domingo, 14 de setembro de 2014

9º A e B - UNIDADE III - A América Latina durante a Guerra Fria (3º Bimestre - 2014)

REVOLUÇÃO MEXICANA

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Documentário History Channel

A Revolução

A Revolução Mexicana foi um grande movimento armado que começou em 1910 com uma rebelião liderada por Francisco I. Madero contra o antigo autocrata general Porfirio Diaz. Foi a primeira das grandes revoluções do século XX.

Esta revolução foi caracterizada por uma variedade de líderes de cunho socialista, liberal, anarquista, populista, e em prol do movimento agrário.



Causas

A elite agrária predominava completamente no México, sempre determinando quem seria o governante máximo. Em 1876 assumiu Porfírio Dias, que governou de forma ditatorial. Mesmo tendo havido um pequeno desenvolvimento industrial durante o período em que esteve à frente do país, a elite agrária permaneceu no poder, pois a base econômica continuou a ser a exportação de produtos agrícolas e de minérios.

Porfírio Diaz governou o México por mais de trinta anos. Mantinha-se uma aparência de democracia, pois eram realizadas eleições periodicamente, mas elas eram manipuladas para que ele sempre se reelegesse. Em 1910, nas eleições, Diaz novamente foi eleito, porém seu opositor, Francisco Madero conseguiu rebelar a população e assumiu, com a promessa de realizar a tão esperada reforma agrária.


Francisco I. Madero
Tal promessa, no entanto, não foi cumprida agravando ainda mais a já péssima condição de vida dos camponeses. Liderados então por Emílio Zapata e Pancho Villa, eles iniciaram a luta contra Madero, conseguindo tirá-lo do poder. Posteriormente, derrubaram também o seu sucessor, o general Huerta.


Revolucionários mexicanos. Sentado, à esquerda, Pancho Villa e, à direita, Zapata.

Primeiramente, Zapata e Villa propunham a expropriação dos latifúndios (inclusive os pertencentes à Igreja) para posterior divisão entre camponeses; o reconhecimento dos direitos indígenas sobre as terras que lhes haviam sido tomadas e a nacionalização das terras daqueles que fossem considerados inimigos da revolução.

Nas eleições de 1914, o latifundiário Carranza, apoiado pelos Estados Unidos, foi eleito presidente. Sua principal promessa era a elaboração de uma nova Constituição, que, de fato, foi aprovada em 1917.

A nova Constituição, aparentemente liberal, caracterizava-se por conceder ao Estado do direito de expropriar terras, caso fosse utilizá-las para benefício público, ao mesmo tempo que reconhecia os direitos dos índios sobre as terras de uso comum. No campo das relações de trabalho, criou-se o salário mínimo e determinou-se que a duração da jornada de trabalho seria de oito horas. A Igreja Católica foi sensivelmente abalada em seu poder com a separação entre Estado e Igreja.

Para garantir que Carranza fosse bem-sucedido em seu governo, os Estados Unidos chegaram a invadir o território mexicano em uma tentativa de prender Pancho Villa.

A morte de Zapata, assassinado em 1919, e de Pancho Villa, morto em 1923, foi um golpe duro para os camponeses. O governo norte-americano pressionava para que as reformas fossem implantadas rapidamente, a fim de evitar novos problemas. A Igreja Católica, por sua vez, exercia pressão sobre o governo, porque desejava recuperar o que havia perdido. Tudo isso levou o processo revolucionário praticamente ao fim.

Em 1929 foi criado o Partido Nacional Revolucionário (PRN), resultado da unificação das diferentes correntes revolucionárias, e que seria a base do Partido Revolucionário Institucional (PRI), criado em 1946. Essa mudança implicou o abandono dos princípios revolucionários de 1910.

Apesar da significativa reforma agrária implementada pela Revolução, com o tempo os camponeses perderam muitas terras que haviam conquistado. As dificuldades em conseguir uma produção em larga escala e a baixo custo, as dívidas bancárias, a concorrência dos produtos agrícolas norte-americanos e a maior mecanização das propriedades mais modernas acabaram por inviabilizar a pequena propriedade.

A luta dos camponeses mexicanos pela terra se estende até os dias atuais, como acontece, aliás, em outros países da América latina, inclusive no Brasil. No México, na última década do século XX, essa luta foi a retomada de forma mais intensa com a criação do Exército Zapatista de Libertação Nacional, na província de Chiapas. O nome desse movimento é uma homenagem a Emiliano Zapata, um dos líderes mais expressivos da Revolução de 1910.


Bandeira do EZLN (Exército Zapatista de Libertação Nacional)


REVOLUÇÃO CUBANA
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1º parte


2º parte

Revolução Cubana - Causas e consequênciasFidel Castro, líder do movimento revolucionário. | Foto: Reprodução

Causas da Revolução Cubana

Sob o comando do intelectual José Martino, Cuba foi uma das últimas nações do continente americano a virem a se tornar independentes. Para que isso ocorresse, ela contou com o apoio das tropas norte-americanas, o que de certa forma, acabou formando um tipo de parceria entre as nações, criando um laço político, que para os Estados Unidos, era muito proveitoso, já que o país tinha um grande interesse na ilha que se localizava bem no centro das Américas.

Os EUA passaram a intervir de maneira direta no país, fazendo com que Cuba se tornasse uma nação subserviente a seus desejos, vindo a ser cada vez mais fraca e obediente. Por muitas vezes os militares norte-americanos ocuparam a região cubana, e em 1950 o general Fulgêncio Batista empreendeu um regime de ditadura, que recebeu o total apoio dos norte-americanos.

Grandes empresários norte-americanos dominavam o mercado cubano. Eles eram donos de insdútrias de açúcar e da maioria dos hotéis. Além disso, o governo da ilha também sofria interferência política, já que os EUA apoiavam sempre quem fosse mais favorável a continuidade dos laços entre as duas nações. Seguindo uma economia baseada no capitalismo, com forte dependência dos Estados Unidos, a população sofria com a alta taxa de desigualdade social. A parte mais pobre da população vivia sobre forte indignação, já que sua situação nunca melhorava, enquanto que os ricos ficavam cada vez mais ricos. O Governo de Fulgêncio também era negligente com as necessidades básicas de toda população, e também era conhecida pela brutalidade que utilizava para reprimir seus adversários políticos.

Com toda essa situação, um grupo de guerrilheiros se uniu com a intenção de tomar o poder efazer com que Cuba pudesse se tornar uma nação onde todos viveriam bem, de maneira decente, sem humilhações nem exploração. Estava prestes a acontecer a famosa Revolução Cubana.
O início do movimento revolucionário

Fulgêncio tinha um grande opositor que não era partidário de seu jeito capitalista de governar.Fidel Castro, um socialista, sonhava em derrubar o governante do poder e ainda acabar com toda a influência que os Estados Unidos possuíam na ilha. Enquanto estava exilado no México ele conseguiu organizar um grupo de guerrilheiros que iriam por início a seus planos de tomar o governo de Cuba.

Em 1957, Fidel Castro acompanhado de seus aliados Camilo Cienfuegos e Ernesto “Che” Guevara, conseguiram um grupo de cerca de 80 homens que instalaram-se nas florestas de Sierra Maestra para combater as forças do governo. Essa guerrilha resultou na morte e na prisão de muitos homens de Fidel. Mesmo assim, acompanhado de Che Guevara, eles não desistiram, e mesmo com um grupo bem resumido continuaram a luta.

Vendo que seu número era pequeno, ele decidiu buscar o apoio popular, e através da transmissão de rádio começou a divulgar suas ideias revolucionárias, obtendo o apoio do povo.

Como muitos camponeses e operários se mostravam insatisfeitos, as mensagens propagadas por Fidel conseguiram o apoio de muita gente, que a cada dia ficava ainda mais insatisfeita com o governo de Fulgêncio Batista.

Com a entrada de dezenas de cubanos, das cidades e do campo, os guerrilheiros começaram a aumentar seu número, o que consequentemente contribuiu para que eles conquistassem diversas cidades. O exército cubano já começava a perceber a dificuldade em vencer aquela batalha, e o governo de Fulgêncio sentia o enfraquecimento de sua gestão.
Fidel Castro toma o poder

Depois de já terem dominado diversas cidades, Fidel Castro acompanhado de seus revolucionários tomaram o poder de Cuba, em janeiro de 1959, fazendo com que Fulgêncio Batista e muitos outros integrantes do governo fugissem da ilha.

Agora, a frente do Governo de Cuba, Fidel Castro tomou diversas medidas buscando melhorar a condição social da população.
As principais consequências da revolução:
  • Nacionalização de bancos e empresas;
  • Reforma agrária;
  • Reformas nos sistemas de educação e saúde.
A partir de então Cuba tornou-se uma nação socialista. O Partido Comunista de Fidel não deixava que nenhum outro partido tentasse fazer qualquer tipo de oposição. (leia artigo Emir Sader)

Atualmente Cuba é o único país no mundo que ainda vive no socialismo. Mesmo com a piora de Fidel Castro em 2007, ele passou o governo do país para seu irmão, Raul Castro, que passou a ser o governante oficial de Cuba no mês de fevereiro do ano seguinte.

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REVOLUÇÃO CHILENA

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1º Parte

2º Parte

3º Parte

Reportagem TV - curto!

Passados os conflitos da Segunda Guerra Mundial (1939 – 1945), o Chile viveu um período de expressivo desenvolvimento econômico calcado na exportação de minérios e o desenvolvimento do parque industrial. Em meio a esse processo de modernização econômica, diversas empresas estrangeiras aproveitaram do bom momento do país para lucrar com a exploração de suas riquezas. Entre outros interessados, destacamos o papel exercido pelos Estados Unidos no interior da economia daquele país.

Chegada a década de 1960, a vida política do Chile se agitava com a consolidação de partidos políticos que discutiam os projetos que resolveriam as mazelas sociais que atingiam boa parte da população. Em linhas gerais, os movimentos de mudança se dividiam entre aqueles que apoiavam uma revolução aos moldes da experiência cubana e aqueles que defendiam a utilização das vias democrático-partidárias e das reformas políticas como instrumento de transformação.

Nesse mesmo período, o governo de Eduardo Frei chegou à presidência do Chile com um frágil conjunto de reformas que não alcançou os objetivos esperados. Dessa maneira, comunistas e socialistas se mobilizaram em torno da Unidade Popular, partido que acabou elegendo o presidente Salvador Allende. Após décadas de luta e mobilização, os setores de esquerda conseguiram se organizar e eleger uma figura comprometida com as lutas populares da nação.


Entre suas primeiras medidas no poder, Allende preferiu seguir uma política independente em relação aos Estados Unidos e defendeu a nacionalização das empresas norte-americanas que se encontravam no país. Imediatamente, setores políticos conservadores e as próprias autoridades estadunidenses passaram a ver com receio as propostas do novo presidente. Além disso, o governo de Allende teve que enfrentar uma crise do cobre no mercado internacional, que, na época, representava uma boa parcela da economia chilena.


A diminuição dos preços do cobre acarretou em uma elevação no preço dos alimentos mediante a forte dependência da economia chilena em relação a seus recursos minerais. Aproveitando da situação desfavorável, os EUA e os conservadores chilenos instigaram a organização de manifestações contrárias ao governo Salvador Allende. Em pouco tempo, um grupo de militares golpistas se formou com o objetivo de dar fim ao domínio dos socialistas.

Em setembro de 1973, as Forças Armadas do Chile – com expressivo apoio dos Estados Unidos – organizaram um golpe que pretendiam depor o presidente Salvador Allende. Resistindo até o ultimo momento, o presidente preferiu atentar contra a própria vida quando o grupo de militares promoveu a invasão do Palácio La Moneda. Com a morte do presidente Allende, uma junta militar liderada por Augusto Pinochet estabeleceu uma rígida ditadura militar dentro do Chile.


Seu governo ficou marcado como um dos mais violentos regimes ditatoriais latino-americanos. Dados indicam que cerda de 60 mil pessoas foram mortas ou desapareceram, e 200 mil abandonaram o país durante o período em que Pinochet esteve no poder. Apenas no final da década de 1980, as pressões políticas internacionais e internas passaram a desestabilizar a ditadura chilena. Em 1988, um plebiscito previsto na Constituição negou a renovação do mandato de Pinochet.

No ano seguinte, novas eleições presidenciais colocaram Patrício Aylwin Azocar, da frente política oposicionista, popularmente conhecida como “Concentración”, no poder. A partir de então, o Chile viveu um processo de redemocratização marcado pela denúncia e punição dos militares envolvidos com crimes políticos. Entretanto, Pinochet continuava no poder como chefe do Exército, cargo deixado em 1998 quando o mesmo assumiu o posto de senador vitalício.

Naquele mesmo ano, em uma missão diplomática na Inglaterra, Augusto Pinochet teve sua prisão decretada pelo juiz espanhol Baltasar Garzón. O pedido foi acatado pelas autoridades britânicas, mas, quinze meses depois, a prisão do ex-ditador conseguiu ser burlada com um pedido de licença médica. Voltando ao Chile, um forte movimento se organizou em favor do julgamento dos crimes políticos atribuídos ao antigo representante da ditadura chilena.

No ano de 2002, as autoridades judiciais chilenas decidiram arquivar o processo contra Pinochet, alegando o avançado estado de suas debilidades físicas. Pouco tempo depois, o ex-general de 86 anos de idade renunciou a seu cargo saindo finalmente da vida pública. Em 2004, novas denúncias indicavam a existência de contas secretas multimilionárias onde o ex-ditador acumulava os recursos provenientes das nações que apoiaram o golpe e outras transações ilegais. No final de 2006, Pinochet faleceu sem nunca ser efetivamente condenado pelos crimes que cometeu.

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BOM ESTUDO!

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