas pelo filme;
      Pesquisar e selecionar (pelo menos dois) dados sobre o sistema prisional no Brasil atual (ex.: população carcerária, quem são? - Custo de um detento no Estado de São Paulo, ou outra informação usada no filme);
      Conclusão com uma opinião sobre o tema pesquisado e o que pode-se relacionar com os temas abordados no bimestre.

A pesquisa deve ser confeccionada no MODELO, as imagens devem ser impressas e conter legendas (fixa-lás com cola bastão para não deformar a folha) podem ser colocadas entre o texto ou em anexo (não esquecer de fazer referência no texto e colocar no índice).

Entrega: 17/03/2017 (sem atrasos, um dia de atraso a nota cai em 50%, fora do prazo sem prejuízos na nota, apenas com atestado médico).

* Usei a denominação Brasil mesmo sabendo que é anacrônico para facilitar a pesquisa, pois o Brasil.

Atenciosamente


Prof. Moacir

Obs.: Gráficos e imagens podem ser impressos e colocados em anexo.



Sobre o filme:

Uma analogia entre o antigo comércio de escravos e a atual exploração da miséria pelo marketing social, que forma uma solidariedade de fachada. No século XVII um capitão-do-mato captura um escrava fugitiva, que está grávida. Após entregá-la ao seu dono e receber sua recompensa, a escrava aborta o filho que espera. Nos dias atuais uma ONG implanta o projeto Informática na Periferia em uma comunidade carente. Arminda, que trabalha no projeto, descobre que os computadores comprados foram superfaturados e, por causa disto, precisa agora ser eliminada. Candinho, um jovem desempregado cuja esposa está grávida, torna-se matador de aluguel para conseguir dinheiro para sobreviver.

O filme:

"Quanto Vale ou é por Quilo?"

DICAS PARA FAZER A ANÁLISE DO FILME:
  1. Faça a leitura dos objetivos do trabalho;
  2. Faça algo interessante, sem deixar as informações de lado;
  3. Assista ao filme dando um tempo para que as informações sejam absorvidas antes de anotar tudo imediatamente. Você pode perceber algo que não tinha visto antes e que pode mudar completamente a sua visão sobre o filme!;
  4. Você provavelmente terá que assistir ao filme algumas vezes para perceber todos os detalhes;
  5. Fale sobre as coisas ruins e sobre as boas, ou pelo menos tente;
  6. Enquanto assiste ao filme, faça anotações;
  7. Importante, assista com pais, parentes, irmãos, amigos, vizinhos e etc., para ter contribuições diferente.

DICAS SOBRE OS DADOS: (lembrando que isso é apenas uma orientação, o ideal e que busquem outras fontes para os dados serem comparados):



ASSISTAM, REFLITAM E PRODUZAM!!!

terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

8º A e B - Expansão territorial resistência na América portuguesa - 1ª Bimestre (atualizado 2017)

Video introdutório

Esse é objetivo e aborda assuntos já vistos.

Conforme sabemos, a atual configuração do território brasileiro é bem diferente daquela que foi originalmente estipulada pelo Tratado de Tordesilhas, em 1494. A explicação para a ampliação de nossos territórios está atrelada a uma série de acontecimentos de ordem política, econômica e social que, com passar do tempo, não mais poderiam ser suportadas pelo acordo assinado entre Portugal e Espanha no final do século XV.

Um primeiro evento que permitiu a expansão foi a União Ibérica, que entre 1580 e 1640 colocou as possessões lusas e hispânicas sob controle de um mesmo governo. Nesse momento, a necessidade de se respeitar fronteiras acabou sendo praticamente invalidada. Contudo, não podemos pensar que o surgimento de novos focos de colonização se deu somente após esse novo contexto.

Desde muito tempo, personagens do ambiente colonial extrapolaram a Linha do Tratado de Tordesilhas. Os bandeirantes saíram da região paulista em busca de índios, drogas do sertão e pedras preciosas para atender suas demandas econômicas. Ao mesmo tempo, cumprindo seu ideal religioso, padres integrantes da Ordem de Jesus vagaram pelo território formando reduções onde disseminavam o cristianismo entre as populações indígenas.

Por outro lado, a criação de gado também foi de fundamental importância na conquista desses novos territórios. O interesse dos senhores de engenho e da metrópole em não ocupar as terras litorâneas com a pecuária possibilitou que outras regiões fossem alvo dessa crescente atividade econômica. Paralelamente, o próprio desenvolvimento da economia mineradora também fundou áreas de domínio português para fora das fronteiras originais.

Para que esses fenômenos espontâneos fossem reconhecidos, autoridades portuguesas e espanholas se reuniram para criar novos acordos fronteiriços. O primeiro foi firmado pelo Tratado de Utrecht, em 1713. Segundo este documento, os espanhóis reconheciam o domínio português na colônia de Sacramento. Insatisfeitos com a medida, os colonos de Buenos Aires fundaram a cidade de Montevidéu. Logo em seguida, os lusitanos criaram o Forte do Rio Grande, para garantir suas posses ao sul.

O Tratado de Madri, de 1750, seria criado para oficialmente anular os ditames propostos pelo Tratado de Tordesilhas. Segundo esse documento, o reconhecimento das fronteiras passaria a adotar o princípio de utis possidetis. Isso significava que quem ocupasse primeiro uma região teria seu direito de posse. Dessa forma, Portugal garantiu o controle das regiões da Amazônia e do Mato Grosso. Contudo, os lusitanos abriram mão da colônia de Sacramento pela região dos Sete Povos das Missões.

A medida incomodou os jesuítas e índios que habitavam a região de Sete Povos. Entre 1753 e 1756, estes se voltaram contra a dominação portuguesa em uma série de conflitos que marcaram as chamadas “guerras guaraníticas”. Com isso, o Tratado de Madri foi anulado em 1761. Em 1777, o Tratado de Santo Idelfonso estabelecia que a Espanha ficasse com as colônias de Sacramento e os Sete Povos. Em contrapartida, Portugal conquistou a ilha de Santa Catarina e boa parte do Rio Grande do Sul.

Somente em 1801, a assinatura do Tratado de Badajós deu fim aos conflitos e disputas envolvendo as nações ibéricas. De acordo com seu texto, o novo acordo estabelecia que a Espanha abriria mão do controle sobre os Sete Povos das Missões. Além disso, a região de Sacramento seria definitivamente desocupada pelos lusitanos. Com isso, o projeto inicialmente proposto pelo Tratado de Madri foi retomado.


Bandeiras e a resistência dos escravizados

Com o intuito de explorar o país ainda desconhecido atrás de pedras preciosas ou outras riquezas, e também de conseguir mais mão de obra escrava, os brasileiros (que possuíam sangue europeu ou misturado com sangue indígena), realizaram expedições para o interior em viagens que poderiam durar anos. Durante o século XVII, os holandeses tinham controle sobre o mercado de escravos africanos, já que haviam invadido as colônias lusitanas da África para trazer mais negros para o Nordeste ocupado por eles. Os índios então valiam cinco vezes menos que os negros e eram uma boa alternativa para coroa portuguesa.

Existiram dois tipos de expedições: as entradas e as bandeiras. A primeira era apoiada pelo governo de Portugal, com a finalidade de expandir o território e antecedeu as bandeiras que tratavam-se de iniciativas particulares visando a obtenção de lucro próprio.

Há duas versões para o nome de Bandeiras. A primeira acredita que foi porque os desbravadores levavam uma bandeira sempre a frente do grupo, e a segunda versão acredita que eles tinham como objetivo enfraquecer os índios para depois escravizá-los sem enfrentarem tanta resistência, isso se chamava “levantar bandeira”.

Os portugueses no começo da colonização brasileira tinham interesse apenas em áreas litorâneas. O que dificultava a entrada dos lusitanos no interior do país era o péssimo caminho que tinham que percorrer, com altas matas e serras, além de não terem nenhum conhecimento de astronomia ou geografia que pudessem guiá-los. Os bandeirantes,conhecidos como homens valentes sabiam os caminhos milenares e também as técnicas de sobrevivência no clima do sertão.
Domingos Jorge Velho - um dos maiores bandeirantes paulistas.
Domingos Jorge Velho - um dos maiores bandeirantes paulistas (entenda maior assassino de índios e negros).
As bandeiras tiveram início no século XVII e são predominantemente expedições paulistas. Isso se deve a fatores econômicos, sociais e geográficos do estado, pelo fácil acesso ao interior através do rio Tietê e pelo grande aumento da população vinda de São Vicente depois dos canaviais entrarem em decadência. Foram eles os grandes responsáveis pela expansão territorial do país, conquistando terras fora do limite doTratado de Tordesilhas, pelo povoamento de estados como Minas Gerais e do Rio Grande do Sul, pela descoberta de ouro no Mato Grosso, Goiás e em Minas Gerais e pela destruição do Quilombo dos Palmares.

Dentro do termo bandeiras, esta ainda pode ser dividida em três subcategorias. A primeira conhecida como “Gentio” tinha como finalidade a captura e a venda de índios como escravos, a segunda “Prospector” ou “Monções” era a bandeira feita para a procura de materiais preciosos e a última a de “Sertanismo” era a de violência, contra os índios e negros.

Foi a partir de 1619 que as bandeiras intensificaram seus ataques contra os índios. Estima-se que até o ano de 1641, mais de 300 mil índios foram presos e os que não aceitavam o trabalho escravo eram mortos. As missões religiosas eram uma boa “caça” para os bandeirantes já que reuniam índios catequizados que não ofereciam tanta resistência. O bandeirante sertanista mais conhecido devido grande número de extermínio e de poder de índios escravizados foi Antônio Raposo Tavares (homenageado com uma rodovia). Em sua última expedição ele percorreu em três anos mais 10.000 quilômetros.

Existiram muitos bandeirantes que fizeram nome neste período, como por exemplo Nicolau Barreto, Francisco Bueno, Jerônimo Leitão, Brás Cubas, Domingos Jorge Velho, Manuel Preto e entre outros.

Ótimo vídeo, recomento entrar no canal e assistir toda a série.

ZUMBI DOS PALMARES

Pequeno documentário, muito bom!

Zumbi, para muitos o símbolo da resistência negra contra a escravidão, foi o último chefe do Quilombo dos Palmares, localizado na parte superior do rio São Francisco, na Serra da Barriga, antiga capitania de Pernambuco (atualmente Alagoas).

Não se conhece a data exata de seu nascimento. Com poucos dias de vida Zumbi foi capturado na região de Palmares pela expedição de Brás da Rocha Cardoso e dado de presente ao padre Antônio Melo, em Porto Calvo. Batizado com o nome de Francisco, cresceu aprendendo latim e português. Aos 15 anos fugiu para Palmares e adotou o nome Zumbi, que significava guerreiro.

Logo passou a comandar militarmente o quilombo, governado por Ganga Zumba. Em 1678, provocou uma guerra civil no quilombo. Assumiu o lugar do líder e chefiou a resistência contra os portugueses, que durou 14 anos.

No final do século 16, as terras pernambucanas eram as mais prósperas das novas colônias portuguesas. Havia 66 grandes engenhos na região e, no litoral, uma estrutura que permitia o escoamento dos produtos. A cidade do Recife ficava a cada dia mais organizada. Foi nessa época que Palmares surgiu, quando os primeiros negros ali se refugiaram. Desde então, o mito em torno do quilombo havia crescido. Tinha leis próprias, algumas bastante rígidas.

Em 1630, as autoridades pernambucanas calculavam que o quilombo de Palmares contava com uma população superior a 3 mil pessoas que viviam da agricultura. Em uma crônica de 1678 já se contava que os palmarinos eram em número de 20 mil, ou talvez mais. Não era uma cidade, na metade do século 17, mas reunia onze povoados.

Macaco, na Serra da Barriga, era a capital. Possuía 1.500 casas, e uma população de cerca de 8 mil pessoas. Amaro tinha 5 mil habitantes e uma estrutura bem organizada. Outros povoados eram Subupira, Zumbi, Tabocas, Acotirene, Danbrapanga, Sabalangá, Andalaquituche...

A Coroa já tinha dado a ordem de acabar com o quilombo. Para destruí-lo, o poder colonial organizou 16 expedições oficiais. Quinze fracassaram devido à região montanhosa e às estratégias militares dos negros, embora fossem carente de armas. A expedição vitoriosa ficou a cargo de Domingos Jorge Velho, um bandeirante paulista treinado na caça aos índios. Comandou um exército de 2 mil homens, armados de arcos, flechas e espingardas.

Em 1694, chegou a Macaco, descarregando contra a comunidade todo o seu poder de fogo. A cidade resistiu durante 22 dias. Zumbi, depois de lutar bravamente, fugiu e se escondeu. Foi capturado e morto em 20 de novembro de 1695, depois de ter sido traído por companheiros. Seu corpo foi mutilado e a cabeça enviada para o Recife, onde ficou exposta em praça pública.

Sepé Tiaraju

HQ disponível na página da câmara dos deputados

Fontes:
http://www.brasilescola.com/historiab/entradas-bandeiras.htm
http://www.historiadobrasil.net/bandeirantes/
http://www.tg3.com.br/bandeirantes/
http://www.aulasparticulares.org/material-de-apoio/historia/a-idade-media/brasil-colonia/bandeiras-e-bandeirantes

FIXAÇÃO

COMO ERA UMA EXPEDIÇÃO DOS BANDEIRANTES?

Por Roberto Navarro | Edição 71
Eram viagens arriscadas e muitas vezes sangrentas, organizadas para explorar o território brasileiro à procura de riquezas minerais, novas terras e escravos. As grandes expedições começaram em 1554, tendo como principal ponto de partida a vila de São Paulo de Piratininga, a atual cidade de São Paulo. A princípio essas viagens eram chamadas de entradas e contavam com financiamento e apoio do governo colonial. Já as bandeiras eram empreendimentos particulares, financiados por fazendeiros ou comerciantes que esperavam lucrar com os resultados da empreitada. Os motivos que moviam os bandeirantes, os principais caminhos que eles percorreram e como era o dia-a-dia de uma expedição você confere neste infográfico.

VALE-TUDO COLONIAL
Índios foram as principais vítimas das expedições.

TROPA SEM ELITE
As expedições tinham umas 50 pessoas e contavam tanto com homens livres - por exemplo os mateiros que conheciam a região a ser explorada - como com escravos negros e índios. Os escravos ficavam com o trabalho duro, como arrastar as canoas para fora dos rios.

ARTILHARIA
No arsenal dos bandeirantes, a arma principal era o arcabuz, uma espingarda carregada pela boca e que disparava pequenas bolas de ferro ou até mesmo pedregulhos recolhidos pelo caminho. Os homens tinham ainda pistolas, facões, machados e foices.

CARDÁPIO LIMITADO
Para comer, os homens caçavam, pescavam e coletavam frutas. Outro item básico era a farinha-de-guerra, feita de mandioca cozida. A comida era preparada em fogueiras, onde os homens se reuniam para comer duas vezes por dia.

SIGAM O LÍDER!
Conhecido como "capitão", o líder do grupo recrutava os integrantes e mantinha a disciplina dos homens. Em geral, usava um colete sem mangas feito de couro acolchoado - chamado de estupil - que protegia as costas e o peito de flechas lançadas por índios.

DUAS CARAS
Pelo caminho, os bandeirantes encontravam aldeias indígenas. Os desbravadores, heróis para muita gente, não faziam questão de ser simpáticos: aprisionavam e escravizavam índios, que ainda eram obrigados a revelar os locais das minas de metais preciosos.

GOLPE DO BAÚ
Baús de madeira serviam para levar a bagagem e também para erguer o acampamento. Cabanas eram improvisadas usando os baús como "paredes". Os bandeirantes também podiam agrupar os baús em círculo, dormindo no interior dele.

SE A CANOA NÃO VIRAR...
Burros com cangas - armações onde eram presos os baús - ajudavam a levar as cargas. Mas o principal meio de transporte eram as canoas. Com fundo chato, elas podiam navegar por rios de pouca profundidade e eram tão largas que acomodavam até os animais de carga.

DE NORTE A SUL
Rotas dos bandeirantes foram do Pará ao Uruguai.
Seguindo o curso dos grandes rios, as bandeiras costumavam iniciar suas viagens percorrendo o rio Tietê, no estado de São Paulo. Rumo ao sul, algumas chegaram até o Uruguai. Na direção norte, bandeirantes alcançaram até o atual estado do Pará!

E OS MOTIVOS
Viagens eram financiadas tendo em vista três objetivos:

- MÃO DE OBRA
O objetivo de muitas viagens era recapturar escravos fugitivos ou então encontrar índios que pudessem ser escravizados.

- TERRA
Fazendeiros financiadores usavam as expedições para ampliar suas terras, aumentando o território para cultivo ou criação de gado

- RIQUEZA
Comerciantes endinheirados organizavam bandeiras para descobrir novas minas e depósitos de ouro, prata e pedras como a esmeralda.


TREINEM


1 - A partir de 1750, com os Tratados de Limites, fixou-se a área territorial brasileira, com pequenas diferenças em relação a configuração atual. A expansão geográfica havia rompido os limites impostos pelo Tratado de Tordesilhas. No período colonial, os fatores que mais contribuíram para a referida expansão foram: 
a) criação de gado no vale do São Francisco e desenvolvimento de uma sólida rede urbana. 
b) apresamento do indígena e constante procura de riquezas minerais. 
c) cultivo de cana-de-açúcar e expansão da pecuária no Nordeste. 
d) ação dos donatários das capitanias hereditárias e Guerra dos Emboabas. 
e) incremento da cultura do algodão e penetração dos jesuítas no Maranhão.

2 - A expansão da Colonização Portuguesa na América, a partir da segunda metade do século XVIII, foi marcada por um conjunto de medidas, dentre as quais podemos citar: 
a) o esforço para ampliar o comércio colonial, suprimindo-se as práticas mercantilistas. 
b) a instalação de missões indígenas nas fronteiras sul e oeste, para garantir a posse dos territórios por Portugal. 
c) o bandeirismo paulista, que destruiu parte das missões jesuíticas e descobriu as áreas mineradoras do planalto central. 
d) a expansão da lavoura de cana para o interior, incentivada pela alta dos preços no mercado internacional. 
e) as alianças políticas e a abertura do comércio colonial aos ingleses, para conter o expansionismo espanhol.



3 - Entre 1750, quando assinaram o Tratado de Madrid, e 1777, quando assinaram o Tratado de Santo Ildefonso, Portugal e Espanha discutiram os limites entre suas colônias americanas. Neste contexto, ganhou importância, na política portuguesa, a ideia da necessidade de: 
a) defender a colônia com forças locais, daí a organização dos corpos militares do centro-sul e a abolição das diferenças entre índios e brancos. 
b) fortificar o litoral para evitar ataques espanhóis e isolar o marquês de Pombal por sua política nitidamente pró-bourbônica. 
c) transferir a capital da Bahia para o Rio de Janeiro, para onde fluía a maior parte da produção açucareira, ameaçada pela pirataria. 
d) afastar os jesuítas da colônia por serem quase todos espanhóis e, nesta qualidade, defenderem os interesses da Espanha. 
e) aliar-se política e economicamente à França para enfrentar os vizinhos espanhóis, impondo-lhes suas concepções geopolíticas na América. 

4 - Em 1694, uma expedição chefiada pelo bandeirante Domingos Jorge Velho foi encarregada pelo governo metropolitano de destruir o quilombo de Palmares. Isto se deu porque: 
a) os paulistas, excluídos do circuito da produção colonial centrada no Nordeste, queriam aí estabelecer pontos de comércio, sendo impedidos pelos quilombos. 
b) os paulistas tinham prática na perseguição de índios, os quais aliados aos negros de Palmares ameaçavam o governo com movimentos milenaristas. 
c) o quilombo desestabilizava o grande contingente escravo existente no Nordeste, ameaçando a continuidade da produção açucareira e da dominação colonial. 
d) os senhores de engenho temiam que os quilombolas, que haviam atraído brancos e mestiços pobres, organizassem um movimento de independência da colônia. 
e) os aldeamentos de escravos rebeldes incitavam os colonos à revolta contra a metrópole visando trazer novamente o Nordeste para o domínio holandês. 

5 -  No Brasil Colônia, a pecuária teve um papel decisivo na 
a) ocupação das áreas litorâneas. 
b) expulsão do assalariado do campo. 
c) formação e exploração dos minifúndios. 
d) fixação do escravo na agricultura. 
e) expansão para o interior. 

6 - Apesar do predomínio da agromanufatura açucareira na economia colonial brasileira, a pecuária e a extração das "drogas do sertão" foram fundamentais. A esse respeito, podemos afirmar que: 
a) ocorreu uma grande absorção da mão-de-obra escrava negra, particularmente na pecuária. 
b) a presença do indígena na extração das "drogas do sertão" foi essencial pelo conhecimento da geografia da região nordeste. 
c) por serem atividades complementares, a força de trabalho não se dedicava integralmente a elas. 
d) ambas foram responsáveis pelo processo de interiorização do Brasil colonial. 
e) possibilitaram o surgimento de um mercado interno que se contrapunha às flutuações do comércio internacional. 

7 - O sertanismo (ou bandeirismo) de contrato, tinha por atividade: 
a) a exportação de drogas do sertão; 
b) a busca de metais preciosos para o governo português; 
c) o tráfico negreiro para a Inglaterra; 
d) a captura de índios para escravizá-los; 
e) combater revoltas de índios e negros e destruir os quilombos.



8 - No Brasil colônia, a pecuária teve um papel decisivo na:
a) ocupação das áreas litorâneas
b) expulsão do assalariado do campo
c) formação e exploração dos minifúndios
d) fixação do escravo na agricultura
e) expansão para o interior



9 - A conquista e a ocupação do interior do território da colônia resultaram de ações de variados personagens históricos, exceto:
a) exploradores
b) bandeirantes
c) jesuítas missionários
d) criadores de gados
e) comerciantes estrangeiros

10 - As bandeiras eram compostas de brancos, mestiços e índios. O líder responsável por sua organização e comando era denominado de:
a) bandeirante
b) armador
c) comandante
d) navegador naval
e) expedicionário




GABARITO

1 - B
2 - C
3 - A
4 - C
5 - E
6 - D
7 - E
8 - E
9 - E
10 - B




segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

8º A e B - União Ibérica e invasão holandesa - 1ª Bimestre (atualizado 2017)

Vídeo introdutório

Bem didático!!

Invasão holandesa no Brasil, conquista e administração

A invasão holandesa fez parte do projeto da Holanda (Países Baixos) em ocupar e administrar o Nordeste Brasileiro através da Companhia Holandesa das Índias Ocidentais. 

Após a União Ibérica (domínio da Espanha em Portugal entre os anos de 1580 e 1640), a Holanda resolveu enviar suas expedições militares para conquistarem a região nordeste brasileira. O objetivo holandês era restabelecer o comércio do açúcar entre o Brasil e Holanda, proibido pela Espanha após a União Ibérica.

A primeira expedição invasora ocorreu em 1624 contra Salvador (capital do Brasil na época). Comandados por Jacob Willekens, mais de 1500 homens conquistaram Salvador e estabeleceram um governo na capital brasileira. Os holandês foram expulsos no ano seguinte quando chegaram reforços da Espanha.

Em 1630, houve uma segunda expedição militar holandesa, desta vez contra a cidade de Olinda (Pernambuco). Após uma resistência luso-brasileira, os holandeses dominaram a região, estabeleceram um governo e retomaram o comércio de açúcar com a região nordestina brasileira.

Em 1637, a Holanda enviou o conde Maurício de Nassau para administrar as terras conquistadas e estabelecer uma colônia holandesa no Brasil. até 1654, os holandeses dominaram grande parte do território nordestino.



União Ibérica e o "Brasil" (anacronismo)

Os holandeses em Pernambuco (1630 -1654), Em 1630, com uma esquadra de setenta navios, os holandeses chegaram a Pernambuco, dominando, sem maiores problemas, Recife e Olinda, apesar dos preparativos de defesa efetuados por Matias de Albuquerque, governador de Pernambuco.

Contra os holandeses, organizaram-se as Companhias de Emboscada, grupos guerrilheiros chefiados por Matias de Albuquerque, que iriam se fixar no Arraial do Bom Jesus, situado numa região entre Olinda e Recife.

Apesar de os holandeses estarem mais bem armados e contarem com um contingente apreciável de soldados, a resistência luso-brasileira possuía a seu favor o fator surpresa alia­do ao melhor conhecimento do terreno. Porém, essa situação se alterou com a passagem de Domingos Fernandes Calabar para o lado holandês.

A organização do Brasil holandês. Até 1635 os holandeses estavam arcando com as despesas militares da conquista. A Nova Holanda, que então se constituía, era, aos olhos da Companhia das Índias Ocidentais, um empreendimento comercial de que se esperava extrair altos lucros. Era preciso, portanto, colocá-la rapidamente em condições de produzir. Para organizar os seus domínios no Brasil, foi enviado, como governador-geral, João Maurício de Nassau-Siegen, que aqui permaneceu de 1637 a 1644.

Expulsão dos holandeses

Em 1654, após muitos guerras e conflitos, finalmente os colonos portugueses (apoiados por militares de Portugal e Inglaterra) conseguiram expulsar definitivamente os holandeses do território brasileiro e retomar o controle do Nordeste Brasileiro.

Principais aspectos da administração de Nassau no Nordeste do Brasil:

- Estabeleceu relações amigáveis entre holandeses e senhores de engenho brasileiros;

- Incentivou, através de empréstimos, a reestruturação dos engenhos de açúcar do Nordeste;

- Introduziu inovações com relação à fabricação de açúcar;

- Favoreceu um clima de tolerância e liberdade religiosa;

- Modernizou a cidade de Recife, construindo diques, canais, palácios, pontes e jardins. 

- Estabeleceu e organizou os sistemas de coleta de lixo e os serviços de bombeiros em Recife.

- Determinou a construção em Recife de um observatório astronômico, um Jardim Botânico, um museu natural e um zoológico.


Cronologia

1630 - 1637: Guerra de Invasão de Pernambuco

1637 - 1614: Apogeu de Nassau, PAZ Nassau inverte o exclusivismo colonial, ele coloca recursos da metrópole na Companhia das Índias Orientais da Colônia, que em 1625 haviam tomado Salvador.

Lembrando que: A expulsão dos holandeses é fruto da política Nassariana.

1645 - 1654: Insurreição Pernambucana

A Insurreição Pernambucana foi o 1º Confronto Nativista do Brasil, para expulsar holandeses do território. Nessa guerra, as tropas brasileiras não tiveram apoio de Portugal, pois na Espanha está havendo a Guerra de Independência da União Ibérica e, todos os esforços portugueses estão voltados para Espanha. No Brasil, devido a escassez de milícias, pela primeira vez, índios, africanos e senhores de Engenho unem-se em favor de uma causa. A Batalha de Guararape foi fundamental para construção da identidade Brasileira, que se consolidou com a união de negros, brancos e índios. Inclusive foi retratada em diversas obras de arte, posteriormente.

Consequências
 
Movimento Nativista, quem liderou o processo eram as próprias elites locais. A Independência foi viabilizada pela União das 3 raças. Esse processo ficou conhecido como o Mito das Três Raças (brancos, negros e índios) que tinham necessidade de Conciliação com a Holanda por meio do Tratado do Haia.
Como os escravos se beneficiavam das guerras para fugir, os Senhores não entregavam armas para Escravos, com exceção da Insurreição Pernambucana, na qual escravos lutaram armados. Quilombo dos Palmares foi fruto das Guerras.
Os holandeses vão embora, mas levam escravos e técnicas de refino para implantar nas Antilhas. Só há lucro quando há monopólio, e o Brasil perde o monopólio do açúcar. Como consequência há decadência do açúcar no Nordeste em razão da concorrência do açúcar antilhano.


APROFUNDAMENTO AQUI

TREINEM!!

1 - Qual problema aconteceu na monarquia portuguesa após o desaparecimento do rei Dom Sebastião?

2 - Quais os interesses do rei espanhol Filipe II com a união entre as coroas portuguesa e espanhola?

3 - Produza um pequeno texto relacionando a consolidação da União Ibérica e a ocorrência das invasões holandesas ao Brasil.

4 - Aponte as motivações que incentivaram os portugueses a darem fim à União Ibérica, no ano de 1640.

5 - Foram, respectivamente, fatores importantes na ocupação holandesa no Nordeste do Brasil e na sua posterior expulsão:

a) o envolvimento da Holanda no tráfico de escravos e os desentendimentos entre Maurício de Nassau e a Companhia das Índias Ocidentais.
b) a participação da Holanda na economia do açúcar e o endividamento dos senhores de engenho com a Companhia das Índias Ocidentais.
c) o interesse da Holanda na economia do ouro e a resistência e não aceitação do domínio estrangeiro pela população.
d) a tentativa da Holanda em monopolizar o comércio colonial e o fim da dominação espanhola em Portugal.
e) a exclusão da Holanda da economia açucareira e a mudança de interesses da Companhia das Índias Ocidentais.

6 - Que personagem histórico, que viveu no Nordeste brasileiro durante o século XVII, colaborou com a invasão holandesa e depois foi julgado, condenado e morto pelas autoridades portuguesas sob a alcunha de traidor?

a) Domingos Jorge Velho
b) José de Anchieta
c) José do Patrocínio
d) Joaquim José da Silva Xavier
e) Domingos Fernandes Calabar

7 - Entre 1580 e 1640, Portugal enfrentou uma delicada situação política: de um lado, passou a pertencer à União Ibérica e, de outro, viu os holandeses dominarem Pernambuco, através da Companhia das Índias Ocidentais, a partir de 1630.

a) O que foi a União Ibérica?
b) Dê três motivos para a invasão holandesa no Brasil.

8 - Entre as causas da ocupação holandesa em Pernambuco, pode-se destacar:

a) o interesse no tráfico negreiro;
b) a participação das companhias de comércio na exportação de algodão;
c) a participação holandesa na indústria açucareira e a União Ibérica;
d) a ausência dos jesuítas em Pernambuco;
e) a necessidade de uma colônia protestante.

9 - A administração de Maurício de Nassau, no Brasil Holandês, foi importante, pois, entre outras realizações:

a) eliminou as divergências existentes com os representantes da Companhia das Índias Ocidentais.
b) criou condições para que a Reforma Luterana se afirmasse no Nordeste.
c) promoveu a efetiva consolidação do sistema de produção açucareira.
d) integrou o sistema econômico baiano ao de Pernambuco.
e) realizou alterações na estrutura fundiária, eliminando os latifúndios.

10 - O que aconteceu com a economia açucareira do Brasil logo que os holandeses foram expulsos?

11 - Explique por que, em um dado momento, os colonos brasileiros uniram esforços para expulsarem os holandeses.

12 - Sobre o governo de Mauricio de Nassau, faça as seguintes considerações:

a) Quais os principais feitos de Nassau durante o tempo em que administrou as terras brasileiras?
b) Aponte as diferenças entre a colonização portuguesa e a colonização holandesa no Brasil.


GABARITO

1 - Após o desaparecimento do rei D. Sebastião, durante a batalha contra os árabes em Alcácer-Quibir, o trono português não tinha nenhum herdeiro direto que pudesse ocupar o seu lugar. Em um primeiro instante o trono foi entregue ao cardeal do Henrique, seu tio-avô e parente mais próximo, que também faleceu em pouco tempo sem também deixar um herdeiro para o trono. De tal modo, o trono português ficou sem a figura de um governante que pudesse assumi-lo. 

2 - A União Ibérica era vista por Filipe II como um fácil meio de enriquecimento dos cofres espanhóis, que sofriam uma grande carência gerada pela dependência do país em relação aos produtos manufaturados de outras potências européias. Paralelamente, os espanhóis também buscavam ampliar seu prestigio junto a Igreja, já que a união das coroas colocaria a Espanha como grande promotora da fé católica em terras americanas. 

3 - O domínio espanhol em Portugal acabou transformando o Brasil em mais uma das possessões hispânicas no continente americano. Um pouco antes disso, os holandeses haviam conquistado a sua independência travando guerra contra aos hispânicos. Por conta da derrota a Espanha, assim que se tornou metrópole do Brasil, proibiu a antiga participação que os holandeses tinham no transporte e financiamento do açúcar brasileiro. Prejudicados com tal retaliação, os holandeses optaram por invadir o Brasil e controlar diretamente a economia açucareira no território nordestino.

4 - Em termos gerais, a crise que deu fim à União Ibérica aconteceu na medida em que os espanhóis de envolviam em diversas lutas contras as nações européias. O enorme gasto com os conflitos levou a adoção de uma política de cobrança de impostos que desagradou profundamente a nobreza lusitana. Ao mesmo tempo, o envolvimento em tais guerras constituiu uma grave ameaça à manutenção dos domínios coloniais na América. De tal modo, a restauração do trono português se fazia urgente naquele período. 

5 - B

6 - E

7 - a) Fusão dos reinos de Portugal e Espanha, com o término da Dinastia de Avis após as mortes de D. Sebastião e Cardeal D. Henrique, possibilitando a ascensão de Felipe II ao trono português, graças aos laços de parentesco.

b) Divergência políticas entre Espanha e Holanda, embargo espanhol à continuidade do comércio açucareiro pelos holandeses e interesse holandês em dominar a produção para poder continuar com o comércio.

8 - C

9 - C

10 - Após serem expulsos, os holandeses passaram a investir na plantação de açúcar na região das Antilhas. Em pouco tempo, os produtores brasileiros não suportaram a concorrência comercial imposta pelo açúcar antilhano. Dessa maneira, sem poder contar com o apoio da Coroa Portuguesa – que enfrentava uma grave crise econômica – a atividade açucareira vivenciou uma época de franco declínio. 

11 - A expulsão dos holandeses começou a partir do momento em que a Holanda passou a realizar a cobrança sobre os empréstimos oferecidos aos senhores de engenho do Brasil. Incomodados com as constantes cobranças, os proprietários de terra brasileiros concentraram esforços para que os colonizadores holandeses fossem expulsos daqui.

12 - a) No tempo em que administrou o espaço colonial nordestino, Nassau promoveu a ampliação das plantações de cana-de-açúcar e da criação de gado. Além disso, promoveu várias obras públicas, permitiu a realização do livre comércio e deixou que todas as religiões fossem praticadas nas terras por ele controladas. De modo geral, o governo de Nassau foi claramente marcado pelo desenvolvimento e pela ampliação das liberdades entre os colonos.

b) Realizando uma breve comparação, notamos que os holandeses tiveram um comportamento empreendedor ao buscar a criação de novos engenhos e a ampliação das atividades econômicas de um modo geral. Além disso, tiveram a preocupação de criar lugares que acomodassem melhor o interesse dos colonos e ofereceram várias liberdades a essa mesma população. Em contrapartida, a colonização portuguesa empreendia uma série de proibições e não oferecia recursos satisfatórios para que o ambiente e a economia coloniais se desenvolvessem.


Lista de exercícios